Homenagem a Alguém que Morreu
Amanha, 2 de novembro.
Muitas famílias homenageiam seus familiares que partiram com flores e orações.
Visitam seus túmulos,
numa tentativa de uma ultima conversa,
um ato de carinho a alguém que tanto amaram...
Amaram?
Nunca deixamos de amar.
A ferida da partida sangra a cada lembrança.
Sinto falta de minha mãe e de minha avó todo santo dia.
Não há despertar que não me venha à memória
as ausências de suas presenças.
Não sei se irei ao cemitério amanha.
Talvez fique em casa, com minha família,
homenageando essas mulheres que forjaram quem sou, cuidando dos que amo.
Dói cada vez que tiramos a casca dessa ferida.
Rezarei pelos amigos que partiram e, principalmente,
por suas famílias que aqui ficaram.
Estamos de passagem,
mas como nos apegamos a essa estação terrena...
Somos carnais demais.
Particularmente, sou.
A percepção desse meu apego a matéria
me faz pensar o quanto tenho que evoluir em minha Fé.
Quem tem Fé, Confia.
Confio no Soberano Árbitro dos Mundos.
Acredito em sua ação nossas vidas.
Mas como temo estar longe de seus planos.
Senhor, meu Deus, perdoe minha pouca Fé.
Que seja sempre feita a Tua Vontade.
Amém.
Homenagem a rainha Elizabeth II
O fim chegou, sem avisar ninguém.
Pegando o mundo todo se surpresa.
Chega ao fim o reinado mais longo da história do Reino Unido.
Nossa querida rainha, se foi para ao lado de Deus.
Nunca mais a monarquia será a mesma sem ela.
Seu reinado nunca será esquecido.
Sua conquista e polêmicas também.
O longo de seu reinado do foi marcado pelo forte, determinação e dedicar ao trono britânico.
Para muitos, ela se tornou a única referência constante em um mundo de mudanças constantes.
Seu sucesso em manter a monarquia ao longo de um período tão turbulento foi ainda mais notável se considerarmos que, na época de seu nascimento, ninguém previa que seu destino seria assumir o trono.
Descanse em paz rainha, pois em nossos corações você será sempre eterna.
ADEUS À RAINHA ELIZABETH II.
Morrer...
Termina a vida, morrer, com ela o viver
Vão-se as dores, homenagens com flores
Rezas, choros e suplicas pros pecadores
Depois, uma furtiva lembrança a prover
Aos amores e aos meus admiradores...
... para as lágrimas fingidas
Meu até mais...
Cheio de saudações garridas
E minhas retribuições iguais!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02/09/2020, 17’00” – Triângulo Mineiro
Queria ter dito-te que te amava... Que eras o meu protetor em meio a escuridão de minha infância! Queria ter abraçado-te a velhice mais bela que minha ávida imaginação de criança! Queria ter contigo chorado quando juntos estivemos em uma longa tarde de inverno, onde a ti deveria eu ter feito saber o quanto foi inspiração de doce melodia em meu sôfrego arfar. Tua força protetora de quem com asas voa como por liberdade dos mais tristes lugares comuns. Sim, queria ter dito o quando foste meu rosto amigo em momentos de solidão de outrora. E, assim tenho-te como eterno, sempre perambulando nas lembranças de um segundo furtivo que me varam as visões de um efêmero contemplador. Tua voz mais enevoada, que do terror libertava quando criança a minha alma infeliz. Que possam teus feitos emoldurarem as portas dos céus decaídos com pétalas de esperança. Que possa tua face servir de ornato vivo para meu coração já distante de todo cenário febril. Que possas estar no mais belo descanso da paz, como nos mais silentes campos nos aguardando, Jacob, meu irmão!
Oração da Despedida. 🌹
Você /partiu / para tão /tão distante/
Onde não posso mais te vê/
Por quê me deixou/ e foi morar onde nasce outro sol / ao amanhecer/
Como vai ser/ minha vida sem você/
Sei que não pode voltar/ mais para os meus braços/
Sei que nesse vazio a espaço/ para muito solidão/
Como vou viver sem teu olhar/ Necessito apenas te tocar/
Sentir seu coração/
E você levou todo esse amor/ Dentro do meu peito quanta dor/ Sem despedidas/
Sem teus beijos/
Teu cheiro/
Desespero
Mas minha alma forte em oração/
Deus cuida de mim/
Composição: Soll Alcantara.
O microfone amanheceu vazio
O taxista não ligou o rádio aquele dia
O caminhoneiro, o motorista que levava
O patrão no trabalho...
O rapaz com o fone de ouvido
dentro do metrô...
Ninguém, absolutamente, ninguém
ligou o rádio aquele dia...
O Brasil perdeu a voz...
A notícia tinha caído do ar...
Leandro Flores
11 de fevereiro de 2019
(em homenagem ao grande jornalista Ricardo Boechat)
Descanse em paz
Quem fez o outro sorrir
Ficará sempre presente
Mesmo após partir!
