Que eu seja árvore Que perde folhas Para renovar
velho engenhão festa da natureza ao som do paredão
Estrela cadente - Recuperando o fôlego Para o pedido
Dentro da gota d'água O coração da chuva No telhado, bate
Sol nas nuvens Aquecendo a água Para o banho das flores
Nestas horas em silêncio É que não podemos mais Discutir
O calor que arrasta sombras Faz da primavera Seu céu de anil
Em todos os cenários O caloteiro é o primeiro Entre os otários
De vento em polpa A maçã do seu rosto Está na minha boca
Coitados dos queijos Estão sempre Fundidos
O universo segue se fechando Para o centro de uma cor Adormecida
Céu azul Brisa cercada de flores Nossa estação
Desemprego - O relógio despertador Só marca as horas
Monólogo do arroz Empapado:"Conversando A gente se entende."Fim.
Te ver é testemunhar A meu favor, no júri Da ilusão
Cai a chuva Incha os sapos Barulho amigo
Estrelas colidem - O ronco da planície No meu verão
Éramos donos do tempo Sempre escurecia Para brincarmos de Pique esconde
Céu das estrelas nublados Conquistando apenas Um universo vazio
Lua de novembro Arqueada pelo dia azul Beijos Dourados
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.