Vibração
o ouvido do menino
colado à vidraça
há poesia
ver novos horizontes
todos os dias
Toda uva
Como o tempo
Também passa
Aqui sozinho
Desfio meu canto, crio
Um novo ninho
Matemágika
Regra não favorece
Seja exceção
Quando espera
Sinceramente cansa
Na esperança
Chuva e trovão
Fogos balançam rede
Time campeão
Aeroporto
É mais um sem teto
Seu limite
Céu azul invernal —
Pra cerejeira despida
também chega a idade
Na branca Izushi
Toris sangram a neve —
Marcas no caminho
A Chuva termina
e a tarde também tem fim —
Flores cintilam
Chego ao templo
pro retiro de verão —
Amigos reunidos
Manhã de neblina —
Ah, o cheiro de palha úmida
paira pela casa
Lanternas acesas
brilham no Bon odori —
Parentes queridos
Vento frio sopra —
Ah, pão no forno compete
com o café fresco
Frente fria chega —
Roupas ainda molhadas
secam no varal
Os ventos do inverno
chegam por baixo da porta —
Esquento o café
céu escuro é
cai a última folha
olhar perdido.
Ao sol do deserto
A sombra do guarda-chuvas
É quase um oásis
ocultando a nudez
superando todos os
limites do disfarçe