História
Amo história. Mas a história está em todo lugar. Cada edifício, cada pessoa com quem você fala. A história não se limita ao que há nas bibliotecas e nos museus. Acho que as pessoas que passam a vida estudando às vezes se esquecem disso.
A história de todas as espécies consiste em uma longa cadeia de atrocidades que cometemos uns contra os outros.
Se a nossa vida está em uma terra seca, lembre-se que Jesus abre e transforma essa terra, nos dando espaço e, se permitirmos, Ele vai fazer parte da nossa vida e transformar a nossa família e história!
Todos nós almejamos brilhar na vida, no trabalho, nos negócios. Queremos fazer alguma diferença, contar uma história capaz de ser lembrada até quando não estivermos mais neste planeta.
A memória não é apenas uma pedra com hieróglifos entalhados, uma história contada. Memória lembra dunas de areia, grãos que se movem, transferem-se de uma parte a outra, ganham formas diferentes, levados pelo vento. Um fato hoje pode ser relido de outra forma amanhã. Memória é viva. Um detalhe de algo vivido pode ser lembrado anos depois, ganhar uma relevância que antes não tinha e deixar em segundo plano aquilo que era então mais representativo. Pensamos hoje com a ajuda de uma parcela pequena do nosso passado.
Já paguei minhas contas,meus pecados.
Não devo nada a ninguém.
Não quero ser julgado, avaliado, colocado a prova.
Não tenho curriculum, tenho história.
E é minha, mas escrita a muitas mãos.
Se quer me entender, me conhecer
Terá que refazer meus passos, um a um
Observar as bifurcações, escolher o caminho
Tropeçar nas mesmas pedras, querer desistir a cada curva, mas persistir.
Não vou me explicar, me justificar, me apresentar.
Não me obrigado a isso. Não sou candidato a nada.
Olhe nos meus olhos e, se quiser, ande ao meu lado.
Senão siga o seu, seja feliz, tenha sucesso, mas não olhe pra trás.
Não estarei lá.
Minha história é feita de reviravoltas, de experiências que nos ensinam a não desistir e a tentar sempre voar mais alto.
O JORNAL NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO: UM AGENTE HISTÓRICO
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“Os jornais têm constituído até hoje parte obrigatória do mundo moderno, desde a modernidade industrial, e também nos nossos tempos contemporâneos, já sob o contexto da sociedade digital. Podemos tê-los na sua forma mais tradicional – o periódico impresso – ou nos formatos e suportes eletrônicos que se tornaram possíveis com as tecnologias de informação e comunicação. Sob a forma de cadernos impressos de papel que são vendidos em bancas de jornal nas vias públicas, de modo a oferecer aos seus leitores conteúdos os mais diversificados, ou nas suas formas de áudio ou de imagem-movimento dirigidas aos espectadores de rádio e televisão – e ainda nos mais variados formatos digitais apresentados sob a forma de blogs, lives e mídias alternativas – os jornais seguem nos dias de hoje como importantes meios de informação, de comunicação e de produção de discursos, interferindo na história de muitas maneiras, ao mesmo tempo em que, eles mesmos, também são produtos da história.
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Muitas são as complexas relações dos jornais com a história – seja a história entendida como campo de processos e acontecimentos no qual estamos todos mergulhados, seja a História produzida pelos historiadores que buscam retratar, representar e analisar estes processos e acontecimentos através de um meticuloso trabalho sobre fontes históricas de todos os tipos.
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Podemos entender os jornais, já de saída, como poderosos instrumentos que são utilizados por forças diversas para agir sobre a história, e aqui podemos relevar o papel dos editores e profissionais que produzem os jornais, mas também reconhecer a importância de mesmo nível dos leitores, que não deixam de exercer suas pressões sobre os conteúdos que adentram as páginas dos jornais de todos os tipos. Compreender o jornal não como um veículo passivo e neutro de informação, mas também como um sistema capaz de produzir e difundir discursos e instaurar um processo de comunicação que nada tem de neutro, é fundamental para termos a devida consciência da função dos jornais como agentes e instrumentos capazes de interferir na história.
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Se o jornal transmite informações, ele também produz opiniões, discursos, análises da realidade que são geradas na sociedade envolvente e que a ela retornam. São capazes, os jornais, de revelar verdades e aspectos da realidade que certos interesses políticos e econômicos prefeririam conservar ocultos; mas também é dos jornais a possibilidade de construir meias-verdades, de silenciar sobre certos fatos e não outros, de selecionar e redefinir a informação a ser transmitida. A um só tempo, os jornais retratam e elaboram representações da realidade, e já modificam e interagem sobre esta mesma realidade.
