Homem e o Câncer de Próstata
Para alguns um simples resfriado é o fim do mundo. Para outros o câncer é um motivo de reflexão e aprendizado. Em qual dos dois grupos você se enquadra.
Os índios já sabiam de tudo, ou pelo menos estavam no caminho certo, viramos um câncer planetário quando acabamos com eles, acabamos com irmãos, que viviam em harmonia com as leis da nossa natureza e consequentemente com o criador. Será que fomos projetados ou desviados para cometer esse erro? Pois acabamos com diferentes culturas, ou quem sabe, mais "elevadas" que a nossa, esvaziando nosso interior, nos levando a avançar tecnologicamente, sugando todos os recursos do planeta Terra, modificando a natureza e por fim acabando com tudo.
A semente do remorso assassino foi jogada no espaço, para enfim, com o desejo ajudar, mas na verdade INTERVINDO na evolução de outros planetas, onde podemos até ser considerados Deuses, tocando em "crianças" puras dessa outra terra, perfeita, projetada para evoluir em harmonia, e, de fato, nascerem Deuses.
Com este ponto de vista, será que qualquer dogma/religião que não são os Demônios que impedem os seres de irem além das fronteiras?Parece que isso acontece conosco, onde temos de um lado a prosperidade (tecnologia) e do outro a paz (ou amor).
Quem sabe o encontro dos dois lados será a chave de tudo? Nós não vamos saber, portanto, vamos juntar no presente os dois lados da moeda.
Lutar contra o Câncer requer forças, mas lutar contra as forças que buscam através de muitas doenças te derrubarem, isso é ousadia!
Quando você tiver certeza que o diagnóstico é o fim, lembre-se o fim é a única certeza que todos temos. Então só cabe a nós como queremos estar no fim.
Por isso, mesmo que todos ao seu redor te considerem louco(a), não importa. Porque o que importa foi o que você fez em sua vida... sempre haverá os limites impostos, os bloqueios construídos, porém os “insanos” conseguem ver além, assim como os gênios e os verdadeiros heróis.
Re Pinheiro
O dia em que a ciência resolver levar a sério o acesso a informação da onda, qualquer câncer poderá ser curado.
"A mãe gentil...
sofre com o câncer da corrupção
em processo de metástase.
A justiça seria um bom paliativo,
mas prefere se prostituir."
Viviane Andrade
CÂNCER
Gostaria de lamentar da vida também... Como um fato comum...mas, não sei se seria justo.
Tive longos meses batalhando contra um câncer. Muito doente, tinha hemorragias todos os dias e estava grávida. Precisei muito de força... Mas não tive os meu queridos amigos ao meu lado e não os condeno por isso. Ouvi a médica dizer ao meu pai no telefone que eu estava morrendo. Sim, quando você não está preparado pra guerras que você simplesmente não compreende, é difícil mover a luta. Diziam que eu não poderia ter aquele filho. Que ele não teria saúde, entre outras coisas intragáveis.
Ah, me espanto com minha própria lembrança. Minha alma estava no escuro, pois a vida já não me trazia sentindo de amar. Havia quatro paredes dentro de mim e sobre mim. Meu filho, era Deus no meu corpo, manifestando esperaça no meio de tanta dor e abandono. Até eu mesma me abandonei, me odiei, acreditei em cada ranger de dor da minha carne. Mas, a única coisa que eu não podia abandonar, era o meu filho. Queria que tudo me ocorresse, mas que nada atingisse a ele. Eu pedia pra Deus que eu fosse atingida, mesmo questionando a minha fé, meu merecimento... Acordava e dormia fazendo preces para que o meu filho ficasse bem, e fosse muito amado por todos, nunca pedia algo pra mim, eu só queria poder olhar o rosto do meu bebê.
Polpando vocês de detalhes intragáveis ...Quero que saibam que Deus não foi bom comigo. Ele foi maravilhoso o tempo todo... O câncer regrediu e desapareceu após o abraço que Deus me deu... o nascimento de Benjamim. Lido com a realidade de forma clara, estou aprendendo a viver em um corpo, mente e espírito que muitas vezes se contradizem, mas estou tranquila, pois quem elabora minhas lições é maior que tudo isso!
Deus me deu um tempo da vida para amar... e este é o meu maior motivo pra querer amar verdadeiramente as pessoas desconhecidas ou não, afinal o amor é cego.
