Homem Elegante
De todas as paixões do homem, depois de satisfeitas as que são comuns aos brutos, nenhuma tem mais veemência e força para impulsioná-lo, do que o desejo de se distinguir e ser superior aos outros.
Nenhum homem deveria sentar-se em paz à mesa farta,
sabendo que em algum lugar há um irmão seu passando fome...
Todo o homem de hoje, em quem a estatura moral e o relevo intelectual não sejam de pigmeu ou de charro, ama, quando ama, com o amor romântico. O amor romântico é um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã; e, tanto quanto à sua substância, como quanto à sequência do seu desenvolvimento, pode ser dado a conhecer a quem não o perceba comparando-o com uma veste, ou traje, que a alma ou a imaginação fabriquem para com ele vestir as criaturas, que acaso apareçam, e o espírito ache que lhes cabe.
Mas todo o traje, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em quem o vestimos.
O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Falo menos do que escrevo,
e escrevo menos do que faço.
Convém ao homem sempre fazer mais do que falar.
Uma verdade, mocinha:
não é todo homem que te acha linda
que quer comer você: existem as exceções,
mas eu não sou uma delas...
“A Graça não nos segura como se fôssemos aviões ou foguetes guiados por controle remoto.”
O Homem Novo, Thomas Merto
Que o homem jamais encontre
uma forma saudável de eliminar a dor.
É a dor que move a compaixão
e a fraternidade entre os homens.
E mesmo com ela há bastante crueldade e desamor.
O verdadeiro heroísmo do homem não é medido por louros, medalhas ou condecorações, e sim pela coragem e perseverança com as quais ele enfrenta cada dia.
Alguém teve que acreditar que era possível chegar ao espaço
para que o homem pudesse deixar suas carroças
e começasse a alcançar as estrelas.
Estou numa época que prefiro um bom sapato a um homem mais ou menos. Pelo menos o sapato aumenta minha auto-confiança e eu sei exatamente onde ele irá me machucar. Não estou certa?
Não me adianta o homem mais perfeito do mundo se o meu imperfeito não viver o resto da vida ao meu lado.
Eu nunca matei um homem, mas li muitos obituários com muito prazer.
Que plataforma antiga é essa em nossos corações tão modernos? Precisar de homem é como ter um MS-DOS operando em nossos corações de iPad.
Preciso ser mais sincera e direta? Então vamos lá: tem homem que é cretino e não se importa com o que você sente. Ponto.
"Nada me comove que se diga, de um homem que tenho por louco ou néscio, que supera a um homem vulgar em muitos casos e conseguimentos da vida. Os epiléticos são, na crise, fortíssimos; os paranóicos raciocinam como poucos homens normais conseguem discorrer; os delirantes com mania religiosa agregam multidões de crentes como poucos se alguns) demagogos as agregam, e com uma força íntima que estes não logram dar aos seus sequazes. E isto tudo não prova senão que a loucura é loucura. Prefiro a derrota com o conhecimento da beleza das flores, que a vitória no meio dos desertos, cheia da cegueira da alma a sós com a sua nulidade separada." (Livro do desassossego)
Todo o homem tem uma porção de inépcia que há-de sair em prosa ou verso, em palavras ou obras, como o carnejão de um furúnculo. Quer queira quer não, um dia a válvula salta e o pus repuxa.