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A função de agente histórico – situando os textos jornalísticos como sujeitos e instrumentos capazes de intervir no mundo – é, portanto, a primeira relação que os jornais estabelecem com a história, neste momento compreendida em seu sentido de ‘campo de acontecimentos’”.
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[trecho extraído de BARROS, José D’Assunção. ‘O Jornal como Fonte Histórica’. Petrópolis: Editora Vozes, 2023]
A PESQUISA CIENTÍFICA É UMA VIAGEM
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“Iniciar uma Pesquisa, em qualquer campo do conhecimento humano, é partir para uma viagem instigante e desafiadora. Mas trata-se decerto de uma viagem diferente, onde já não se pode contar com um caminho preexistente que bastará ser percorrido após a decisão de partir.
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Se qualquer viagem traz consigo uma sensação de novidade e de confronto com o desconhecido, a viagem do conhecimento depara-se adicionalmente com a inédita realidade de que o caminho da Pesquisa deve ser construído a cada momento pelo próprio pesquisador. Até mesmo a escolha do lugar a ser alcançado ou visitado não é mera questão de apontar o dedo para um ponto do mapa, pois este lugar deve ser também ele construído a partir da imaginação e da criatividade do investigador.
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Delimitado o tema, o problema a ser investigado, ou os objetivos a serem atingidos, o pesquisador deverá em seguida produzir ou constituir os seus próprios materiais – pois não os encontrará prontos em uma agência de viagens ou em uma loja de artigos apropriados para a ocasião – e isto inclui desde os instrumentos necessários à empreitada até os modos de utilizá-los.
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É assim que, se qualquer viagem necessita de um cuidadoso planejamento – de um roteiro que estabeleça as etapas a serem cumpridas e que administre os recursos e o tempo disponível – mais ainda a viagem da Pesquisa Científica necessitará deste instrumento de planejamento, que neste caso também será um instrumento de elaboração dos próprios materiais de que se servirá o viajante na sua aventura em busca da construção do conhecimento. Este é o papel do Projeto na Pesquisa Científica”
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[BARROS, José D'Assunção. ‘O Projeto de Pesquisa em História”. Petrópolis: Editora Vozes, 2004]
O vale da uva Goethe simboliza a história dos imigrantes italianos que trouxeram consigo parte da sua vida e dos seus antepassados.
"Teus olhos eram chamas, me queimavam por dentro,
Fui preso nas correntes do teu sentimento.
Mas agora sou forte, não sou mais refém,
Vou escrever minha história, o final, é só meu bem."..
Entender a essência das pessoas vai além das palavras. É sentir suas emoções, compreender seus sonhos e respeitar suas dores. Cada indivíduo carrega uma história única, feita de experiências e aprendizados. Quando olhamos com empatia e escutamos de coração aberto, conseguimos enxergar a verdadeira essência que nos conecta.
Criar uma imagem é colocar cada sentimento nela; é como imaginar um quadro, imaginar os traços, tudo. Imagine uma tela branca. Nessa tela, você pensa no personagem, faz de acordo com as características. Pensa na essência, na personalidade, em tudo... Fecho os olhos e imagino.
Somente consegue-se manter a história viva se o interessado em manter vivo determinado trecho da história tiver tempo para voltar constantemente aos locais dos fatos para lembrar e fazer lembrar, caso contrário, o destino é o esquecimento.
As pessoas precisam entender que, na grande maioria das vezes, os filmes, as séries, as novelas, a bíblia, os documentários e até a história são versões um pouco melhores dos personagens de "Divertidamente".
Na grande maioria, são apenas rearranjos das obras de La Fontaine
A JANELA
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(ou: Homenagem aos Historiadores)
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Olha pela janela...
Lá vai o primeiro homo habilis
a caminhar, ainda trôpego, sobre a Terra.
E ali está a mulher
– bem mais inteligente que os machos
de sua espécie –
a jogar no solo a gentil semente
pronta a germinar o milagre da revolução agrícola.
Espia! Aquele artesão acaba de mover a pioneira pedra
para fundar a primeira das cidades,
e não está longe o que inventou a roda
– ela... tão surpreendente na sua genial obviedade.
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Espicha agora o teu olho longo
pela paisagem infinda...
Percebeste César,
à beira de um riacho,
discursando para os leais soldados?
Ele atravessa agora o seu rubicão,
marcha sobre Roma,
proclama-se Ditador,
e recebe as vinte e três facadas.
E logo ali vem Cleópatra,
tão perto no espaço-tempo
– com seu olhar anacrônico
e seu sorriso à Liz Taylor.
