Histórias de Tragédia

Cerca de 893 frases e pensamentos: Histórias de Tragédia

Vivemos a procura da felicidade, cumplicidade e amizade... Na verdade, vivemos em um mundo de pseudo fantasias... O final é sempre trágico

Inserida por dudugoncalves

Ao ver os jornais dos últimos dias e acompanhando o Facebook agora, percebo como somos egoístas. Dor é dor, morte é morte, não existe a melhor ou pior, nem a mais importante e a irrelevante. A população sofre de uma patologia antagônica em relação aos sentimento humanos. Tudo é muito triste: a dor, a agonia, o desespero, o desamparo, a fome, a corrupção, a destruição, a desumanidade e a morte. Existem muitas coisas que são horríveis e a mídia não mostra, por isso meu coração não está em um único lugar, estou orando por todos
(Quem nasce com vontade de ajudar o próximo, se sente incapaz por não estar em todos os lugares ao mesmo tempo)

Inserida por SaraAzzo

Terminou de acontecer

Hoje, após um acontecimento trágico em minha vida, descobri mais uma maravilha que alguns podem ainda não ter percebido.
A palavra acontecer traz consigo, não somente um acontecimento presente, mais um processo iniciado no passado que o resultado pode-se perceber no presente.
Portanto, meu caro, não devemos pensar que algo aconteceu, mas sim que algo terminou de acontecer.
Lembre-se que o que observamos e percebemos em nós e, principalmente, nas outras pessoas é o resultado final de um processo e não seu desenvolvimento, o que é uma pena, porque o segredo está no processo em si e não no resultado, que é nada mais que uma consequência.

Inserida por andrefernandes

As mortes coletivas causam comoção a toda humanidade, principalmente quando poderiam ter sido evitadas.

Inserida por MarcosAlvesdeAndrade

⁠Estamos sem rumo, sem concordância com a ciência, alimentando coisas que são inverdades e dizimando a classe trabalhista, essa mesma que impulsiona toda engrenagem. Esse looping parece não ter fim.

Inserida por TiagoScheimann

⁠Punição Lunar

Atração atroz, arrebatador significado lunar
O enfermo debilitado, sem prazo estipulado
Não merece da Solução, ó pobre coitado!
Diziam minhas vozes mudas em frenesi atordoado
“ Quem eu seria. Se não possuo significado?
Da Solução não possuo olhos, sou apenas distração.”

Lua, assim advinda da magnifica Calitheya
Faz favor e abra teus lábios ruborizados
Entoando novamente a estes prados abandonados
Cobrindo-nos na penumbra de sua infinita angústia
Pois amas zombar das frustrações simplórias de meu ser

Odeio tanto quanto a venero
Sem lembrança amorosa, eu ainda te espero
Com a mesma esperança de ataque afetuoso
Faz-se lar suntuoso na imensidão verde.
Temo tanto quanto a venero, pois entendo.
Das atrocidades que me pune a te compor
Obrigado a ceder sanidade em prol da expiação
Abandonei, portanto, toda a razão sem menção do porquê
Se estou salvo ou acorrentado, sóbrio ou aprisionado
Coesão comum alguma faz parte de nossa ligação pálida e doentia

Se ela fosse minha, então quem eu seria?
Um atroz sem significado nesse mundo degradante
Feito da Solução uma mera distração conveniente
Mas ela. A Lua. Era tão pequena como eu.

Inserida por cawan_callonny

⁠Desespero Da Coroa

O liquido pungente chama
Sutilmente instiga o paciente
Ele obscurecera seus sentidos também
Pois é seu objetivo natural
Um dever que só o pertence
Peculiar, sua maneira e desejos são únicos
Ideais não te salvarão de sua cortina sedutora
Assim como agora me encontro, preso no seu dilema.

As visões atormentam consciência plena
Zombando de mim, a coroa deseja controle
Essência possessa é seu esqueleto, ofuscando significado grotesco
Aproveitando de meu reinado padecido em desprezo próprio
Corpo e alma permanecem intocados pelo júbilo nada comum

Alastrando, a doença é querida como roguei
Afogando crentes e descrentes em seu poder avassalador
O ouvir de dissonantes vozes em bramidos de ajuda
No jardim rasteiro, provendo a desesperada crença na cura
Pairando ramos venenosos sob vida, impedido de germinar

Há tempos insondáveis a noite rubra dominou a mente
A vontade não salvará o todo do perverso atraente
Regozijamos despreocupados do conteúdo latente
Crédulos, na tentativa inútil de renascer, nos vimos perdidos
Nascidos do pó cinzento, nossa salvação são gotas da coroa

Ó amargas gotas que bebo
Purificante da iniquidade incorpórea
Solva-me ao longo sono
Convoca-me em teu âmbito poderoso
Dando descanso aos meus olhos desfigurados
Põe descanso espectral sob meu fulminante ser
E reacenda minha vida na nova chama vindoura do carmim.

