Casulo se abre,
Asas de cor tocam céus,
Voo da alma livre.
Obra dos olhos,
Mesmo turva a visão,
Sente o vento fluir.
Olhos na penumbra,
Vislumbram o mundo girar,
Vento a sussurrar.
Estrelas nos olhos,
Brilho que no peito mora,
Luz que a alma toca.
a moça está triste
por que em seu coração
o amor já não existe
as folhas colorem o jardim
verdes roxas e vermelhas
depois amarelam
dentes de leão
que sobrevoam a imensidão
pelo céu azul da estação
Maldito coração
Saltando do peito
Não sabe dizer não
Céu azul invernal —
Pra cerejeira despida
também chega a idade
Na branca Izushi
Toris sangram a neve —
Marcas no caminho
A Chuva termina
e a tarde também tem fim —
Flores cintilam
Chego ao templo
pro retiro de verão —
Amigos reunidos
Manhã de neblina —
Ah, o cheiro de palha úmida
paira pela casa
Lanternas acesas
brilham no Bon odori —
Parentes queridos
Vento frio sopra —
Ah, pão no forno compete
com o café fresco
Frente fria chega —
Roupas ainda molhadas
secam no varal
Os ventos do inverno
chegam por baixo da porta —
Esquento o café
pintassilgo!
o céu pinta consigo
a cor da manhã.
Noite de silêncio
uma moça na janela
contempla a neblina
tarde de outono
o cãozinho esparrama
folhas na varanda