História
Só seria verdade se eu acreditasse. Coisas ruins só me aconteceriam se eu pensasse que as merecia. Era hora de escrever minha própria história.
Talvez minha história ainda estivesse errada. Talvez merecesse todas as coisas ruins que me aconteceram. Não porque era uma perdedora, mas porque eu era má.
A busca por histórias das origens que possam ligar diferentes tipos de conhecimento é tão antiga quanto a humanidade. Eu gosto de imaginar um grupo de pessoas sentadas ao redor de uma fogueira ao pôr do sol há 40 mil anos.
A vida é composta de mitos e dogmas, que nos impede de despertar para a luz. O grande vilão dessa história é o ego, que prefere ter o domínio sobre as pessoas.
Se trazemos a Centelha Divina, que é um pedacinho de Deus dentro de nós, somos criadores da nossa história e podemos compor todas as etapas de nossa vida como uma música, numa dança infinita com o Universo que pode nos proporcionar tudo aquilo que aparentemente falta para que possamos vislumbrar a vida que tanto sonhamos.
Eis a história da minha vida. Amarga. Tão amarga. Minha verdadeira história começa quando esta termina e não terá fim.
Vocês esperavam uma bela história. Vocês não esperavam nem mesmo uma bela história. Vocês esperavam uma certa atmosfera. Vocês esperavam um mundo diferente. Vocês não esperavam nenhum mundo diferente.
Uma coisa boa: de repente, esquecer a história, o passado, parar de sentir que a felicidade presente está ameaçada pelo que costumava ser.
O principal: não me deixar definir pela história, não tomá-la como uma desculpa – desprezá-la naqueles que escondem sua insignificância pessoal por trás dela – e ainda a conhecer, para entender as pessoas e, acima de tudo, ver através delas.
A História raramente se rende a uma pessoa, mas nunca esqueça o que acontece quando esse é o caso. Essa pessoa pode ser você. Deveria ser você. Tem que ser você.
– Você gostaria de fazer parte da história?
– Sim, gostaria.
– As grandes empresas e o governo estão trabalhando juntos, tentando nos separar. Algo precisa ser feito.
(Diálogo entre Jimmy Hoffa e Frank Sheeran)
Isto não é uma história. Isto é história. Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho a meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu insisto em malversar em palavras.
Está escuro e tenho frio nas pernas. No entanto, é verão. Outra vez. Deve ser psicológico. Perna psicológica.
Faço hora, o que pode ser dito de muitos outros momentos da minha vida.
Mas nessa hora que faço, vou contar uma história que não sei bem como é. Não vivi, não vi. Mal ouvi. Mas acho que foi assim mesmo.
Mesmo diante de coisas que machucam e doem na nossa história, percebemos que Deus simplesmente cura e transforma nosso coração.
Mesmo que não haja limite de tempo
Não há como retroceder
A história que leva meu nome
Porque só há uma chance para vivê-la