Homem e a Moda
Meu agronegócio é moda sertaneja
rodeio, churrasco, vaquejada e cerveja
domino no laço tocando a boiada
aqui a bruta é rara, edição limitada
Sonhos estão fora de moda...
Construir castelos sem nos ventos pensar...
Mas não desisto...
E sigo...
Lá vou eu, nas minhas tentativas...
Quero mais é sonhar...
Tiro um arco-íris da cartola...
Abro minhas asas...
Caminho sobre as estrelas...
Vivo com desejo de amar...
Neste mundo de liberdades...
Em que tudo pode, tudo é permitido...
Tudo que se começa...
Já tem hora para acabar...
Sou pessoa de dentro para fora...
Quando sonho, sonho alto... Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar...
O problema em ser intenso...
É que intensidade assusta, afugenta, oprime...
Quem tem medo de se dar...
Amanhã, já me reinventei...
Não me dou pela metade...
Não desisto de sonhar...
Sandro Paschoal Nogueira
Eu amo coisas que não estão mais na moda. Aquelas um pouco vintage...como a lealdade, felicidade e principalmente o respeito.
DESBASTE
Uma certeza anunciada
Independente da moda
Passarela dolorida
Que a tesoura esteja afiada
Pra agilizar essa poda
Da tal árvore da vida
Quando não restar mais nada
Pra fazer girar a roda
Seja suave tua partida
Que não seja prolongada
Ao que aqui já não se amolda
Noutro plano segue a sina
Com a alma acomodada
Pelo exemplo que empolga
Aos que seguem nessa lida!
A Igreja neste momento tem mais moda do que paixão, é mais patética do que profética, é mais superficial do que sobrenatural.
Pastor e Avivalista Metodista
Filtro de Ilusão.
Embeleza com toda cor
Ajusta o que for da moda
Engole qualquer rancor
E cobre o que incomoda
Se vida é mais que espelho
Que reflete a fachada de fora
Os momentos são apenas centelho
Para quem nunca a coragem aflora
A cor jaz cinza sem sentimento
Amolda-se moda e ao rancor
O sorriso se faz sofrendo
E só espelho reflete a dor
Clareia o espelho negro
E arde o sorriso num flash
Ansiedade suspira o medo
Enquanto anseia por um match
Foram raros, fascinantes e belíssimos os sonhos que voava, a moda Peter Pan, pelo nosso mundo terráqueo. Porém, fui contemplado com sonho ainda melhor: levitava e deslocava no espaço sideral, a moda e como Enterprise de Jornada nas Estrelas. Silêncio, paz, luz e cores dos planetas e constelações indescritíveis, como também, minha felicidade. Será avant-première do que me espera? O que não gostei, que acordei!
Na década de 1990, a moda era "fale igual a um nativo", "surpreenda um inglês falando um inglês igual ao de um inglês", "ser fluente é falar igual a um inglês", etc.
Desde a década de 2010, a moda é "pense em inglês (ou qualquer outro idioma)", "não traduza", "fluência é entender sem traduzir". Isso não existe. Sempre vai existir algum resquício do idioma natal quando nos expressamos em outro idioma.
Não existe pensar em inglês (ou qualquer outro idioma).
Quando nascemos no Brasil, "é instalado um drive" português (e isso é muito mais do que ser um falante).
Quando aprendemos um idioma o que acontece é "baixar um aplicativo, ou uma extensão" para que o outro idioma possa ser traduzido para o português.
O que chamamos de fluência, nada mais é do que traduzir muito rápido.
Para pensar em outro idioma seria necessário "instalar um outro drive" o que é muito mais do que ser um falante.
08/06/2024
"Não é 'adulta' uma fé que segue as obras da última moda e a última novidade. Adulta e madura é uma fé profundamente enraizada na amizade com Cristo, e essa amizade é que nos abre a tudo aquilo que é bom, e nos dá o critério para discernir entre verdadeiro e falso, entre engano e verdade."
Papa Bento XVI
18/04/2005
Deixa eu te dizer uma coisa: falar mal dos outros está completamente fora de moda!
Não existe atitude mais cafona do que querer cuidar da vida do outro e nem ao menos se oferecer pra pagar uma conta.
Seja elegante: gente chique cuida da própria vida!
FEIJOADA À MINHA MODA
Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia eu prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora - perdoe - tão tarde
(Melhor do que nunca!) este poeta
Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa.
Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz, de molho.
E a cozinheira, por respeito
À nossa mestria na arte
Já deve ter tacado peito
E preparado e posto à parte
Os elementos componentes
De um saboroso refogado
Tais: cebolas, tomates, dentes
De alho - e o que mais for azado
Tudo picado desde cedo
De feição a sempre evitar
Qualquer contato mais... vulgar
Às nossas nobres mãos de aedo
Enquanto nós, a dar uns toques
No que não nos seja a contento
Vigiaremos o cozimento
Tomando o nosso uísque on the rocks.
Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão
E em elegante curvatura:
Um pé adiante e o braço às costas
Provaremos a rica negrura
Por onde devem boiar postas
De carne-seca suculenta
Gordos paios, nédio toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)
E - atenção! - segredo modesto
Mas meu, no tocante à feijoada:
Uma língua fresca pelada
Posta a cozer com todo o resto.
Feito o quê, retire-se caroço
Bastante, que bem amassado
Junta-se ao belo refogado
De modo a ter-se um molho grosso
Que vai de volta ao caldeirão
No qual o poeta, em bom agouro
Deve esparzir folhas de louro
Com um gesto clássico e pagão.
Inútil dizer que, entrementes
Em chama à parte desta liça
Devem fritar, todas contentes
Lindas rodelas de lingüiça
Enquanto ao lado, em fogo brando
Desmilingüindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso
Em cuja gordura, de resto
(Melhor gordura nunca houve!)
Deve depois frigir a couve
Picada, em fogo alegre e presto.
Uma farofa? - tem seus dias...
Porém que seja na manteiga!
A laranja gelada, em fatias
(Seleta ou da Bahia) - e chega.
Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco da gordura
Da lingüiça na iguaria - e mexa-se.
Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
- Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão...
Dever cumprido. Nunca é vã
A palavra de um poeta... - jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin
O seu Vinicius de Moraes.