Homenagem a Alguém que Amamos e Morreu
Quando no passado escrevia sobre sentimentos na verdade nada conhecia sobre a dor de quem morreu por mim por amor.
O Verbo se fez carne
Na terra desceu
Operou muitos milagres
Era mesmo filho de Deus
Morreu numa cruz, mas ressuscitou
Ele está vivo
O nosso amor, ainda não morreu...
Eu não mando em você,
Nem nos meus sentimentos.
Até hoje choro e comento
Quando de você eu me lembro.
Sei que já se passaram anos,
Mas não esqueço dos nossos planos:
Da nossa casa alugada ou própria
E que a nossa filha poderia
Se chamar, Maísa ou Vitória.
Que ela iria se parecer comigo
Ter meus olhos, minha boca
E seus cabelos lisos.
Não posso negar às vezes
Me pego olhando nossas fotos
No meu celular, que eu apaguei
E o google drive fez questão
De ocultar .
Que só depois de um tempo fuçando o meu e-mail
Eu achei todas elas lá
E Que ainda não tive coragem
De apagar.
Não é mentira nem caô,
Me escute por favor e
Dê só mais uma chance
Para o nosso amor.
Sei que você ainda não me esqueceu,
Toda vez que te vejo
Seus olhos te entregam
E eu sinto que o nosso amor
Ainda não morreu!
Edvan Pereira "O Poeta"
A Esperança Morreu —
Era um amor (assim eu o chamava),
e quando se fez tormenta — de anos —, onde se queria paz,
parecia insuportavelmente insuperável,
e a saída intransponível.
Então, a esperança que (tantas vezes
é sonho e liberdade,
mas também âncora e abismo;
Que alimenta-se de sonhos e grandezas,
assim como de correntes e migalhas;
Que sustenta tal como aprisiona-nos),
essa mesma — a esperança — um dia, num choque, morreu e, estranhamente
aliviou-me.
Como explicar o que aconteceu?
Não sei. — nem antes
nem depois.
Estou no corre
Saudade bate mas não mata
Saudade tenho de quem já morreu
Os que estão vivos
Sabem onde me achar
Eu senti toda sua dor. Eu mergulhei profundo em suas tristezas. Quando você morreu eu só desejava estar por perto🖤
O poeta morreu
No entanto sobreviveu, a um cruel tirano,
que lhe fez encomenda, de narrativa heroica,
o poeta criou parábola, como homenagem
Aos tiranos sem coragem.
Este enfurecido ordenou a decapitação,
O poeta não tinha cabeça, tinha uma luz no coração
Brilhando...
Arrancaram-lhe o coração e deram aos cães,
Estranhamente a luz mais brilhava, iluminando a multidão
Que delirante sorria e dançava, festejando.
O tirano se retirando.
Largas passadas, seguido de sua guarda, que entoava a toada
Declamada do poeta.
O poeta viveu muitos anos, sem cabeça e sem corpo,
apenas com a luz brilhando, escrevendo poemas e rimando,
invisível, era visto em bares, iluminados pela luz.
Contam que um dia uma outra luz, surgiu,
e em harmonia, levou-o para ninguém sabe.
Sabe-se que até hoje,
a toada simples e ritmada,
é cantada.
A Páscoa nos faz lembrar que Cristo morreu como um Cordeiro calado pelas nossas transgressões, mas ressuscitou rugindo com um leão para as nossa justificação.
Mas não importa
Quantos emails eu envie pra você
Você morreu e se foi
E levou uma parte de mim com você.
– Shtriga –
- Ela conseguiu? fala logo!
- Não, ela morreu
- Por que ela morreu, ela comandava todas as possibilidades, ela sentiria tudo verdadeiramente, eu não entendo, ela era pura, apesar de adulta!
- É à Shtriga jovem Rey, quando aparecem, não há vida, ela suga toda energia vital.
- Não, não pode! Por que ela aceitou ir!... Por quê... (choro, soluços e grito)
- Às Shtriga desfarçam-se jovem, ela nunca imaginaria, ela estava ao lado de quem amava, guardava boas lembranças, à Shtriga não perdoaria.
- Eu não entendo Jêdie, não consigo entender.
- Às Shtriga são seres amigáveis, tomam formas dos outros, sugam energia que elas desejam, jovem Rey, ela lutou, ela foi forte
O homem que não sabia amar
Me disseram que ele morreu sozinho
Mas semana apertei a sua mão quando voltava para casa
Ele acreditava nas pessoas ...
Ninguém acreditava nele
Mandavam ele embora
Diziam que tudo ia passar porém o fizeram acreditar que ele não era bom
Ele gostava de abraços e se cercava de amor
Ficava sem palavras em gratidão
Ninguém se importava ...
O homem que não sabia amar
Morreu sozinho
Ontem vi ele sentado escutando música e vendo o pôr do sol
Também acho que ele estava errado
Nossa Morte
Hoje o tempo está fúnebre
O sepultamento se iníciou
Nosso grande amor morreu
Mas morto não está aquilo que ainda pode ser lembrado
E com dolorosos éons até a morte pode morrer
O "para sempre" se trata apenas de uma ilusão
Ilusão qual nos perpetuou até o fim
E continua eterna em nossas memórias
As sombras eternas de uma mente com lembranças
Essa seria a nossa versão do seu filme favorito
Odeio ainda ver você em todos os lugares
Hoje a noite está nublada
Tão escura que parece refletir a terra negra do cemitério
Onde foi enterrada a nossa história
Se nem a morte foi capaz de levar ao esquecimento
O que será?
Então esse será o fardo que carregarei para minha cova
Te perder
Talvez com minha morte esse luto chegue ao fim
E com estranhos éons até a morte pode morrer
Preciso reler meu livro favorito uma última vez
Bruna Furtado