Histórias
Deveríamos queimar as páginas escritas com histórias ruins,assim o vento por descuido não poderá sopra-las,correndo o risco de serem lembradas.
Enquanto um faz tudo pra dar certo, o outro faz tudo pra dar errado. Já vi algumas histórias assim, tome cuidado!
O legado dos grandes líderes é um compêndio de histórias. Marcados pela dor, pela alegria e pelo ecoar das vozes ao lerem cada página.
José Guaracir
Mulher...
Não sou perfeita, mas sou única.
Carrego em mim cicatrizes e histórias que me fazem forte.
Alguns me entendem, outros não, e tudo bem.
Não vivo para agradar, mas para ser verdadeira.
Já errei, já acertei, sigo aprendendo.
Amo com todo o meu coração, sem metades.
Cada dia é um novo recomeço, no tempo certo.
Sou feliz por ser quem sou, e isso me basta.
SimoneCruvinel
E todas as histórias antigas de amor realmente deveriam ser esquecidas assim que um novo relacionamento se iniciasse! De que adianta mantê-las na memória se, na maioria das vezes, cometemos os mesmos erros nos relacionamentos futuros???? Então diga-me: qual á a serventia de ex????
No fundo, a vida tinha mesmo certa preferência em me destinar estórias e histórias pouco comuns. Mas, mais no fundo ainda, eu sabia que eu sempre teria motivos para agradecer esse jeito tão sutil de ser tratada por ela.
Além de sermos protagonistas das nossas próprias histórias, com lutas, derrotas e conquistas, compartilhamos um palco comum onde todos têm a mesma relevância.
Histórias de amor no trem
Moça ao celular:
- Olha, meu pai me viu chorando e me falou:
- Você quer chorar agora, ou a vida inteira?
Então eu decidi que não quero chorar a vida inteira, você não vai mudar.
Essa é a última vez que falamos.
Tchau
...
Celular desligado.
Silêncio total no trem.
Será o fim?
Histórias de um casamento
Eles brigavam, brigavam ao acordar, brigavam no almoço, e brigavam ao deitar.
A mulher reclamava do jeito dele, reclamava da voz dele, do comportamento dele, e nada que ele fazia era bom.
Ela vivia mal humorada, saiam juntos e parecia que iam para uma guerra, nunca sorriam um para o outro.
Nunca se olhavam nos olhos, procurando aquele olhar que um dia era apaixonado.
E um dia ele adoeceu, se internou e morreu.
Ela, então chamou o pastor para a cerimônia, e após o enterro, o pastor que conhecia toda a história, olhou para ela e disse:
- Pronto, agora acabou. Ele morreu, agora você está livre.
Ela olhou, com os olhos cheios de lágrimas,talvez pela morte, tristeza, talvez, por arrependimento,
por não ter dado chance a si mesma de ser feliz, e tristeza talvez por finalmente descobrir que o amava.
Cuide de quem você ama.
Histórias de uma atendente
O homem acompanhado da mulher, chegou e eu como sempre:
- Bom dia, em que posso ajudar!
- Ah precisamos renovar documento.
- Ah sim preciso dos seguintes documentos com cópias.
- Poxa, cópias? Onde tem isso?
- Ali na frente!
- Posso vir direto e te procurar.
- Claro que sim!
Eles viraram as costas e minhas colegas:
- Você é doida, esse é o fulano, ator da novela das 8!
- E mesmo! Sei nem quem é, e chamei o próximo!
Minutos depois o casal retornou, sorriso largo e me chamando pelo nome.
Então falei:
- A mulherada tá tudo louca aqui, porque você é famoso, desculpa eu não conhecer.
- Adoramos quando isso acontece!
Quando foi embora depois do atendimento, passou pra dar tchau! Hahaha
Minhas colegas suspirando!
Fim
Histórias de uma atendente.
Pensão por óbito.
A viúva chega desesperada no balcão:
- Porque caiu só metade do meu dinheiro?
- Momento, vamos verificar o prontuário.
O prontuário:
Uma segunda mulher, certidão de outro filho, notas fiscais e a capa de um disco do Roberto Carlos com declaração de amor assinada.
É gente, um disco!
Isso aconteceu por volta dos anos 90, mas nunca me esqueci da esposa que ficou só com metade do dinheiro.
"São tantas emoções" na vida de uma atendente...
Fim
Histórias de uma atendente
Acordar cedo, atender o cidadão, que sempre tem razão, parece coisa simples, mas não é não, pelo menos para mim, nunca foi muito facil!
Estava no balcão e surgiu na minha frente uma mulher bonita, cabelo loiro curto, pele bem tratada, jóias, enfim.
Falei:
- Sua certidão por favor.
E ela me apresentou uma Certidão de Casamento, então chamei-a pelo nome da mulher na certidão, Maria (nome fictício) e ela me olhou, sorriu e disse:
- Ah não, eu sou o João (Nome fictício)! E com um sorriso largo no rosto, continuou, sou o marido!
Maria é minha esposa, somos casados há tantos e muito felizes, com 4 filhos!
É que a noite trabalho como Cristina! (nome fictício)
- Sim, claro. Então, o senhor esta precisando renovar...
- Ahh, não precisa me chamar de senhor, disse sorrindo novamente.
- Tá certo, João!