A cortina se fechou...
Mas o espetáculo continua em cena
Deixou seu legado
Floriu todo jardim
Agora virou uma estrela
Pra continuar seu brilho
A estátua de um poeta morto
Sozinho, caminho até a praça...
Dois ou três passos e paro.
Colho flores brancas entremeadas ao mato.
Mato grande, que cresce ali!
Um cercado de fios de arame enferrujado protege o jardim.
Desconsidero o aviso que diz:
-Não colha flores e, ou, plantas desse jardim!
(...)
Num segundo de descuido
um agudo espinho de esquerda
espeta-me o dedo polegar da mão direita.
Desço à terra!
Subo novamente à minha própria altura.
Recosto-me em uma estátua de cobre.
(...)
Um pássaro cinza voa no céu sobre mim.
Voa meio assim...
Meio torto, meio de lado.
Voa um tanto apressado.
Muito estranho!
O voo desse pássaro.
(...)
As pedras no chão...
-Vermelhas como estão-
parecem dançarinas de flamenco
tango, tchá...tchá, tchá!
Parecem dançar,
mexem-se sem parar!
Mexem-se. Sem parar.
(...)
De repente...
Ficam escuras!
Ficam duras!
Param de dançar.
Dói!
Dói-me a cabeça.
(...)
Os olhos ficam inquietos.
Nuveiam...
Nuveiam!
Somem as nuvens dos olhos
e até o sol para de brilhar.
(...)
Dá um sono!
Resolvo deitar ali mesmo.
Deito-me naquele lugar.
Penso-me morto.
Morto não hei de estar!
Não hei de estar.
Morto, eu? Será?
(...)
Num último e derradeiro esforço
tento me levantar.
Tudo parece estar tão distante...
O corpo está tão pesado...
Resolvo me aquietar!
Durmo por horas ao pé da estátua de cobre.
(...)
Estátua de poeta!
Homenagem 'post-mortem'.
O coitado morreu ali mesmo...
Naquele lugar!
Envenenado por um pico de espinho de rosas brancas
no polegar da mão direita.
(...)
Morto e transformado em estátua!
Pra sempre ali...
Parado!
Transformado em poesia dramática.
Eternizado em seu próprio universo,
e preso, em seu mais triste verso.
Morto!
(...)
Enquanto lamentava a sorte do pobre homem
o pássaro cinza que se remexia no céu sobre mim
mira e despeja toda a sua maldade em minha cabeça.
Numa casualidade quase transcendental,
salva-me da morte!
Livra-me da sorte de virar estátua.
Revivo e vou-me embora.
Desculpa mãe!
Sempre quis ser mais presente. Não pude até te perder e perceber que a única coisa que realmente importava na vida era estar perto de ti, o máximo de tempo possível. Perto da única amizade verdadeira que antes jamais tive.
Sempre quis ser um filho bom, não pude por conta de umas questões paralelas aí! Mas quis a vida inteira ser um bom filho, repeitar os mais velhos, ouvir-te sem questionar. Agora você se foi e eu estou aqui, vivendo estes dias tão tristes. A dor que me consome agora, também me paralisa. Olho ao redor e sinto os teus cheiros...
Lembro-me daquela comidinha gostosa que você preparava. Lembro de seu perfume, aroma de gordura e alecrim. Lembro-me de seus trejeitos inesquecíveis e da covinha em sua bochecha. Lembro dos teus olhos já quase sem brilho, esmaecidos pela vida. Lembro de quase tudo sobre você. Faz muito tempo, mas me lembro. Como poderia esquecer?
Tenho a sensação de que não vou aguentar sua ausência! Sinto sua falta todos os dias e, às vezes, tenho a sensação de que não vou aguentar. Durante a noite as crises são piores, você está em tudo, nem adianta cobrir a cabeça com o cobertor. Sinto tanta saudade de você!
Sei que já sou homem e que tenho de ser forte, mas veja seu neto como está, veja o quanto cresceu em tão pouco tempo! Você sempre quis ter um neto, lembra-se?
... Desculpa mãe! Volta pra casa! Volta.
Adeus Pantera Negra
Descansa agora em paz
Infelizmente não terei
Meu heroi forte e sagaz
Porém tenho a certeza
De que no céu tu lutarás
(Poesia dedicada ao ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos cinemas, que morreu em 28 de agosto de 2020, aos 43 anos de idade, vítima de câncer).
MARADONA
Nos gramados foi lendário
Ídolo do futebol.
Porém abusou do álcool
De drogas foi usuário.
No Boca, extraordinário!
Na Copa, os dribles seus
Entortavam europeus.
Hoje fecha-se a cortina
Ele deixa a Argentina
Pra jogar bola com Deus.
PAULO GUSTAVO
Quando acaba o espetáculo,
e se fecham as cortinas,
teatro fica vazio,
tudo volta à rotina.
Mas toda plateia chora
quando a estrela vai embora
de uma forma repentina.