Ela o seduz, mesmo num saco de estopa,
enquanto, no mesmo gesto, já concebe seu filho
– egípcio e romano –,
e morre... ao chacoalhar das serpentes.
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Quanto a ti, a tudo contemplas,
em um único relance,
bem ali: sob a janela.
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Não... não chores, Historiador...
Tu vês a peste negra?
Sentes seu odor da morte se elevar aos ares?
Ouves o som surpreendente dos cacos de vidros
a quebrar o silêncio na noite dos cristais?
Sofreste agora aquela profunda fisgada
da bala que encontrou Guevara?
Pranteias pelos primeiros desmatamentos,
e és fustigado por cada açoite lancinante
nos ombros de todo escravo?
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Mas tu podes ver o florescer de um movimento verde
que salvará as baleias e micos-dourados
ao som de canções medievais
entoadas pelos trovadores árabes e cristãos.
Tu – mais do que todos – podes ver os homens e mulheres de pela preta
em sua luta diária pela liberdade,
a fundar quilombos e universidades,
a vencer o preconceito insano!
És tu que podes ver, em Luís Gama, um tanto de Zumbi
– e, para além do herói, o homem humano!
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Tu viveste, há dois segundos do nosso próprio tempo,
todos os sonhos de igualdade, de uma só vez!
E, se tu viste as ditaduras de todos os tempos se erguerem
em um único e cruel movimento,
também assististe à derrocada de todas elas.
Tu és privilegiado, Historiador...
Somente tu, junto aos artistas, viajas tão à vontade pelo tempo
antes da invenção das máquinas de viajar no tempo.
És tu aquele que olha atento
e intrigado pela janela
onde tudo se estende à espera de novos olhares.
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Lá estão as fontes históricas
– estes passados tão presentes –
todas tão ansiosas pelas perguntas que farás
às suas páginas por vezes bolorentas,
aos tratados de guerra e paz,
aos diários anônimos e secretos,
à sua matéria mais despretensiosa...
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Ali estão as fontes, ao pé da tua janela
– as mesmas que aguardam, com solenidade ou displicência,
as perguntas que farás aos decretos e receitas de bolo,
aos jornais oficiais e clandestinos,
às cidades acima e abaixo da terra,
aos sulcos deixados na terra pelos camponeses;
ou, por fim, à lança de pedra que foi lascada
pelo primeiro homo habilis
a caminhar por sobre a Terra.
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Vai, Historiador...
Olha pela janela
e age na história
de tua própria época.
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[BARROS, José D'Assunção. Revista Cronos, vol.23, nº2, 2023]
Erva-Mate: Alma e Tradição
No coração da terra guarani,
Nasceu a erva-mate, presente divino,
Histórias de lutas, glórias e dor,
Enraizadas no solo, no amor.
No passado distante este fato ocorreu, conta a lenda que um velho guerreiro,
Cansado, sem forças, sem paradeiro,
Foi abençoado por uma divindade Guarani com uma muda de erva-mate, símbolo de união força e amizade
Na roda de Tereré, a sede se desfaz,
Entre amigos e desconhecidos, a paz, erva-mate.
Patrimônio imaterial da humanidade,Unindo povos, criando irmandade.
Ponta Porã e Pedro Juan, cidades gêmeas, Na fronteira, histórias que o tempo semeia. De um passado cheio de lutas e glória,
A erva-mate, se torna a guardiã da amizade e da memória.
Seu poder de curar a alma e o coração,
Transforma a dor em união.
Na roda de Tereré, surge a boa conversa,
Erva-mate, tradição que nunca cessa.
Prof. Me. Yhulds Bueno
História do valente Tenente Antônio João:
Na vastidão dos campos da Colonia dos Dourados, Ergue-se a história de um bravo soldado. Tenente Antônio João, nome que ecoa, Na memória de um povo, sua história ressoa.
Quatro nações em guerra, um conflito sul-americano que parecia sem fim, Brasil e Paraguai protagonista desta história, defendendo seu jardim.
Na Colônia distante, o tenente se ergueu, Com uma dúzia de homens, seu destino escreveu.
Cem inimigos à frente, sem hesitar, Antônio João e seus homens prontos a lutar. “Sei que morro”, disse, com coragem no olhar, “Mas meu sangue será protesto, a Pátria a honrar.”
O chão da Colônia dos Dourados, com sangue regado, Testemunhou o sacrifício de um herói consagrado. Seu nome gravado na história, jamais esquecido, Tenente Antônio João, o valente, para sempre querido.
O historiador, através do pensamento crítico e da narrativa, não só preserva e interpreta o passado, mas também influencia diretamente a formação cultural e o desenvolvimento das regiões, ajudando a construir uma sociedade mais consciente e informada.