"O coração tem razões que a própria razão desconhece."
A cada dia esta frase compartilha novos sentidos em mim.
Ele mal conseguia se mover devido ao estado paleativo de câncer, então me disse:
- Está coçando filha, coça pra mim...
- Onde pai...
- Procure minina!! Procure rs
Segundos depois...
- Tá vendo, quem procura, acha!
RIO DE JANEIRO, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela. Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado, em Setembro de 1987, o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB/CL) – constituído por uma série de documentos pessoais da escritora – doados pelo seu filho, Paulo Gurgel Valente. E diante de cartões-postais, correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e outras tantas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer. Decerto, aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost Writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus Pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora daqueles seus oblíquos olhos melancólicos. Dizem, inclusive, que em Agosto de 1975, ela só teria aceitado participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava completamente convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de algum poder supremo ao seu domínio, e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião – sob o pretexto de um súbito mal-estar – ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o texto sobre magia que havia preparado para o instante da sua apresentação, e improvisado um Discurso Diferente. Queria ser enterrada no Cemitério São João Batista, mas – em deferência aos costumes judaicos relativos ao Shabat – só pode ser sepultada no dia 11, Domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como todos os grandes extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Possivelmente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras jamais seriam desvendados. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe incitou a adotar um daqueles pseudônimos. Sua existência foi insondável, e seus interesses tão antagônicos quanto vorazes: com ela, fé e ceticismo caminhavam ao lado do medo, e da angústia de viver. Sentia-se feliz por não chorar diante da tristeza, alegando que o choro a consolava. Era indiferente, mas humanista. Tediosa e intrigante; reservada e intimista; nativa e estrangeira; judia e cristã; lésbica e dona de casa; homem e mãe de família; bruxa e santa. Ucraniana, brasileira, nordestina e carioca. Autoridades asseguravam que ela era de direita, outras afirmavam que ela era comunista. Falava sete idiomas, porém sua nacionalidade era sempre questionada. Ao nascer, foi registrada com o nome de Chaya Pinkhasovna, e morreu como Clarice Lispector. Mas afinal de contas, por que a autora brasileira mais estudada em todo o mundo era conhecida pelo epíteto de A Grande Bruxa da Literatura Brasileira? Que espécie de vínculo Clarice teria estabelecido com o universo mágico da feitiçaria? Por que seu próprio amigo, o jornalista e escritor Otto Lara Resende advertia sempre alguns leitores: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata apenas de literatura, mas de bruxaria”.
Certamente, ainda hoje, muitos desconheçam completamente, o estreito envolvimento que a escritora mantinha com práticas ligadas ao ocultismo, assim como o seu profundo interesse na magia cabalística. Para outros, inclusive, aquela sua participação em uma Convenção de Bruxas, seria apenas mais uma – entre as tantas invenções – que permeavam o imaginário fantasioso do seu nome. Inobstante, Clarice cultivava diferentes hábitos místicos. Principalmente, atrelados a crendices no poder de determinados números. Para ela, os números 5, 7 e 13, representavam um simbolismo mágico, uma espécie de identidade cármica. Durante o seu processo criativo, cafés, cigarros e a máquina de escrever sobre o colo, marcando sempre 7(sete) espaços entre cada parágrafo inicial. E, por diversas vezes, não hesitava em solicitar a amiga Olga Borelli para concluir os últimos parágrafos dos seus textos que, inevitavelmente, inteirassem as páginas de número 13. Ela própria escreveu: “O sete é o número do homem. A ferida mais profunda se cura em sete dias se o destruidor não estiver por perto [...] O número sete era meu número secreto e cabalístico”. Há sete notas com as quais podem ser compostas “todas as músicas que existem e que existirão”; e há uma recorrência de “adições teosóficas”, números que podem ser somados para revelar uma quantia mágica. O ano de 1978, por exemplo, tem um resultado final igual a sete: 1 + 9 + 7 + 8 = 25, e 2 + 5 = 7. “Eu vos afianço que 1978 será o verdadeiro ano cabalístico. Portanto, mandei lustrar os instantes do tempo, rebrilhar as estrelas, lavar a lua com leite, e o sol com ouro líquido. Cada ano que se inicia, começo eu a viver outra vida.” E, muito embora ela tenha morrido apenas algumas semanas antes de começar o então ano cabalístico, sem dúvida alguma, todos esses hábitos ritualísticos, esclareceram a verdadeira razão pela qual – aceitou com presteza e entusiasmo – o inusitado convite do então escritor e ocultista colombiano, Bruxo Simón, para participar – como palestrante/convidada – do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria organizado por ele. (Prefácio do livro: O Segredo de Clarice Lispector).
