Homem e a Moda
Você que é um cavalheiro à moda antiga, Trago em mim um recato de menina, E um encanto que me mostro com poesia que me encontro tua cativa.
Entre a excelência e a superficialidade da moda e das futilidades, alcançar a excelência não é fruto do acaso, mas sim resultado do somatório de uma intenção elevada, esforço genuíno, inteligência perspicaz e execução diligente.
Em última análise, em grande parte, são nossas escolhas conscientes, e não o destino, que esculpem o caminho do nosso futuro.
Cinderela
Tu sempre tolhida,
Inferiorizada mesmo
bonita. Criada à moda antiga,
num mundo que não é teu.
Um mundo que tem medo
por isso a guarda em segredo.
Dedicada e empenhada, uma batalhadora.
Mesmo sem acesso ao pódio da vitória é a real vencedora.
Gesta em ti algo que ninguém pode medir,
nem mesmo você.
Esse é o real medo desse mundo que a guarda em segredo.
Cinderela atual que não precisa de fadas, príncipes e tal.
Nem sapato de cristal. Onde pisa, sua luz faz irradiar.
Seu final será feliz e não o que seu mundo diz.
Guerreira por natureza, já que a vida não lhe permitiu moleza.
Contém-se por gentileza aonde pode dominar.
E é por isso que tem medo todo mundo que a guarda em segredo,
sabendo que o seu dia vai chegar.
Estes versos são feitos de emoção e amor, na inspiração amiga de um romântico a moda antiga e respeitador, vai meu verso atravessa o universo, voa na imensidão, leva paz , carinho e amor para cada coração.
Pra quem sabe o valor da moda antiga, para um amor ou uma amiga, uma boa prosa, ou uma paquera. Lírios cor de rosa e gerberas.
Moda do Fim do Mundo
Cumpadi em brasília, espaiaram
Um boato muito chato
Que o mundo vai se acabar
Vancê fique de oreia no rádio
Vancê fique de oio no jorná
Porque, vou te contar,
No dia que o mundo se acabá
Nesse dia a gente tem que resolver
Que nós temo que esconder
Aquele galo bolinha
Prá dispois do fim do mundo a gente ter
Um macho prás galinha,
Um macho prás galinha
Cumpadi também temo que esconder
Aquele touro garanhão,
Grandão e arruaceiro
Prá dispois no fim do mundo a gente ter
O bicho que sabe fazer bezerro,
O bicho que sabe fazer bezerro
Vancê fique de oreia no rádio...
Cumpadi pense bem no dia d
Que porva vai garrá fedê
E tudo nóis vira mingau
Prá dispois do fim do mundo a gente ter
Um casal do bicho que faz miau,
Um casal do bicho que faz miau
Cumpadi também temo que alembrar
E a sete chave nós guardar
O cachorro e a cachorra
Prá dispois do fim do mundo a gente ter
Que evitar que a raça morra
Vancê fique de oreia no rádio...
Cumpadi acabei de me alembrar,
Que o jegue irará
Também temo que esconder
Prá dispois do fim do mundo a jega ter
Um jegue prá lhe comer,
Um jegue prá lhe comer
Cumpadi sabe que na afobação
A gente quase se esqueceu
De guardar uma comadre
Prá dispois do fim do mundo a gente ter
Um pecadinho prá confessar com o padre
Um pecadinho prá confessar com o padre
Rifa-se um coração quase novo. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um idealista, um verdadeiro sonhador.
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Tá reclamando da minha roupa
Tá reclamando do meu beijo
Cheio de água na boca
Tá morrendo de desejo
Eu sei que o meu corpo te incomoda
Sinto muito, o azar é seu
Abre o olho, eu tô na moda
E quem manda em mim sou eu
''Existem vezes
que tu pedes que eu descubra do que se fantasiou.
Às vezes amanhece com vergonha
e fica ruborizado.
Às vezes se zanga e se escurece em tons de cinza,
mas logo tu vês que a culpa não é de ninguém,
e começas a chorar.
Há dias que estás tão limpo,
que creio poder ver muito além de ti,
mesmo se tu for tudo.
Dias que fica corado de laranja
e sinto a paz que você irradia,
e sei que se te reparar me sentirei infinita.
Espanta-me ver quantas faces tu tens.
Estranha,
muito estranha essa moda do céu. ''