Heróis

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Bravos, mesmo, são os heróis. Os que lutam por boas causas, vençam ou não, mas que são desde já vencedores pelo simples fato de terem mesmo por que lutar. A grandeza de seus motivos, por si só, é a medalha contínua que dispensa olhares, e por isso não se ostenta, suspensa na sombra do caráter. São honrados, os heróis. Têm a capacidade gigantesca de sublimar ofensas e vilipêndios. E se "não levam desaforos para casa" é porque esses desaforos, sempre banais, caem de seus corações a caminho de casa e morrem na poeira.
Já os brabos, aqueles que se exaltam, armam socos, fazem poses de briga (e brigam), nascem perdendo. Perdem sempre o controle, a razão e o contexto. Seus textos vivenciais são impregnados de arroubos, ameaças, gritos e nnarrações de vitórias equivocadas, por onde passam. Vitórias fúteis, físicas, nos campos da força, o vandalismo, a intolerância e o descontrole. São vazios os brabos, porque suas causas são pobres e ninguém precisa vencê-los. Eles perdem para si próprios quando seus músculos e o destempero emocional substituem completamente os neurônios.

Infeliz a nação que precisa de heróis, e mísero o povo que carece de lados.

Sábios e loucos, heróis e vilões, estão todos ali.
Ambos jazem em túmulos laterais.

Estou destinado a ir de mãos dadas nesta viagem com meus estranhos heróis e a examinar a imensidão crescente da vida, a examiná-la através do riso que vejo e através das lágrimas que não vejo e ninguém conhece.

As sociedades são constituídas de heróis anônimos, que não estão sob os holofotes da mídia. Entre esses anônimos se encontram deprimidos, que apesar de abatidos pela cálida dor, enfrentam com dignidade seu inverno emocional; os ansiosos, que, solapados pela inquietação, sonham com dias tranquilos; os portadores de câncer, que, como guerreiros, lutam pela vida e fazem cada dia um momento eterno; os pais, que esgotam seu corpo e sua mente para sustentar e educar os filhos; os professores, que, com salários magros e sem aplausos sociais, movem o mundo ao ensinar a seus alunos o pensamento crítico; os alunos, que, como frágeis Quixotes, creem que poderão mudar a história sem ter noção de que vivem em um sistema social engessado e pouco generoso às novas ideias; os trabalhadores de escritórios e empresas, que não são notados e não ser quando causam escândalos, mas que têm histórias borbulhantes. Todos eles são de alguma forma vendedores de sonhos, embora também vendam pesadelos.

(Parte retirada do livro O Vendedor de Sonhos – E a revolução dos anônimos)

Heróis são para sempre.

Meus heróis não morreram de overdose. Morreram no Coliseu, nas fogueiras, apedrejados; por não negarem a Fé.

Tenho orgulho da nossa seleção. Todos lá são genuínos heróis nacionais. Moram fora do país, ganham em moeda estrangeira e não sabem cantar nosso hino.

Há pessoas que buscam o heroísmo para se promoverem e há outros que se tornam heróis pelos seus valores irrefutáveis.

Os heróis da Bíblia venceram porque sabiam como orar.
Daniel não orou para afligir seus inimigos. Ele orou porque
conhecia seu amigo.

Livros são tesouros,
neles podemos ser heróis,
bandidos, duendes, bruxas ou fadas,
nas aventuras das linhas soltas
pelas mãos de um escritor,
que escreve cada obra
para abrir em nossa mente
uma nova e bela estrada

A MASSA CRUA
A massa é indigente
Não reconhece a verdade
Imaginam heróis em covardes
Que propagam a fatalidade

É um amontoado de escravos voluntários
Ignorantes e errantes
Procurando o melhor para si
Nos caminhos mais distantes

Seus sonhos são utopias
Comem as migalhas que caem da mesa
Imaginam que são iguarias raras e caras
E arrotam a sobremesa

Não será difícil reconhecer os seus membros
Basta fingir descontentamento com as coisas que os atingem
Repetirão seu repúdio como se fossem militantes,
Mas no fundo mesmo, só fingem.

Nós gostamos de pensar em nossos campeões e ídolos como super-heróis que nasceram diferentes de nós. Não gostamos de pensar neles como pessoas relativamente comuns que se tornaram extraordinárias.

Heróis,
São lembrados por seus grandes feitos
Através da eternidade...

Não quero ser nenhum herói,
Mas quero que lembre de mim...
Não pela eternidade...
Mas no momento em que precisar de ajuda

Lembre-se de mim,
Não por um gesto heróico,
Mas por um gesto de amor.

Não somos super-heróis
somos meros actores coadjuvantes
de uma história universal
escrita em forma de poema
onde a diferença e feita
na única estrofe que escrevemos
e que termina quando o chão caminhar sobre nos
e o céu se esconder atrás do horizonte
momento em que só nos restará
o silêncio das nossas vozes
e a escuridão da nossa visão
que servirá de companhia eterna
momentos sacramentados em nosso santuário
pelas insígnias a que respondemos
como autores de um verso "sem rimas por muitas vezes"
no poema da história universal...

Enquanto descrevo a imagem da janela da nossa residência eterna,

Um dia crescemos e descobrimos que nossos heróis são apenas homens fantasiados.

Se os heróis envelhecem imagine nós pobres mortais.

Heróis jamais se cansam... De se cansarem mais uma vez.

Ninguém é um herói de nascença, os heróis são construidos.

Não há heróis de guerra,
Todos matam, ao final todos morrem,
não há heróis em guerra,
apenas cadáveres marchantes.
Como pode haver um herói,
se todas as almas puras terminam mortas?