Histórias Antigas
Religiões e armas antigas não são páreas para um bom blaster ao seu lado.
Mentes jovens nem sempre são aceitas pelos antigos, por causa do conservadorismo. Pois infelizmente, ele conserva as crenças antigas estagnadas em jarras de formol.
Não julgue as memórias antigas, pois o eu de ontem sempre será mais limitado do que o eu de hoje. Assim como o sol nascente dissipa as sombras da madrugada, o eu de hoje ilumina as limitações do eu de ontem, revelando o constante fluxo de transformação que somos destinados a vivenciar.
A Amazônia por toda sua extensão guarda muitos segredos ancestrais terrenos e interdimensionais manipulados e injustificados ainda muito pouco revelados. Só alguns nativos conhecem e mesmo assim por pactos não revelam.
“Minhas frases são como um fogão a lenha, antigas, trabalhosas, nem sempre tem valor, mas depois de lidas, você não esquece.”
Coleção de pensamentos
Alguns colecionam fichas
Moedas de outros países
Moedas antigas de sua própria pátria
Antes eu pensava colecionar livros
Porém eu os leio
Passou anos e não colecionei foi nada
Até onde recordo é assim
Passa tempo em tempo e continuo migrando
Todos os meus pensamentos são tão vivos que parece traçar o caminho das fábulas angustiantes
Nem tudo é lixo e muito menos trevo de quatro folhas
Sorte só pra quem brinca de azar
Eu com minha sanidade
Brinco de pensar
Pensar que além túmulo não temos nada deste lugar
Não teremos mesmo
E onde iremos colocar a vida vivida?
Obituário.
A nova geração está sempre querendo ultrapassar seu tempo com ideias antigas enquanto não são capazes de formularem suas próprias opiniões.
ANTIGAS
Um sentimento quando morre, só gera solidão, junto com um buraco consumindo o coração, pois somos feitos pra amar, e sem amor a vida perde a razão.
Não deixe os sentimentos morrer, os regue e os alimente, pois eles nos fazem viver, sentir que a vida flui em nosso ser.
Busque nunca deixar se apagar a paixão, a vontade de estar ao lado de quem te alegra o coração, e nunca mude essa intenção.
Seja você a dar o primeiro passo, afinal vocês estão no mesmo barco, quando um cair o outro ajuda, perdoando com um forte abraço, assim serão unidos por um forte e eterno laço.
Em fim, na vida virá coisas boas, virá também as ruins, mas o segredo pra nunca parar, é não desistir, enfrentar o deserto e o que quer que vim e todas as barreiras alcançarás agindo assim.
02/12/15
O cajueiro
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
Daqui pra Frente
Me desprendo de amarras antigas em busca de uma vida um pouco mais feliz. Arrisco sem receio e tento não levar em conta os pensamentos dos outros.
Pautei meus passos sempre nas pegadas de outros e apartir de agora quero deixar as minhas próprias na areia...
Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
Isaías 43:18-19
Não adianta você querer consertar o que fez de errado com atitudes melhores. As suas antigas atitudes vão ficar, mesmo você as mudando hoje.
Como não se apaixonar?
Então você junta pedacinhos por pedacinhos de todas as antigas desilusões, com armas de guerra, escudos e armaduras promete nunca mais sentir nada além da indiferença, como se fosse um cavaleiro atroz que não esperasse nada da vida, além da solidão. Você realmente acredita nisso? Que ira cumprir todas as promessas que faz a si mesma? Sinceramente, a verdade é que não importa o quanto você repita na frente do espelho que não vai se apaixonar, o quanto diga isso a suas amigas, quantos sorrisos negue, quantos corações tente partir (para empatar o jogo). Em um dia de chuva você vai acordar e ver o sol na sua janela, vai abrir um sorriso bobo e rir a toa. Em um dia vai desejar um dilúvio para ficar em casa chorando por nada. Quando perceber vai ter voltado a escutar aquelas musicas que não queria mais saber, vai cantarolar indo pro trabalho e dar Bom dia a todos os passantes desconhecidos. Você percebe? Não há como fugir, vai se olhar no espelho e ver que as velhas feridas cicatrizaram e que você se entregou mais uma vez, sem se quer notar, e isso vai te dar uma dor de cabeça terrível que vai passar logo quando a imagem da vez vier a sua cabeça. Então você me pergunta o que fazer, e eu lhe digo, não há o que fazer, a paixão é como um elixir espalhado ao vento, quando menos se espera você esta infectado e o que resta é esperar as novas dilacerações surgirem(porque mais certo que as paixões são as suas dilacerações). E que seja assim, por toda a vida, porque não imagino o que seria de nós mortais sem as nossas paixões, posto que são elas que alimentam o nosso ego, os nossos sonhos e desejos. Em fim apaixone-se, o que é uma dorzinha aqui, outra ali, visto o êxtase de uma paixão.