Inserida por cawan_callonny

⁠Fulgor da Manhã Gelada

Um frescor tão leve e estonteante a brisa trazia
Novamente esse mesmo aroma doce me envolvia
Clareza nessa menina de idade, eu assim a via
No macio caminhar abanando saia prateada
Um terrível significado fúnebre eu temia
O amanhecer gelado de minha manhã diminuía, onde agora está?

Em contraste, da terra áspera a seu toque sensível
Irreconhecível natureza ou apenas um ser aberracional?
Mas não importava o que fosse provido racional
Com afinco viril e totalmente irracional, demonstrava apreço a mil
Essa presença que agitava meu coração frágil, que dor imoral

Conversas sem proposito assinalado
Àquela mocinha eu dediquei manhãs tão nevoentas como gelo
Seu nome em euforia eu me arrisquei a pedir
“Lina. Meu nome é Lina. Qual o seu moço?”
De resposta simples em partes eu me dividi
Ouvido aquela voz que um dia já conheci

A manhã gelada, da qual tanto vivenciei sem fim
Esbravejando folia angustiante, ali pontuei como um preso infeliz
“Tão bom é conhece-la, mas tão tardia se fez”
A menininha em suspiro longo, proferiu só mudez
Acalentando-me com sua fria morbidez
Tinha importância como nenhum outro
Esse sentimento devastador que tanto logro no silêncio
De significado como nenhum outro
Minha dor seria certeira
Pois o certo é o certo
E meu ato de santidade não compensaria o tormento
Dessa frenesia que rasga-me nesse momento
Torne-se eterna ao meu lado, nesse banco frio
Dessa manhã que só me traz tanto desalento.

Inserida por cawan_callonny

Não vivemos distantes do holocausto
Não somos tão diferentes à indiferença e a crueldade dáqueles
Vivemos a caçar bruxas, tatuar uma estrela de Davi no peito de um culpado
Mesmo quando a natureza nos pega de surpresa a raça humana nos surpreende
"Foi você o responsável pela nossa desgraça"
E assim caminhamos como se o passado nada tenha a nos ensinar.

Inserida por alexandra_yamaguchi

⁠Olhos alucinados visam superfície rosada
Lacrimejando meu espasmo nervoso
Por que é penoso
Quando aprecio de seu ouro?
Lorde clemente, não suporta intenção divina
O presente que me foi dado, tomado para mim
Santificada sob mãos cautelosas
Agasalhada angelical
Longe dos indignos
A felicidade esbelta platina
Marcada desde nova em sua inocente serventia
Chacoalhava tempo a tempo em seu balanço na pradaria cinza
Sem o tempo importar
A quem mais importaria?
Um paraíso preso a um jardim cinzento
Carregava consigo seu reflexo primaveril
Refletida em carne e sangue
A alma dividida unicamente igual
Uma imperativa garota ao rumo da outra
Razões existênciais que vibram
Construindo sem parar meu mártir ensandecido
O caminho criado a base de prazer sem fim
Sou o guia desta viagem lasciva
Rumando direção contrária dos valores
Ó destino incolor marcado por mim
Trajando vestes brancas como marfim
Leva-me aos céus, minhas flores do pecado

Inserida por cawan_callonny

⁠A análise não é um tema unificador, mas o papel do analista é um sujeito impotente no palco da tragédia.

Inserida por cesarpinheiro

⁠Nosso Rio Doce.

