Homem e o Câncer de Próstata
O homem mais importante na vida de uma mulher não é o primeiro, mas aquele que não deixa existir o próximo.
No coração do homem existem dois lobos que vivem brigando. Um é o amor e o outro é o ódio. Quem ganha? O que você alimentar mais
Um Eu demasiado poderoso é uma prisão da qual um homem deve evadir-se se deseja gozar plenamente os bens deste mundo.
O homem certo é aquele que quer te encontrar sábado à noite. O homem errado quer ir pra melhor festa da cidade no sábado à noite. Com ou sem você. De preferência, sem. Agora, se ele te encontrar (por acaso) nessa festa, ele vai jurar, de pés juntos, que estava a fim de te encontrar naquela noite. O homem certo telefona pra você e faz o convite: vamos fazer alguma coisa hoje à noite? Ele quer sua companhia. O homem errado te liga meia-noite e pergunta onde você tá. Claro, ele saiu e viu que a noite dele não ia dar em nada, então resolveu te ligar. Muito provavelmente você era o último número discado no celular dele. O homem certo elogia seu bronzeado e pergunta se você tem tomado sol. Repara em você. Repara se você está com uma carinha triste. Se está feliz. Se está passando mal, quase morrendo, no meio da festa. Pergunta se você melhorou no dia seguinte. O homem errado nunca elogia porque não repara em você. Só fala que você é gostosa (isso seu espelho já diz).
O homem é uma síntese de infinito e de finito, de temporal e de eterno, de liberdade e de necessidade, é, em suma, uma síntese. Uma síntese é a relação de dois termos. Sob este ponto de vista o eu não existe ainda.
NÃO BASTA SER NAMORADO!
Era uma vez um homem que tinha uma floricultura, e alguém que viva por entre flores, só podia entender muito de amor.
Verdade, ele entendia!
Tinha histórias muito interessantes para contar.
Mas de todas as histórias que ele contava, tinha uma especial, que nós nunca nos esquecemos...
Vou contá-la para vocês exatamente como ele contava!
-“O amor não precisa ser dito, ele é sentido; e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma formas reais, deixa de ser abstrato.”
Naquela ocasião, pouco podíamos entender tais palavras, mas mesmo assim, dava vontade de ver o amor com nossos próprios olhos... E uma curiosidade de saber se ele era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade...
Bem... Mas vamos á história.
Era um dia dos namorados, quando um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe:
— Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores.
— E que tipo de flores você quer?
Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí.
— Está certo. Então tome o cartãozinho para você escrever.
— Não tem necessidade, é para minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu.
— Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria.
— Não posso, estou com muita pressa!
— Vou levar meu caro para lavar.
Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... Mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando...
“Coitada dessa moça!”
Algumas horas depois, um outro rapaz entrou em sua loja.
— Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém.
— Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura.
— Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha?
— Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão, porque tenho certeza que o senhor entender bem disso.
— Será um prazer! É sua namorada, não?
— Não senhor... ainda não... mas isso não e importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela.
— Muito bem, concordo com você.
— Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha? Afinal, nosso amor ainda não floresceu.
— Muito bem pensado!
Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, assim como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor...
— Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto eu escrevo o cartão:
— Meu amor, estou lhe mandando esse botão de rosa juntamente com meu carinho. A mim, não importa que você não me ame, porque apesar do meu amor ser solitário ele é verdadeiro e sendo verdadeiro, confio que um dia poderá viver acompanhado do seu.
Não tenho pressa, amor de verdade não tem pressa, amor de verdade não escraviza, nem exige, apenas se importa em doar. Um feliz dia dos namorados ao lado de quem você amar. Um beijo!
— Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe:
— Leia por favor e me dê a sua opinião.
— Perfeito, gostei muito; só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu de assiná-lo.
— Não esqueci, não... È que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu. Nesse momento eu só pretendo que ela sinta que eu existo.
O senhor sorriu e disse-lhe:
— Muito bem, meu filho, torço por você!
Passaram-se os dias, meses e um novo dia dos namorados chegou...
