Histórias
Fuga momentânea da realidade, passeando pelas páginas de bom livro, às vezes, lendo histórias ricas em simplicidade, emoções calorosas, risos e lágrimas, reflexões sobre a vida, a oportunidade de conhecer outras essencialidades, uma reunião das palavras que de alguma forma estão vivas e merecem ser lidas com calma para que se possa tirar alguma lição que vivifica, as mensagens que quis passar através das suas linhas expressivas.
Mergulhe no espetáculo visual e sonoro de 'Skyfall', onde cada cena e cada nota ecoam com uma intensidade que toca a alma e define a identidade de quem assiste. Por isso, os filmes são também ferramentas de transformação pessoal, convidando-nos a refletir sobre nossas próprias vidas e escolhas através das histórias que contam e dos personagens que retratam.
Histórias são marcas de passos...
Linhas que traçam o tecido.
O tecido que estampa os caminhos...
Os caminhos do mapa da vida.
(Nepom Ridna)
No cinema, assim como na vida, nada acontece por acaso. Talvez por acaso, são as razões, intenções ou causas que entrelaçam histórias com propósito e significado.
Conto histórias para mim mesmo, fantasio que ela vai retornar, mas não são histórias e sim mentiras, pergunto a ela em pensamentos. Por que minha mente gira em torno de ti? Mas não obtenho resposta.
História infantil
Era uma vez uma menininha chamada Aline Kayra, uma criança doce e gentil que adorava brincar de bonecas. Desde pequena, ela sempre foi fascinada pelo mundo dos brinquedos e criava histórias incríveis com suas bonecas. Na imaginação de Aline, as bonecas eram suas filhas e ela era a mãe carinhosa que cuidava delas com todo amor e dedicação.
Aline passava horas brincando no seu quartinho transformando-o em um verdadeiro mundo de fantasia. Ela adorava preparar comidinhas de mentirinha para suas bonecas, organizando festas e jantares imaginários. Com uma criatividade sem limites, Aline inventava receitas mirabolantes e servia seus pratos com muito orgulho para suas filhinhas de pano.
Além de cozinhar, Aline também gostava de cuidar da casinha das bonecas, limpando e organizando cada cantinho com esmero. Ela adorava arrumar os móveis, trocar as roupinhas das bonecas e até mesmo dar banho nelas. Para Aline, aquelas eram tarefas importantes, pois mostravam o quanto ela se importava com suas filhinhas de brinquedo.
Mas o que Aline mais amava fazer era levar suas bonecas para passear. Com um carrinho de bebê emprestado de sua mãe, ela saía pelas ruas do bairro, conversando animadamente com suas bonecas e mostrando para elas o mundo lá fora. As pessoas na rua sempre sorriam ao ver Aline passar com seu séquito de bonecas, encantadas com a doçura e a inocência daquela menininha.
No entanto, nem todos entendiam o amor de Aline por suas bonecas. Alguns colegas de escola zombavam dela, chamando-a de "criança boba" e dizendo que ela deveria brincar de coisas "mais crescidinhas". Mas Aline não se importava com as críticas, pois sabia que aquelas bonecas eram suas companheiras mais fiéis e estavam sempre ao seu lado nos momentos de alegria e tristeza.
Um dia, enquanto brincava no parque com suas bonecas, Aline conheceu uma fada mágica. A fada, que se chamava Lumiella, tinha o poder de transformar os sonhos das crianças em realidade. Encantada com a gentileza e a pureza de Aline, Lumiella decidiu conceder-lhe um desejo especial.
"Peça o que quiser, querida Aline, e eu farei com que seu desejo se torne realidade", disse a fada com um sorriso.
Aline pensou por um momento, tentando decidir o que desejava mais do que tudo no mundo. Então, ela olhou para suas bonecas e disse:
"Eu desejo que minhas bonecas sejam de verdade, para que possam falar, andar e brincar comigo de verdade".
Lumiella sorriu e acenou com sua varinha mágica, transformando as bonecas de pano de Aline em seres vivos. As bonecas ganharam vida, pulando do carrinho de bebê e abraçando Aline com alegria. Elas se apresentaram como Clara, Bella e Theodora, e prometeram nunca mais deixar Aline sozinha.
A partir daquele dia, a vida de Aline mudou para sempre. Suas bonecas se tornaram suas melhores amigas, compartilhando com ela aventuras incríveis e momentos mágicos. Clara era a mais velha e sábia, sempre dando conselhos sábios para as outras bonecas. Bella era a mais alegre e extrovertida, sempre animando o grupo com sua energia contagiante. E Theodora a mais sensível e carinhosa, cuidando de Aline como se fosse sua própria filha.
Juntas, Aline e suas bonecas viveram muitas aventuras emocionantes, explorando o mundo da fantasia e enfrentando desafios incríveis. Elas voaram em tapetes mágicos, navegaram em barcos de cristal e dançaram sob a luz da lua. Com a ajuda da fada Lumiella, elas realizaram feitos incríveis e tornaram-se lendas no reino da imaginação.
