Homem Elegante
O amor não é outra coisa, senão o próprio Homem. Somos feitos de amor e é com ele que nos manifestamos, que revelamos a nossa identidade e a nossa realidade.
Ao se exaltar em soberba, o homem anda pelos caminhos de Satanás, mas ao reconhecer Criador como seu Soberano, caminha em Cristo.
O vício retira do mundo o homem e o coloca em uma caixa criada no seu interior, onde por um tempo ele é um infeliz dormente.
Quem inventou que homem não chora, deve ter tido um pai que batia na mãe... e quando bateu no filho, disse a ele que homem não chora.
Porque homem, que é Homem... sabe que a emoção de cada sorriso, se encontra na lágrima que rega com Luz do coração.
O dia poderá sempre melhorar, se acreditarmos que Deus nosso Pai celeste, não dá pedra e nem serpentes aos seus filhos quando eles pedem pão e peixe!
Só vai aprender o significado da vida, o homem que souber que o humano vem antes do ser não apenas no dicionário.
O homem é um bicho realmente interessante, isso porque é o único que vivendo recebe o mundo, mas por vezes escolhe justo aquilo que lhe cause a morte.
Não são crianças que estão mais inteligentes por conseguir usar tecnologia cada vez mais cedo, é a tecnologia que agora é feita para crianças.
Primeiro Coro de Antígona
Muitas são as coisas estranhas, nada, porém, há de mais estranho do que o homem.
Parte sobre as espumas da préia-mar no meio da tempestade do inverno sulino
e cruza as montanhas de vagas, que abrem abismos de raiva.
Extenua a infatigabilidade indestrutível da mais sublime das deusas, a Terra,
revolvendo-a ano após ano, arrastando com cavalos para lá e para cá os arados.
Sempre astuto, o homem enreda o bando dos pássaros em revoada
e caça os animais da selva e os agitados moradores do mar.
Com astúcia domina o animal, que pernoita e anda pelos montes,
subjuga o dorso de ásperas crinas do corsel
e põe o jugo das cangas de madeiras ao touro não domesticado.
A si mesmo encontrou tanto no soar da palavra e na compreensão,
que, com a rapidez do vento, tudo abarca, como no denodo, com que domina as cidades.
Igualmente pensou, como escapar aos dardos do clima bem como às inclemências do frio.
Pondo-se a caminho em toda parte, desprovido de experiência e em aporia, chega ele ao Nada.
A morte é a única agressão, de que não se pode defender por nenhuma fuga,
embora consiga esquivar-se habilmente às penas da enfermidade.
Garboso muito embora, porque domina, mais do que o esperado, a habilidade inventiva,
cai muitas vezes até na perversidade, outras saem-lhe bem nobres empresas.
Por entre as leis da terra e con-juntura ex-conjurada pelos deuses anda ele. Ao sobrepujar o lugar, o perde, a audácia o faz favorecer o não-ser contra o ser.
Aquele, que põe isso em obras, não se torne familiar de min há lareira
Nem tão pouco o meu saber compartilhe comigo o seu desvairar-se.
(Primeiro Coro de Antígona, peça teatral de autoria de Sófocles (v.332-275) IN: HEIDEGGER, Martin. Introdução à Metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p.170-171)