Homem Elegante

O homem morre tantas vezes quantas vezes perde os seus.

Um homem nunca esta completo até que se casa. A partir dai, esta acabado.

É tão indulgente o homem para consigo mesmo, que nunca julga ter-se aproveitado bastante da liberdade de se portar mal.

É instintivo da mente humana que um homem mais deseje os prazeres que lhe são proibidos.

Um homem não pode viver sem lume, e não é possível fazer-se lume sem queimar alguma coisa.

Um Deus honesto é a obra mais nobre do homem.

Um homem bom pode ser pouco inteligente. Mas é imprescindível que um homem mau tenha a cabeça funcionando muito bem.

A partir do momento em que o homem pratica o crime, entra-lhe o castigo no coração.

As acções dos homens são demasiado fortes. Mostrem-me um homem que não tenha sido vítima das suas próprias acções.

O efeito mais determinado, e quase a soma dos efeitos que produz num homem de raro e elevado espírito o conhecimento e a experiência dos homens, é o ato de torná-lo muito indulgente em relação a qualquer fraqueza maior e excessiva, qualquer pequenez, tolice, ignorância, estupidez, maldade, vício e defeito alheio, natural ou adquirido....

O homem é o único culpado da sua própria perdição.

A presença do perigo confere gênio ao homem sensato.

O homem só se apercebe, no mundo, daquilo que em si já se encontra; mas precisa do mundo para se aperceber do que se encontra em si; para isso são, porém, necessários atividade e sofrimento.

Um homem pode casar-se com uma mulher que lhe seja inferior e ela se elevará; mas um homem que se casa com uma mulher superior a ele, rebaixa-se.

E se temos de falar de coisas sagradas, só o descontentamento que o homem experimenta de si próprio e a sua vontade de melhorar me são sagradas.

A maldade é congénere do homem.

O homem está pronto para tudo desde que lhe seja dito com mistério; quem quer ser acreditado deve falar baixo.

A razão foi dada ao homem para o obrigar a reconhecer que ela não serve para nada.

O homem médio está mais interessado numa mulher que esteja interessada nele do que numa mulher com belas pernas.

A vergonha é a preciosíssima capacidade do homem de relacionar os seus comportamentos com as exigências daquela suprema consciência, que nos foi deixada de herança pela história da humanidade.