No entanto, nem tudo era perfeito no mundo encantado de Aline. Um dia, uma bruxa malvada chamada Vera invadiu o reino da imaginação, ameaçando destruir tudo o que Aline mais amava. Vera era cruel e poderosa, usando seus feitiços sombrios para semear o medo e a desconfiança entre as amigas.
Determinada a proteger suas bonecas, Aline enfrentou a bruxa com coragem e determinação. Com a ajuda de Clara, Bella, Theodora e a fada Lumiella, ela lançou um feitiço poderoso, banindo Vera para sempre do reino da imaginação. A vitória de Aline foi celebrada com festa e alegria, restabelecendo a harmonia e a paz no mundo das crianças.
E assim, Aline e suas bonecas viveram felizes para sempre, brincando e sonhando juntas no mundo encantado da fantasia. Sua amizade era eterna e inquebrável, provando que o amor e a imaginação podem superar até mesmo os maiores desafios. Para Aline, suas bonecas eram mais do que simples brinquedos, eram companheiras leais e confidentes em quem ela podia confiar para sempre. E assim, a menininha continuou a ser a mãe carinhosa de suas bonecas, espalhando amor e alegria por onde quer que fosse.
E assim viveram felizes para sempre...
Cena empolgante de quando a rotina pôde descansar e assim, a felicidade entrou em cena, correndo livre, animada, deixando pegadas na neve e marcas nas memórias, sorrisos felizes, reluzentes, simplicidade por toda parte, o vislumbre alegre da infância, algumas páginas lúdicas da realidade, aventura cativante, um bom ânimo partilhado, daqueles que ofuscam as adversidades através de um amor demasiado, os detalhes foram tão calorosos, que nem o frio foi um obstáculo, a propósito, muito pelo contrário, um personagem entusiasmante neste lindo cenário nevado.
Aprenda a deixar ir
O tempo.
Os amigos.
As conversas.
Inclusive os amores platônicos,
O almoço em família,
O jogo de futebol,
Assim como as folhas das árvores.
Quem sabe até o metrô,
Sua atual música favorita,
Tua velha mochila de alça quebrada
E seu sapato tão especial?
Nada é pra sempre,
Nem mesmo você.
Aprenda a deixar-se ir,
Mas nunca se esqueça do essencial.
A vida é sobre memórias,
Amar e ser amado,
Contar histórias
E pensar no destino inato.
Mesmo que, no fim,
Tudo, tudo mesmo,
Também, um dia será esquecido,
Sem nenhuma importância ou intensidade.
Portanto, ria.
Chore.
Diz que ama
E seja legal.
Por que não?
Ser extraordinário não é surreal.
É fazer o ordinário todo santo dia.
Seja apenas uma pessoa real.
As definições apressadas são como fechar um livro antes de ler todas as suas páginas; perdemos a riqueza das histórias não contadas.
As histórias que constroem a realidade nem sempre são aquelas que, conscientemente, realizamos ou acreditamos realizar.
O Universo é construído também com as histórias que negamos, aquelas que não nos permitimos, embora nosso coração acalentasse e guardasse isso em algum lugar secreto.
"Somos muito mais do que um conjunto de átomos
organizados pela “Mão do Grande Arquiteto”;
muito mais do que obra do fogo de Prometeu,
mais do que a combinação sagrada de barro e sopro;
mais do que poeira de estrela, ou energia em movimento;
somos feitos de histórias, vividas ou imaginadas.
Somos feitos de sentimentos e emoções
escancarados ou secretos;
somos feitos de saudade e esquecimento;
somos feitos de sonhos imensos e adiados;
e do encantamento que brota das
pequenas coisas possíveis que conseguimos realizar.
Somos feitos da mágoa secreta,
por tudo que poderíamos ter sido
e das histórias que nunca iremos contar.
Somos feitos do orgulho bobo pela grandeza das histórias vividas;
enquanto escondemos em alguma dobra do coração,
a culpa pelas histórias que não nos permitimos.
Somos feitos do “Não” que calamos
e sufocaram o “Sim” que poderia ter feito toda diferença.
Acho que disso é feito homem,
desse ofício sagrado de preencher o Tempo que nos foi dado,
enquanto vai amalgamando a imensidão do Mistério,
com essa a matéria frágil de que somos feitos.
Somos os personagens de um misterioso e criativo
“Contador de Histórias”, que nunca nos permite
Tocar nesse roteiro sagrado e às vezes cruel."
O Cinema é uma forma de arte tecnológica. Dependemos da câmera para contar histórias. No passado, tínhamos câmeras analógicas; hoje, temos câmeras digitais. No futuro, talvez tenhamos pixels gerados por prompts.
Não se entristeça com essas mudanças. Antes do cinema, contávamos histórias pelo rádio. Antes do rádio, pelos livros. Antes dos livros, pelo teatro. Antes do teatro, pela fala. E antes da fala, por meio de desenhos em cavernas. Adivinha? Tudo isso ainda existe. E uma coisa permanecerá eternamente em nós: nossas histórias.
Até as histórias verdadeiras precisam ser inventadas às vezes para serem lembradas.
As histórias contadas pelos mortos são fundamentalmente diferentes, porque elas não são contadas para esconder as feridas deles.