Havia uma Pedra no meio do Caminho
"Pedras rolaram em nosso amor,sepultando a nossa paixão. Águas caíram em nosso caminho,em gritos me afoguei sozinho no mar da solidão.Busquei ajuda e nadei,numa ilha deserta parei e morri na desolação".
(Rodrigo Juquinha)
Quando vc manos espera, VOCÊ consegue mas sempre vai ter uma pedra em seu caminho, e se vc cair, levante. Não desista nunca, nunca fale nunca.
AMORES E AS PEDRAS
Pedras no caminho?
Sempre se terá...
Só serão empecilhos,
Se estiverem disfarçadas de amigas!
Amar é decisão pertinente!o
Nunca demente...
Loucura é deixar-se amar
Sem amar de verdade!
Ser pedra no caminho!
É ser amigo sem afeição;
É ser amante sem amar....
É ser o que não pode ser de verdade!
É ser o que não quer ser , por querer!
Não há problemas com as pedras ao longo do caminho,
o problema é quando você é a pedra no caminho de alguém.
" Quando tiver uma pedra em seu caminho, não a pule, não desvie, não a ignore, transforme a faça dela o degrau da construção de seu CASTELO"
"Bússola da moralidade, luz que ilumina o caminho da justiça e pedra angular da virtude. É a honra. Sustenta a estrutura do caráter e integridade, guia a tomar decisões que respeitem a dignidade humana e verdade, norteia e dirige na direção do que é certo nos mantendo firmes em nossos princípios, mesmo diante das adversidades."
Sergio Lopes de Souza Junior
...É preciso saber Viver!!!
Nem toda pedra do caminho devemos retirar.
Apesar das flores as que teem espinhos,
se a contemplarmos jamais iremos nos arranhar.
E a Vida é mesmo assim, ao que não compreendemos, só oque precisamos, é que saibamos observar.
Você ensinaria o caminho das pedras para quem vai quebrar as suas vidraças?
(é o que fazemos todos os dias com os nossos alunos, que ficarão mais ricos, bem sucedidos e, talvez, no futuro, digam que aprenderam tudo sozinhos!)
Caminho sobre pedras, assim evito ser surpreendido por areias movediças, propositalmente colocadas por aqueles que não me têm no coração.
[A PAISAGEM NO ESPAÇO-TEMPO]
Neste momento, contemplo uma paisagem. Há uma pedra no caminho (subitamente me lembro do poema). Ela é antiga como a Terra, mas isso no momento não importa. De qualquer maneira, é bruta, jamais trabalhada pelos homens de qualquer tribo ou civilização, Atraído pelo ruído suave das águas (ou terei imaginado isto?), meu olhar volta-se subitamente para o pequeno rio urbano, canalizado em meados do século XIX. O encanamento, contudo, já era naquele momento a substituição de um outro, construído vinte e oito anos antes (cheguei a ler o documento que registra o primeiro plano de captação, em um velho arquivo público). A atual calha que contém o traçado do rio, para evitar pequenas enchentes nos dias chuvosos, ali está desde meados do século XX, mas sofreu reparos recentes, por causa das olimpíadas de 2016.
O rio tinha seu nome tupi-guarani por causa dos papagaios que nele vinham se alimentar desde os séculos anteriores, mas a poluição das últimas décadas do século XX já os afastou há muito. Todavia, foram substituídos por aquelas garças, de dieta alimentar menos exigente, que vivem em um zoológico mais distante. Há uma árvore, duas, três, e mais, nas suas margens, sendo que cada uma tem uma idade diferente. Cada uma delas canta a sua própria imponência, na minha imaginação. Mas sou despertado deste devaneio por um outro ruído, este de verdade. É um rolar maquinal, que adentra a paisagem sonora como uma dissonância. A muitos e muitos passos do rio, há uma abertura para o chão. O metrô tem 25 anos, mas aquela estação foi agregada há apenas três anos, e agora oferece aos passantes a sua entrada. Entre ela e o rio enfileiram-se edifícios de diversas idades, de cada lado da rua asfaltada (com exceção de um curioso trecho de paralelepípedos, talvez esquecido pelas últimas administrações públicas).
Há também uma casa muito antiga, do início do século passado. Terá sido tombada? Sobrevive. Alguns automóveis, há muito eu não via um opala, movimentam-se discretamente na rua de mão única. Formam um pequeno fluxo. Seguem por ali, em meia velocidade, e logo vão desaparecer sem deixar vestígios. Por enquanto, todavia, fazem parte do acorde visual da paisagem. Registrei tudo, em minhas anotações. Mas agora me dirijo ao Metrô.
Ao entrar naquela estrutura moderna, que por sobre trilhos me conduzirá através de um conduto contemporâneo tão bem incrustado em uma pedra de milhões de anos, anterior ao surgimento da própria vida sobre a Terra, espero chegar em vinte minutos ao centro da cidade. Ali, naquela alternância de avenidas asfaltadas e ruas estreitas, por vezes talhadas em paralelepípedos, novos acordes de espaço-tempo me esperam. Sem ânsia maior de me mostrar a superposição de cidades que escondem e revelam, eles me indagarão, como se ressoassem do fundo de um verso: “Trouxeste a chave”? A todos perguntam a mesma coisa, indiferentes à resposta que lhe derem .
Já me demoro demais. Andar pelo espaço é viajar pelo o tempo. Retorno, será mais seguro, à reflexão histórico-geográfica
[extraído de 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis: Editora Vozes, 2017, p. 59-60]