Homenagem a Alguém que Amamos e Morreu
quando meu pai morreu aniquilei tudo que era sentimento que existia em mim, um jovem de 19 anos de idade, via minha mãe desesperada olhar para mim e perguntar, e agora, o que faremos? e os dias foram passando e as lágrimas escorrendo e eu sem pensar em nada, mas onde era escuridão de repente foi se aclarando e se tornando tudo mais transparente, e a minha fé em Deus ajudou-me a seguir e a pelo menos a viver, peguei com minhas mãos e joguei terra sobre o corpo de meu pai, naquele momento não enterrei os bons momentos e seus ensinamentos pois são vivos em mim, quantos momentos senti saudades e o esperei chegar na minha formatura e não o vi para abraçá-lo e receber seu beijo em minha testa como de costume fazia, resta ainda a lembrança, o amor, e a certeza que a vida se perpetua, se agarre, meu irmão, em Deus, chore em seus braços e retome com forças a vida, talvez seu pai não feche mais a porteira pra você ao ir embora de sua casa, mas,sempre estará escancarando seus braços para lhe receber em suas saudades e ausências... que Deus te abençoe meu querido e nobre irmão, força e fé.
mensagem ao amigo Antônio Batalha pelo falecimento de seu pai em 20/10/2017
VERSO TRISTE
Estou em luto, a poesia morreu.
Morreu nas frágeis mãos de quem a escreveu.
Porque o amor foi para longe, tais quais os monges
que se fecham em antigas catedrais.
E não voltará! Nunca! Nunca mais!
É como a alma sem vestes na noite invernal...
“Nu eu vim do pó e a ele regressarei.”
Sem tema de amor, histórias de rainha ou rei.
E partirei... Cantando ou chorando
os versos que compus para o amor...
O amor que se perdeu e amei tanto!
Mas minha alma purificada,
deixará no chão as folhas orvalhadas
de versos tristes, rabiscadas.
Não foi uma vida, não foi uma infância, nem ao menos juventude, mas sim o amor que morreu e junto levou as lembranças e qualquer vestígio de carinho, ficou somente a frieza gravada no coração.
Morreu enquanto ainda dava tempo
Desenristou a mão e encostou-a ligeira ao peito
como quem apalpa, apertando forte, uma banda de carne embalada à vácuo
dessas que ficam em prateleiras em balcões frigoríficos nos supermercados
Dedilhou o ar e esfregou os dedos uns nos outros para sentir se tato havia
e se fim dava àquela dormência que o acometia a mão esquerda.
Arranhou a pele umas duas ou três vezes
para ver se o sangue ainda corria pleno em suas veias
fazendo fértil o terreno de seu coração.
Fértil como aparenta estar a terra quando bem irrigada,
em uma bem cuidada plantação.
No caluniar da escuridão da morte parou, e se arrependeu de tudo!
Parou, por que não tinha como não parar.
Se seguisse em frente talvez lhe faltasse pernas para chegar.
Aos cento e quarenta e sete anos pediu, quase implorando, que o deixassem ali.
Apoiou a língua já quase sem movimento no chão da boca
e gritou de dentro pra fora bem alto:
- Todo mundo parado! Ninguém faz nada! Ninguém se mexe!
Ele parecia estar negociando com a vida e com a morte ao mesmo tempo
Ninguém interviu.
E antes que todos dessem conta, ele morreu, enquanto ainda dava tempo.
Cada vez que eu chorei você morreu um pouco…
Seu amor sempre veio acompanhado com resquício de abandono. Eu não precisei te matar das minhas lembranças, você foi sumindo de mim por conta própria cada vez que me deixou chorando sozinha.
Tentei me convencer de que estava tudo bem, que só a sua presença me bastava. Era tudo coisa da minha cabeça. Talvez eu estivesse exagerando, ninguém consegue dar tanta atenção a um outro ser humano. Mas ninguém é tão ocupado, não é? Quando percebi isso, outro pedaço seu virou fumaça.
Um casal é feito de duas partes, lutando constantemente para ser uma. Então, por que eu me sentia numa batalha de uma pessoa só?
Te perdi dentro de mim e tentei te ganhar todos os dias. Antes mesmo de saber que eu nunca poderia ter alguém que nunca levantou uma bandeira por mim. Sempre foi tempo perdido e o pior é que mesmo que você já soubesse, me deixou continuar.
Mais uma vez eu chorei, você já quase não existia.
Prometi a mim mesma que não me daria por vencida enquanto não tivesse a certeza que fiz tudo para retomar os laços. Te chamei, te liguei, fiquei parada na sua porta, toquei a campainha, pedi abrigo no seu peito. Sem resposta.
Então eu chorei. Derramei litros de sonhos de um futuro que nunca iria acontecer. Chorei porque eu quis tanto e tive tão pouco. Foi tão promissor no começo, você fez direitinho. Soube prometer tão bem quanto soube não cumprir. Mas é grandioso se render, aceitar que o barco não vai navegar nem com a maior das correntezas.. Eu chorei por você. Você morreu pouco a pouco. Não existe mais.
(Najara Gomes)
Se até Jesus Cristo chorou
O palhaço não sorriu
O amanhecer não apareceu
A flor sem água morreu
Porque quer ser perfeito
Se tu es ser humano falho igual eu.
Nietzsche proclamou que Deus morreu!
Léon Bloy foi mais suave quando disse que
Deus se afastou!
Eu diria, hoje, bem mais consciente que,
Foi o homem do século XXI que virou costas a Deus!
Nunca estamos sós, Jesus morreu mas ,vive em nós. Jesus nosso Salvador, deu a vida por nós e aquele que nele crê, viverá eternamente.
Não... o celular não vibrou
Nem o sol nasceu
O herói morreu
O poeta não se inspirou
A menina não sorriu
O ponteiro não andou
Não estamos em abril
Nem acredito no amor
Não? Não!
Eu nego a negação.
Homem do mar, pág. 58
Meu amor morreu
Ele ainda tinha um corpo, um coração, todos seus órgãos ainda funcionavam, seu corpo ainda era quente
Mas…..
Não para mim
seus olhos não me olhavam com amor
Seus lábios não ansiavam os meus
Seus toques não tinham calma e nem amor.
Ali declaro a morte do meu amor
Meu amor que prometeu nunca me deixar
O mesmo amor que disse que eu era a mais linda para ele.
Um amor que disse que nunca desistiria
Que jamais me trairia
Foi o mesmo amor que me apunhalou pelas costas enquanto me dava um beijo suave de despedida.
O que aconteceu com o meu amor?
Não o reconheço
Nem ao menos sei se um dia o conheci.