Homenagem ao Filho
No caminho da mudança
No caminho da mudança
há um pouco de esperança
no que se vai construir
e se busca a liberdade
de poder criar a chave
para o que se quer sentir
e de luta é feita a estrada
em silêncio a caminhada
desemboca em um lugar
em que ninguém sabe ser
mais do que se pode crer
que se era ao começar
há o medo do que vem
da semente que contém
o futuro a ser criado
mas repousa na bravura
o dever de achar a cura
para o que feriu o passado
tem o sonho o seu recanto
ao criar com o seu encanto
o que vaza o homem são
e o limite da coragem
é a própria realidade
que se serve da ilusão
quem anda carrega em si
a certeza de que ir
é melhor do que ficar
leva tudo que não sabe
todo o anseio que não cabe
no receio de parar
mas quem deita dorme e esquece
que a resposta da sua prece
já está no seu perdão
e a sombra que o olho vê
não é nada além do que
produziu a sua ação
no caminho da mudança
há um pouco de esperança
há um passo e nada mais
Pai
“Quando a vida lhe der um Pai
Viva a vida que lhe atrai
Pai sempre será Pai
Pois a vida eterna lhe trará
A sabedoria de se revelar
A que um dia será um Pai
Do fruto do Pai, sai a semente de Papai
A semente do querer, vem a emergir a vontade do querer
Querer nem sempre é poder
Mais meu Pai me deu o poder de querer
E por querer, lutarei para obter
A sabedoria de meu pai
Que tanto me atrai
Para um dia, ser como meu Pai”
26/04/2017
O demagogo é uma rodovia barata por onde transitam os tolos, até que os buracos desmascarem sua efêmera suntuosidade.
Quem ama o poder transpõe montanhas para conquistar o prazer, mas não dá um passo despretensioso pelo irmão, pois tal condição exige o poder de amar.
As religiões se prestam ao árduo serviço de acendimento de velas chamadas "seres humanos". Como a chama de apenas uma é vislumbre, o que se busca é o fogo de duas ou mais, resultando num clarão a que chamamos de "Deus".
Sonhei contigo esta noite
mas não quero nem lembrar
cada detalhe furtivo
que roubou meu descansar
Quero aos poucos me entregar
ao que trouxe o meu desejo
sem, contudo, desvendar
o que move o que não vejo
Quero em mim redescobrir
o destino pelo mapa,
a coragem em sentir
a beleza em ser cascata
É você, e mais ninguém
o que é meu está guardado
no que eu disse sem dizer
na janela do meu quarto
no que eu mato pra viver
na frequência com que calo
Sonhei comigo esta noite
" Não há certezas de como viver e conviver, os valores são muito complicados. Junto com essa incerteza vem um sentimento típico de quem é livre para escolher a própria forma de viver, este sentimento nós chamamos de angústia. E a angústia te acompanhará ! Nesta hora você deve estar se perguntando onde está o texto motivacional ? Essa é a realidade do mundo, mas se você quiser a gente canta no final..."
Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Em volta dos meus braços
Quando a sorte não quiser me escutar
Só se for pra entender o que eu digo
Ser sempre o meu amigo
Sem perder aquele jeito de amar
Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Caber bem nos meus braços
E fazer a sorte desabrochar
Só se for pra tornar o seu sorriso
Meu mais seguro abrigo
Sem perder aquele jeito de amar
Soneto do amor em si
Amo-te assim, sem troca e sem barganha
Sem resquício de culpa ou de perdão
Amo-te no limite em que a razão
Delira e me permite tal façanha
Amo-te, sem querer saber se ganha
O ceticismo, sombra da emoção
Ou o relógio, carrasco da ilusão,
Meras medalhas para quem apanha
Amo-te só, com o êxtase primeiro
E a experiência de quem muito amou
Unindo-os enfim, como um carpinteiro
Que com calma, trabalha com ardor
E sem terminar, repete o roteiro:
Todo dia se constrói um grande amor
A garota e seu jardim
Ela olha cada flor do seu jardim
como um sentimento que passou
deixando saudade, ou apenas
a lembrança de que sentiu
alguma coisa maior que a sua
própria existência
O cuidado é diário.
A satisfação contemplativa
que tem os visitantes, para
ela é vaidade, porque o
vermelho da rosa tem uma
gota do seu sangue.
Mas foi dado com carinho.
Afinal, quem seria a jardineira
se não amasse os espinhos?
Não exalta a ilusão como
cenário ideal para a vida
mas, sabe a importância
dela para que esse cenário
seja construído e conquistado,
porque se não acreditasse
que um dia voaria como
as borboletas que pousam
no seu jardim, talvez suas
asas não abarcariam
tantas flores.
Quando uma flor morre,
seu coração vai junto.
Parece que o cuidado,
suas horas de esforço
se perderam em algum lugar
onde já não tem relevância.
Mas quando chega
uma semente nova,
ela planta com a expetativa
de que se torne ainda mais linda
do que a flor que morreu.
E enquanto rega sua nova
esperança, redescobre
a coisa mais importante:
ela ainda sabe cultivar!
E olha cada flor do jardim
como um sentimento.
E deita,
sorri,
inspira.
A loucura do amor...
Loucura? Não, não há loucura no amor...
Sensação pura que gera esse grande furor...
Mas, na verdade, acho sim enlouquecedor...
O que em algum momento me torna um sábio ditador...
Ditando as incriveis lições do inventor...
Inventou o Eu e essa tão paixão, a brasa maior desta doce sensação...
vivência significativa que mobiliza afetos e emoções ...
A loucura é além da expressão...
Lute, Lute, Lute, e quando perceber que nada está dando certo, lute mais um pouco, a vitória pode estar além de mais uma luta.
Se não fossem os seus olhos
Se não fossem os seus olhos,
Com certeza, o mundo seria mais triste.
Eles são o elo entre mim
E tudo que eu não consigo escrever,
Falar, imaginar, compreender
Se não fossem os seus olhos,
Eu não teria tanta certeza
Da transcendência da matéria,
Da eloqüência de um gesto,
Do futuro da poesia
Quando doce, você pára e divaga
O brilho deles consegue
Me trazer a calma do mar
De Ipanema, e ao mesmo tempo
A noite estrelada de Van Gogh
Se os olhos são a porta da alma
Os seus olhos são a alma
Sem barreira e precedentes
O reflexo da paz que eu nunca
Imaginei poder encontrar
Se não fossem os seus olhos,
Eu não sei o que seria desse lápis
Preto, tão vago
Que parece ter sido feito
Pra encontrar os seus cílios
E contornar a mais bela obra
De vanguarda que o mundo já conheceu
Sim, de vanguarda, porque o seu olhar
Não respeita qualquer padrão
Não se curva a ninguém
Apenas reluz, como uma extensão
De toda a beleza dentro de ti
Às vezes acho que o tempo pausa
Para contemplar os olhos teus
Assim, como quem não quer nada
E tentar descobrir o segredo
Do meu encanto ao te ver
Ah, se não fossem os seus olhos,
Eu não teria dito ao destino:
Eu quero é ser poeta.