Estrelas dispersas
céu plúmbeo sem luar
a noite se espalha.
Ansiosa
Petulante
A primavera ruborizou o inverno
Eu passarinho
Pra que despertador?
Acordo sozinho
Domingou!
Chuva mansinha
Parece até que o tempo parou
Mar de grama ancora
- na paisagem interrompida -
Grade sem poder.
Meia-noite enternecida
Meu coração aflito
é o livro que não li
pássaro entre as nuvens
a gaiola balança
ao sabor do vento.
Deixo as dúvidas todas
para a arte
A vida imita a rima.
escurece o tempo
a noite nem conta
permanecem os ponteiros no vento.
“” No escuro do céu
A sombra da noite
Se veste de véu...””
Inseto no açude
Pro papo do sapo
Língua de grude.
Parto e poesia
Alegrias que não excluem
A dor
Poesia no bar
a chuva cai
pinga em mim
CHOVE DE MANSINHO,
NA MANHÃ DE PRIMAVERA:
FRIO TROPICAL.
No céu pleno de azul
flores rosas despontam
cor, paz, imensidão...
Ao balanço do vento
eucaliptos reverenciam
o dia que se vai
uma tarde azul
entre galhos da araucária
a lua eleva-se
tarde azul, o sol surgiu
até os pássaros se aquecem
e esquecem do frio !
Andorinha voando
infância no céu
a tarde inteira
" Casa amarela
vaidade do vento
rosas na janela"