Haikai Mário Quintana
Ser poeta não é uma maneira de escrever. É uma maneira de ser.
Não gosto de estar dormindo nem de estar morto perto de ninguém.
Não gosto do Carnaval porque parece filme histórico italiano.
Delícia de olhar, no céu, os v v v dos voos distanciando-se…
Hoje o que mais se precisa é de silêncios que interrompam o ruído.
O que mais me revolta nas matemáticas são as suas aplicações práticas.
Conhecer o mundo não adianta nada: as viagens apenas complicam a ignorância.
O mais difícil na morte é acomodar-se a gente aos novos hábitos.
Nós todos levamos o anel da morte e um dia temos de o trocar com ela.
Ah, nem queiras saber... A vida é preciosa como um pão roubado!