Ser forte na velhice é continuar tendo um bom caráter. Porque a safadeza é pior que o câncer e somente Deus para curar. Elias Torres
Certo dia eu estava em um hospital da Santa Casa, onde trata de pessoas com câncer e outros casos desconhecidos. Eu estava lá para uma consulta médica, minha consulta era um pouco tarde, então resolvi explorar o hospital, eu e minha grande companheira cadeira de rodas motorizada que sempre está comigo para onde quer que eu vá, deixando um ponto de encontro para me encontrar com minha mãe depois. E explorar fui eu, de repente me deparei com uma garota linda, onde ela tinha olhos verdes e completamente ingênua no que estava se passando com ela, ela tinha apenas 9 anos e se chamava Elizabete, ela tinha o terminal de câncer maligno e só tinha mais um ano de vida. E quando eu avistei parei ao seu lado para conversar, e trocamos palavras simples como qualquer pessoa comum faz quando quer conhecer a pessoa. Nos estavamos em um jardim, cheio de flores e o vento estava parado, e ela quando me viu quis fazer um monte de perguntas sobre mim, perguntando se eu sou feliz e outras coisas que não prefiro citar. E diante da nossa conversa, com toda curiosidade que ela estava sobre ao meu respeito, ela me perguntou se eu já tinha beijado, eu olhei pro lado e depois olhei pra ela e respondi que sim. E ela acrescentou dizendo que tinha medo que a hora dela chegasse e que nunca saberia como é a sensação de um beijo, e que as pessoas sempre rejeitam ou fingiam nem escutar quando ela pedia um beijo. Eu fiquei sem voz, fiquei com olhos cheios de lágrimas, mas me segurei, pois não queria transparecer. Quis mudar de assunto, mas ai ela me fez uma pergunta por cima do que eu iria falar, e ela me perguntou: Me dá um beijo? Eu respondi: Não posso, sou muito velho pra você, tenho apenas 20 anos. Ela ficou surpresa com a minha idade, mas não se importou, e logo foi dizendo..: Por favor, é só um beijo, ou melhor dizendo um selinho, por favor, eu preciso saber se é bom ou não. Em seguida, os galhos das árvores começaram a balançar e as folhas a cair, o vento soprou forte e fez com que as folhas dos galhos ficassem em volta da gente, como se fosse um redomoinho, em seguida, dei um beijo de aproximadamente 3 segundos. E olhei dentro dos olhos dela e falei: Não é só você que tem medo de partir, eu também tenho, eu tenho um grande problema no meu coração e posso ter uma parada cardíaca a qualquer momento e morrer, você tem um ano, e a cada segundos que se passa é uma vitoria para mim. Eu amo alguém, e esse alguém está feliz sem mim, você acha que eu devo ficar triste ou me entregar para a morte só por que ela não está ao meu lado? Hoje eu estou feliz, porque ela está feliz… O ser humano é uma pessoa que temos que perdoar sempre, por que eles não sabem o que falam. E sabe, um dia ela me perguntou o motivo de tudo isso, e eu apenas falei que eu tinha prometido pra ela própria que iria ama-la para sempre, e estou cumprindo isso, por mas que haja circunstancia todos os dias para desistir, mas vou ama-la eternamente e disso eu não abro mão. E você, não tem que ficar triste com que as pessoas fazem ou aparentam querer dizer, você é linda, e se for da vontade de Deus, Ele vai te dá mais uns anos de vida, e nunca desista. Ela me deu um abraço de despedida e direcionei minha cadeira de roda para poder ir embora, e quando eu iria pegar a curva para direita, eu gritei em voz alta: O que achou do beijo, a sensação? E ela respondeu toda feliz: Muito bom, você beija bem. E eu sair rindo, com muita felicidade no rosto por fazer feliz uma garotinha.