Hum...chegamos, a porteira estava fechada,Maria desceu do carro e a abriu,a abertura se fez rapidamente, foi só livrar a tramela e a porteira deslizou cantando feito um coral em dissonância.
O carro que era branco estava marrom, era como chocolate em pó tamanha a poeira.
Começamos a andar na estradinha de terra dentro da fazenda.Ao longe víamos a sede,os cachorros viam correndo nos receber com os rabos eriçados, balançando de alegria e reconhecimento. Estávamos ávidos pela chegada queríamos esticar as pernas que estavam grossas de tamanho inchaço. O outono havia chegado .Na varanda as folhas cobriam o piso de cimento vermelho batido feito um tapete persa,com beleza imensurável. Olhávamos tudo com imensa curiosidade e vontade de descansar , algo não estava bem.
Na frente da casa, o velho pé de Pequi curvava-se como se chorasse por algo que não sabíamos. As araras gritavam um som em desespero como se a revolta tomasse conta das emoções. Os sapos coaxavam um som como se estivessem a discutir alguma situação em descontrole. Maria também percebia tudo,era como se o tempo andasse devagar nos preparando para uma má notícia .Entramos na casa ,a quietude nos incomodava e eu gritei:

-Oh de casa !

Ninguém veio nos receber,algo estava muito errado. Maria repetidamente dizia:

-Tem algo errado!
-Cadê o povo dessa casa?
-É cedo e hoje não tem missa.

Fomos até o galinheiro,de certo haveria de ter alguém lá pra nos receber, mais nada! os ovos do dia ainda não tinham sido recolhidos,estavam em prontidão alegrando os ninhos.
Aproveitamos e chegamos até a pocilga o cheiro estava insuportável, sinal que ninguém ainda tinha passado por lá. Fomos ao lado oposto, lá no curral ainda estavam mimosa e malhada e muito pouco a comer,olhei as tetas de ambas e estavam cheias de leite,arrebentando prestes a estourar, assim era claro que o leite ainda não tinha sido tirado. Não nos restava mais nada,não podíamos voltar sem apurar o acontecido. A cada local que chegávamos a paisagem nos mostrava que algo não estava bem.Maria estava exausta e eu preocupado com ela queria lhe proporcionar o descanso merecido,ela era de idade avançada e haveria de estar querendo uma xícara de café quente.
A medida em que descíamos o planalto mais intrigados ficávamos.Se continuássemos daquele jeito íamos nos encontrar com o rio e de certo, lá ninguém estaria. Não tínhamos costumes de ir ao rio naquele horário, entretanto nossos pés e nossos corações nos direcionavam às águas do rio.Nosso grande rio, aquele que nos alimentava e alegrava com sua fartura e sua cabeleira longa .

oh Deus! quanta beleza e generosidade. Avistamos nosso mestre , de longe já se via um aglomerado de pessoas que rezavam fervorosamente e choravam em compulsão. Eu triste cheguei arredio, timidamente e desconfiado e com medo de uma má notícia perguntei :
-Cadê mamãe?
-Cadê papai ?-
E ioiô, -
mãe branca?
-Cadê meu povo gente !
-Aconteceu alguma coisa grave?
-Morreu alguém?
-Me diga gente ! Porque a missa? O chororó?
-Quem morreu?

-Sinhô Bento então saiu do meio do povo,arregaçou as mangas ,olhou bem pro meio do rio e disse:

-Ainda pergunta quem morreu seu moço?
-Não enxerga não?

E tristemente pediu ao povo pra abrir caminho.Apontou para o rio e falou:

É nosso doce rio doce que está indo,morrendo! Mata e morre !

- É nosso agora amargo Rio doce.que morre aos poucos; respirando seus últimos momentos ...

-É nosso Rio doce!

Lupaganini
13516

Inserida por Lupaganini

⁠Explicação

Ó linda que nasce da terra que sai das ranhuras com tanta bravura do pé desta serra
Te pedi tanto para não perder sua formosura, seu cheiro, sua textura.
Pedi para juntar-se uma a uma formando um montão, caminhar mais um pouco formando turbilhão
Pedi para guanandi, sanca d'água, imbauba, pinhão do brejo, agarrar-te com seus pés, para dar-te firmeza, para chegar ao seu destino.
Porque nos causaste tanta tristeza?
Ó bebida amarga que provo todo dia
Em dias de calor ou em noites frias
Quero uma explicação !
Porque tornaste tão amarga ?
Levando nossas casas, meu arreio, meu cavalo
Minha tralha de montaria
Carregou nossa esperança
Nossos sonhos de criança

Ainda estamos de pé
Pode levar tudo que temos, levar o que quiser
Mas não levará jamais a nossa FÉ.

Ademir Missias

Inserida por MIssias