Atendimento realizado com sucesso!
Cliente feliz, e a atendente saiu pra beber uma água.
Fim
O Espelho do Amor
Por Diane Leite
Vivemos criando histórias: imaginamos finais perfeitos como nos livros e filmes. Mas quem já experimentou o amor genuíno sabe que ele não é apenas uma emoção passageira; é um espelho. Ele reflete nossas luzes e sombras, convidando-nos a enxergar quem realmente somos.
Descobri que tudo o que amamos em alguém já existe em nós. Da mesma forma, o que nos incomoda nos outros frequentemente expõe feridas ou inseguranças que ainda não resolvemos. A psicanálise chama isso de projeção: transferimos inconscientemente nossas qualidades ou defeitos para o outro. Amar, portanto, não é apenas sentir; é despertar, é confrontar a si mesmo.
Quando resistimos ao amor, seja por medo ou rejeição, estamos, na verdade, resistindo a nos amar. Não porque não sejamos dignos, mas porque, em algum momento da vida, deixamos que outros determinassem nosso valor. Talvez tenham nos dito que éramos insuficientes, incapazes ou indignos de amor. Mas essas palavras revelavam mais sobre quem as dizia do que sobre nós.
O inconsciente é um cofre de memórias e feridas antigas, muitas vezes esquecidas. Cada rejeição que enfrentamos toca nessas feridas, mas também nos oferece uma oportunidade única de cura. Se alguém escolhe não caminhar ao nosso lado, isso não diminui quem somos. É apenas um reflexo de suas próprias escolhas, de sua própria jornada.
A psicologia nos lembra que nosso controle é limitado. Não podemos mudar como os outros nos veem ou nos tratam, mas podemos decidir como reagir. Escolher o equilíbrio, ao invés da reatividade, é libertador. Muitas vezes, o que chamamos de rejeição é simplesmente a expressão do livre-arbítrio do outro.
Você já parou para se ouvir? A psicologia fala sobre o “eu interior”, aquela parte mais sábia e silenciosa de nós mesmos. Ele conhece nossas falhas e forças, nossos medos e esperanças. E mesmo com todas as imperfeições, ele nos acolhe. Quando paramos de buscar aprovação externa e nos conectamos com esse “eu interior”, algo transformador acontece: começamos a nos aceitar verdadeiramente.
Se alguém o magoou, lembre-se: a mágoa reflete as feridas dessa pessoa. Reagir com raiva apenas alimenta o ciclo de dor. Mas a compaixão – não como submissão, mas como força – liberta. O perdão não valida o erro; ele nos liberta do peso de carregar o que não nos pertence.
Estar presente é um presente. Quantas vezes deixamos de aproveitar um momento por estarmos distraídos, buscando respostas no exterior? O agora é tudo o que temos, e ele é precioso. É no agora que encontramos a vida em sua plenitude.
Apaixone-se por si mesmo – pelo que você é, pelo que ainda pode ser. Quando você escolhe se amar, cuida do corpo, da mente e do espírito. Descobre que o amor genuíno não vem de fora; ele começa dentro. E quando ele existe em você, transborda para o mundo.
O amor verdadeiro não é um destino, mas um reflexo da forma como tratamos a nós mesmos. Ame-se, perdoe-se, cuide de si. Pois quando você faz isso, está pronto para amar o outro – sem medo, sem ego, sem apego.
E então, você já olhou para dentro hoje?
PREFÁCIO
Crônicas de Diane Leite
O Chamado para a Transformação
Há histórias que nascem no silêncio.
Como aquela tarde em que me sentei à beira do rio, observando as folhas caírem na água, e percebi que elas não lutavam contra a correnteza – apenas seguiam. Assim como eu, anos atrás, quando a vida me levou a lugares que jamais imaginei pisar.
Este livro não é sobre respostas.
É sobre perguntas que ecoam no escuro do seu quarto, quando o mundo dorme e só resta o bater do seu coração. Aquela dúvida que você não ousa compartilhar, a saudade que não tem nome, o vazio que insiste em sussurrar: "E se houver mais?"
Escrevi essas palavras não como autora, mas como alguém que já se perdeu no próprio labirinto.
Como a mulher que carregou 35 quilos de dor nas costas e descobriu que leveza não está no corpo, mas na forma como olhamos para o espelho da alma. Você sabe do que falo. Todos temos nossos 35 quilos.
Aqui, não há lições.
Há espelhos.
Frases que vão se infiltrar em você como a luz da manhã entra pela fresta da janela – sem pedir licença, sem fazer barulho. Até que, de repente, você percebe: está vendo partes de si que nem sabia existirem.
Não me importo se você acredita em destino, ciência ou magia.
Importa-me apenas que, ao virar estas páginas, você sinta.
Como sente o cheiro da chuva antes da tempestade.
Como reconhece o gosto amargo da despedida antes mesmo de ela chegar.
Isso é o que importa: o que habita nas entrelinhas da sua existência.
Se algo aqui tocar você, não fui eu quem escreveu.
Foi a parte sua que ainda lembra como é ouvir a própria voz em meio ao ruído do mundo.
Com fé e autenticidade,
Diane Leite
"As maiores histórias de amor não são aquelas em que o amor é apenas falado...
Mas aquelas em que ele é posto em prática."