História
O seu livro da vida está com algumas páginas em branco ainda. Aí você olha a capa linda do dia em que nasceu e você faz uma reflexão: "quanta coisa ruim escrevi até agora." Então comece a partir de hoje, ainda dá tempo. Não dá pra mudar o que já foi escrito, mas tenha a certeza que essas páginas em branco podem ser escritas com uma nova e linda história. Só depende de você.
Escrevo a nossa história, você escolhe se lê, rasga ou queima. Este é o meu livro, minha vida, cada capítulo contém um pouco de tudo e cada fase é diferente. Eu tenho o meu e você tem o seu.
As civilizações se perdem nas guerras, seus representantes e povos entram em conflitos chegando a extinguir histórias e culturas propositalmente. Repare na minoria, ela sustenta um passado que está em extinção. O valor das pessoas são imensuráveis. Novamente o tal do sistema nos mantém ocupados em nossas realidades distorcidas enquanto a necessidade dos povos é superior a entrega dos representantes e de tão óbvio precisamos melhorar muito ainda. Que a evolução não custe mais o que não se deve custar mas que seja urgente.
Você fazendo a sua parte não estará fazendo mais que sua obrigação, pois ninguém fará por você aquilo que pertence a você nem irá te dá os resultados do preço do labor diário! Assim, não seja vítima do sistema, mas agente transformador da sua história!
O que torna uma história clichê, não é repetir sempre a mesma sequência de acontecimentos, mas sim repetir sempre o mesmo modo de conta-los.
"[...] uma vez o homem declarado "a medida de todas as coisas", não há mais nem Verdade, nem Bem, nem Justiça, mas apenas opiniões iguais em direito, cujo conflito só pode ser decidido pela força política ou militar; e cada força triunfante entroniza, por sua vez, uma Verdade, um Bem e uma Justiça que vão durar tanto quanto ela." Betrand de Jouvenel, O Poder - História Natural de seu crescimento, p. 286
Um dia serei algo
Nem que seja um derrotado
Um homem sozinho, isolado
Astuto, instável, inconsolado
Fora de si, louco, transtornado
Um verdadeiro desgraçado
Um dia serei algo
Nem que seja um defunto
Ou ainda um conjunto:
terra, lama, pó, rejunto.
As vezes eu até pergunto:
serei eu um consunto?
Um dia serei algo
Há quem diga um mineral
Absorvido por um animal
Internamente, parte visceral
Terei um destino cru e fecal
Serei um efeito colateral
Um dia serei algo
Nem que seja uma memória
Talvez eu entre para história
Triunfarei com a minha glória
Ou apenas, terei uma vida ilusória
Um fracasso, azarado, sem vitória
Um dia serei algo
Nem que seja um sonhador
Um memorável doutor,
Um senhor sem pudor
Ou apenas um desfavor
Para uma vida sem amor
Um dia serei algo
Nem que seja um destroçado
Há quem diga um milionário
Um grandioso empresário
Ou apenas um esfomeado
Em uma rua, desolado
Um dia serei algo
Nem que seja amigaço
Um super-man, homem de aço
Um beberrão, um bagaço.
Ou quem sabe Pablo Picasso
Ou apenas um palhaço
Um dia serei algo
Nem que seja um velho instável
Há quem diga um ditador inigualável
Populista, com caráter formidável
Ou apenas, um pobre velho deserdado
Sem afeto, simplesmente, abandonado.
Um dia serei algo
E assim, com caráter ferrenho
Com esforço, confiança e empenho
Digo a única certeza que tenho:
É que um dia serei algo.
Meu eu
Em cada espaço da minha história a pedaços de encantamento de uma vida dinâmica e cheia de auto conhecimento e de descobertas. São inúmeros os momentos da minha jornada que se escondem quando o Sol deita e dorme sem pressa para levantar, dando vida a Lua que ilumina suavemente as minhas lembranças transformando os meus dias dourados em uma locomotiva de emoções que passam por estações antes desativadas pelo meu verdadeiro eu.
O Homem sem reflexo
Conta que há muitos anos atrás viveu um homem que um dia teve uma interessante passagem. A história foi contada e ganhou repercussão a centenas de quilômetros de onde morava.
Tudo começou quando o homem deparou-se frente ao espelho para barbear-se. Enxaguou sua face próximo a torneira e quando levantou o rosto para iniciar a apara percebeu algo incomum. Sua mão direita segurava o barbeador e deslizava de cima a baixo em movimentos suaves. Na terceira vez que realizou o movimento olhou para o espelho no instante e percebeu que seu reflexo não o seguia. Estava ali parado olhando lhe nos olhos. Ficou perplexo, nunca havia acontecido e jamais tivera conhecido alguém que tenha lhe falado de algo parecido. Continuou a barbear-se e a encarar sua imagem estática com metade da face ainda por fazer. Não era possível. Como poderia ser real uma coisa dessa.
Mexeu os ombros. Porém a sua imagem refletida no espelho parecia ter vida própria. Não o imitava. Simplesmente estava ali, congelado o fitando. Ficou muito confuso pensando estar com algum transtorno, tinha medo de contar aos amigos pois seria imediatamente diagnosticado como paranóico.
Passou alguns dias. Aquele acontecimento não lhe saia da cabeça.
Numa manhã de domingo parou de frente ao espelho e gesticulou. Não houve respostas, sua imagem estava lá mas não repetia seus movimentos.
Saiu de casa, contou aos amigos que riram. Mas convidou-os a ver com os próprios olhos. Já em casa com os amigos presentes provou lhes o que falará. Todos espantados saíram correndo do local.
Anos mais tarde disseram que o tal homem solucionou este problema. E nunca mais aconteceu de novo, pois retirou o espelho do banheiro.
Não sabemos porém, se o espelho não refletia corretamente ou se o homem não tinha reflexo.
Memórias não foram feitas para se guardar, mas para se usar como ponto de partida na construção do próprio entendimento.
Enquanto o silêncio acobertar a indiferença, a sociedade continuará avançando em direção ao passado de barbárie. É tempo de escrever uma nova história e de mudar o final.
"Princípio da Vida"
Era Uma Vez
Uma História...
Uma História
Era Uma Vez...
História...
Se Transformou Em Livro
Era Uma Vez
Um Livro...
Que Contava Uma História...
De Era Uma Vez...
Leon Nunes Goulart
O feminismo mainstream falhou muito em não incluir a história colonial como parte da luta feminista.