Por aquelas coincidências da vida, novamente o primeiro rapaz voltou a loja, e disse:
— Bom dia, senhor, lembra de mim?
— Lembro, sim, e então, como vai o namoro?
— Ih.. o senhor nem imagina!
— Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra.
— Mas ela não lhe deu nenhuma explicação?
— Ah! deu sim... uma explicação que não entendi. Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa. O senhor entende, não é? Bobagens de mulher.
Entendo sim... Quem não entendeu foi você!
MORAL DA HISTÓRIA
Não adianta um casal apenas sorrir juntos;
Eles precisam sorrir das mesmas coisas.
Não adianta apenas caminhar juntos;
Tem que ser na mesma direção.
Não adianta apenas mandar flores;
É crucial que elas cheguem ao seu destino com perfume.
Não adianta se fazer presente apenas de corpo;
É de suma importância que a alma e o coração estejam presentes também.
NÃO BASTA SER NAMORADO É PRECISO ESTAR ENAMORADO!
A T
No amor basta uma noite para fazer de um homem um Deus.
(PROPÉRCIO)
Amoroso palor meu rosto inunda,
Mórbida languidez me banha os olhos,
Ardem sem sono as pálpebras doridas,
Convulsivo tremor meu corpo vibra...
Quanto sofro por ti! Nas longas noites
Adoeço de amor e de desejos...
E nos meus sonhos desmaiando passa
A imagem voluptuosa da ventura:
Eu sinto-a de paixão encher a brisa,
Embalsamar a noite e o céu sem nuvens;
E ela mesma suave descorando
Os alvacentos véus soltar do colo,
Cheirosas flores desparzir sorrindo
Da mágica cintura.
Sinto na fronte pétalas de flores,
Sinto-as nos lábios e de amor suspiro...
Mas flores e perfumes embriagam...
E no fogo da febre, e em meu delírio
Embebem na minh’alma enamorada
Delicioso veneno.
Estrela de mistério! em tua fronte
Os céus revela e mostra-me na terra,
Como um anjo que dorme, a tua imagem
E teus encantos, onde amor estende
Nessa morena tez a cor de rosa.
Meu amor, minha vida, eu sofro tanto!
O fogo de teus olhos me fascina,
O langor de teus olhos me enlanguece,
Cada suspiro que te abala o seio
Vem no meu peito enlouquecer minh’alma!
Ah! vem, pálida virgem, se tens pena
De quem morre por ti, e morre amando,
Dá vida em teu alento à minha vida,
Une nos lábios meus minh’alma à tua!
Eu quero ao pé de ti sentir o mundo
Na tu’alma infantil; na tua fronte
Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros
Sentir as virações do paraíso...
E a teus pés, de joelhos, crer ainda
Que não mente o amor que um anjo inspira,
Que eu posso na tu’alma ser ditoso,
Beijar-te nos cabelos soluçando
E no teu seio ser feliz morrendo!
Dezembro, 1851
Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada. Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar. D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio. Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.
Um sonhador - para explicar-lhe mais concretamente - não é um homem, fique sabendo, mas uma criatura de sexo neutro.
[...] o desejo do homem encontra seu sentido no desejo do outro, não tanto porque o outro detenha as chaves do objeto desejado, mas porque seu primeiro objeto [do desejo do homem] é ser reconhecido pelo outro.
O Barbeiro
Um homem foi ao barbeiro.
E enquanto tinha seus cabelos cortados conversava com ele.
Falava da vida e de Deus.
Dai a pouco, o barbeiro incrédulo não agüentou e falou:
- Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
- Por quê?
- Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis, passando fome!
- Olhe em volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!
- Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?
- Sim, claro!
O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço.
Não agüentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
- Sabe de uma coisa?
- Não acredito em barbeiros!
- Como?
- Sim, se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!
- Ora, eles estão assim porque querem. Se desejassem mudar, viriam até mim!
- Agora, você entendeu.
Exagero? Ah, não sei não. Estou numa época que prefiro um bom sapato a um homem mais ou menos. Pelo menos sapato aumenta minha autoconfiança e eu sei exatamente aonde ele irá me machucar.