Homem Solitário
SOLITÁRIO HOMEM
É um homem só, indeciso
Nos atalhos das serras
Devorador de mil caminhos
Olha para o seu presente
Mas não pode mudar o seu destino
Nos lugares solitários, entre as estrelas
Esquece o passado, ignora o futuro
Talvez os seus próprios objetivos
Independentemente das sementes
Que planto e deixo pelo caminho
Assediado pelo aborrecimento
Nas rotinas da sua talvez longa vida
Reza o seu velho terço, pendurado à cintura
Está cansado de tantos desenganos
Já sem paciência para a sua família
Caminha tantas vezes por zonas
Do seu próprio desconforto.
Onde é devorador das estradas de pedras
Fragas onde se perde nas sombras das colinas
Dos lameiros, das serras, dos montes
De olhar triste, anda em silêncio
Cansado da vida, tenta perder-se
Por terras que não aparecem no mapa
Homem solitário, onde a sua única
Companhia é um cajado já gasto pelo tempo.
Onde este solitário homem nunca esquece as suas orações.
HOMEM SOLITÁRIO
Gosto de ti, homem solitário.
Do mistério que emanas em cada gesto
Da tua solidão latente
Induzindo em meus sentidos
Uma libido urgente
Repleta de desejos incontidos
Um algo como, querer te desvendar,
Revelando a mim,
Enamorada ávida a pulsar
Delírios e delícias, sem fim...
Um homem não deveria chegar ao fim da vida com as mãos vazias e solitário.
"A veracidade de um homem é proporcional à sua capacidade de andar solitário entre a gente, sem sofrer por isso. Em contrapartida, o gregário que não suporta a solidão tende à insinceridade como a seu fim imediato.
Tende também a trair os seus amigos, para servir ao grupo sob cujas asas se sente um pintainho protegido do sol e da chuva".
UM HOMEM SOLITÁRIO
Hoje foi mais um dia de tristeza, de solidão. Você não apareceu, não deu notícias. Peguei o celular diversas vezes para ver se tinha alguma ligação, uma mensagem de bom dia ou perguntado se eu estava bem, mas foi em vão, não tinha um sinal de você. Talvez você não tenha mais meu número ou quem sabe está tentando me apagar da memória.
Mais uma noite me encontro no escuro do meu quarto, na solidão, sem saber por onde andas, o que fazes. Me pergunto se estás pensando em mim, se estás lembrando dos momentos que vivemos, dos beijos que te dei, dos abraços, das vezes que fizemos amor.
Me pergunto se ainda lembras do meu cheiro, se ainda sabes decifrar os meus pensamentos, se ao menos lembra do meu nome ou do meu endereço. Não sei porque ages assim, fria, distante, é como se não me amasse mais. Parece que tudo chegou ao fim.
Será que devo desistir de nós? Será que devo tentar te apagar da memória, mesmo sabendo que é impossível? Espero que seja só alucinação, delírio, coisas da minha cabeça, pois não saberei o que fazer sem você. Não terei forças para seguir em frente, não serei o mesmo homem de antigamente, serei simplesmente UM HOMEM SOLITÁRIO.
neste lugar solitário
o homem toda a manhã
tem o porte estatuário
de um pensador de Rodin
neste lugar solitário
extravasa sem sursis
como um confessionário
o mais íntimo de si
neste lugar solitário
arúspice desentranha
o aflito vocabulário
de suas próprias entranhas
neste lugar solitário
faz a conta doída:
em lançamentos diários
a soma de sua vida
O homem se torna um pensador quando se sente solitário. A solidão toma conta de seus pensamentos e os torna sentimentos inexplicáveis ao ponto de você viver de uma maneira mais fria e triste.
O maior medo de todo homem que se sente solitário não é o de morrer sem a companhia de um parceiro, mas morrer sem ter vivido a experiência espetacular que todos chamam de amor.
“Ilusão”
O homem solitário tomou seu caminho repleto de mentiras enterradas sanadas, deixou para trás somente o martírio.
Não era novo, também não usava bengala, era maduro o menino, se quando rapaz tagarelava, com os dias em seu encalço, aprendeu a falar apenas com os ouvidos.
Livre enfim na jornada, a encruzilhada mostrou-se um alívio; um bom dia à estrada.
O homem solitário, por Deus encontrara descanso, paz, um ofício, ganhou de presente uma vida regrada; sua história lhe trai, mostrando que a paz de outrora, não passa de um mero fechar de olhos, içando a tona um homem mimado, cheio de fracassos tentados, vividos.
Livre sem poder se mostrar, escasso é o ar que respiro; preciso apenas de paz.
Distante de tudo, no alto de uma montanha, morava um homem solitário. Ele tinha um violão e muitas lembranças. Tinha poesia na alma e um impulso selvagem nas mãos. E ele tocava. Às vezes me tocava com olhos vulcânicos e música em lavas. Eu sentia medo. Não da solidão do homem propriamente dita, mas de como ele se sentia confortável com ela. Era medo da solidão, eu sei. Mas também era medo de abraço. É que os braços dele pareciam a moldura exata para aquela calma estranha que eu sentia quando estava ali. Tive medo de ficar.
Solitário e Livre
Só quando o homem perde-se tudo é que ele se tornasse soberano e quando digo se “soberano” refiro-me soberano de si mesmo. Não mais escravo de si mesmo, não mais escravo de si próprio, como tal dos próprios impulsos. Por isso pode-se esse homem tornas se: vilão, herói, um deus ou um demônio. É um homem simplesmente livre do próprio ego e dono de si próprio.
O homem torna-se um vazio solitário, felizardo por estar livre ou ao mesmo tempo arrasado perseguido por seus traumas.
Quando o homem perde-se tudo deixa de ser escravo dos próprios impulsos, então com isso me refiro que o homem deixa de ser escravo de si mesmo. E se torna dono de si mesmo, dono dos próprios impulsos, por fim tudo isso é domado por ele próprio, por ele mesmo.
É um homem que inspira as alturas e nela se reflete a sua imagem de um homem livre e soberano.
O homem tolo permanece tolo, um escravo de si mesmo e a sim permanecerá domado pelos próprios impulsos, sem nada de grandioso a oferecer a si mesmo e nem para o mundo. Não pode ser então um: herói, vilão, demônio ou um deus ou simplesmente livre. É apenas um medíocre, um homem comum, preso na própria ignorância da sua própria mediocridade.
Dentro do útero dessa própria construção virtual criada pelo homem ele permanecerá e não nascerá e a sim viverá esse circulo virtual de nascimento, crescimento e morte dentro da sociedade.
O homem comum não presta para ser grande. O homem grande não serve para ser comum. O homem medíocre serve para ser comum. A sim como o grande homem não serve para ser medíocre. E isso é uma lei universal plenamente cósmica.
O homem caminha no tempo, mas esqueceu-se de quem era, mas como era?
Agora, solitário, perdido e ausente, caminha em direção ao seu encontro, talvez em bares, pontes, hospitais, pessoas, cigarros, talvez.
Mas o que encontrou foi à falsa facilidade de que existir é ser feliz.
Em um dia frío nublado vazio ou solitário, sou Homem complicado sim, mas não importa quando mesmo ao meio de turbulência ou no proibido, hoje meu dia será azul pois acordar com você em meus pensamentos é melhor que qualquer dia ensolarado ou nublado.
Bom dia meu coração 💓