Hábito
O hábito de gritar com as pessoas, torna qualquer coisa que você diga incompreensível. Se você quer se fazer ouvir, abaixe o volume da voz.
Adote o hábito de acordar agradecendo. Isso estabelece uma conexão de luz entre você e o universo e cria as condições necessárias para atrair energias positivas.
EXIBICIONISTA
Ostentação; hábito de pessoa que se exibe, que ostenta suas próprias, ditas qualidades ou béns
Em tempos de Corona Vírus
Quando a gente é muito jovem tem o hábito de beber a vida no gargalo com a urgência das paixões adolescentes.
Com o passar do tempo descobrimos a importância e o sabor da vida e não desejamos mais que ela passe tão rápido, desaceleramos e começamos a saboreá-la devagar como se fosse uma taça de vinho tinto de uma safra rara dividida com uma boa companhia.
Cada segundo tem o gosto e o valor da eternidade escorrendo na ampulheta do tempo e a gente já não tem mais pressa de chegar a lugar nenhum que não seja nosso próprio interior.
Mas desde o aparecimento do corona vírus parece que o tempo ficou suspenso nessa atmosfera de medo, incertezas e angústias que ele trouxe.
A vida de repente ficou presa nas teias de um tempo que não existe. Tudo se tornou lento, monótono e sem graça. O medo tornou-se presença constante nas madrugadas frias de outono, nas manhãs vazias de domingo e o futuro tornou-se incerto.
Neste momento a vida novamente tornou-se urgente, ressignificou-se e tudo que eu quero é que o tempo passe rápido sem que eu tenha que disputar um respirador artificial com ninguém, sem que eu tenha que me despedir sem despedida de nenhuma pessoa que eu amo, sem que as águas de março retornem em forma de lágrimas no teto dos meus sentimentos.
Quero de volta a rotina, a felicidade dos encontros, o laço de braços dos abraços, a imperfeição dos dias perfeitos na companhia dos meus irmãos. Quero dias de esperança e o som dos risos nas esquinas da alegria.
Quero que meus entes queridos saiam ilesos dessa guerra com esse temido inimigo.
Então, senhor tempo pisa fundo que eu tenho um encontro marcado com a vida logo ali depois da curva perigosa dessa pandemia medonha.
Tenho o hábito de enfeitar janelas: as da casa onde mora meu corpo eu as enfeito com flores, as da casa onde mora minha alma eu as enfeito com sentimentos floridos.
As pessoas têm o hábito de chamar de louco as pessoas audaciosas, as corajosas que têm a ousadia de sair do lugar comum e viver a liberdade de serem quem são sem depender da aprovação dos outros para isso, sem a necessidade de pedir permissão pra ninguém para ser feliz. Com certo espanto, olham para essas pessoas como se fossem anormais ou realmente doidas mesmo. Julgam essa suposta loucura como se fosse a causadora de grande sofrimento a pessoa. Aí, eu me pergunto: será que sofrimento mesmo não é se apertar dentro de um molde que não te cabe para parecer normal? Será que vale a pena cultivar essa mentalidade ultrapassada e pobre para manter o status de lúcido nesse mundo louco e doente que a gente vive?
Como se não bastasse o sofrimento que certas circunstâncias nos impõem, ainda temos o hábito que acrescentar a eles o peso da eternidade, como se nunca fossem ter fim.
Nós temos o péssimo hábito de olhar para a felicidade como um quebra-cabeça, no qual há uma peça faltando.
É sempre bom carregar um punhado extra de coragem na bagagem. A vida tem o hábito de testar nossa força.
Desenvolva o hábito de retocar a esperança com a mesma frequência que você retoca a maquiagem quando está em uma festa. A vida é o maior espetáculo do universo e como tal merece e deve ser celebrada com esperança e gratidão, todos os dias.
Vencer o hábito de diminuir as pessoas no intuito de ressaltar a sua superioridade é uma das tarefas primordiais para quem tem como meta tornar-se, de fato, grande.
Nós temos o hábito de culpar a sorte, o destino, o diabo, a macumba, outras pessoas. Culpamos tudo e a todos, pelas coisas que nos acontecem, exceto o único responsável por elas: nós mesmos.
Mulheres têm o hábito de se fecharem na escuridão do silêncio para revelar suas cismas e de lá só saem com a prova em mãos para que não fique nenhuma dúvida.
O inconsciente é onde, por força de hábito, os pensamentos, os sonhos, as predileções, se organizam em nossa mente. O poeta tem esse costume, de destilar por muitas galerias de onde eles estão depositados, o que não quer dizer muito. O bom poeta é aquele que consegue escolher a raridade, no que pode ser demonstrado, tal qual um bom menestrel, sabendo que as palavras não lhe pertencem.
Durante muito tempo não pude dizer não, e quando pude, talvez por força do hábito, disse sim quando queria dizer não. Arrependo-me! Agora farei diferente. Chega!
Não considere o hábito de inovar como uma técnica e sim como resultado do pensar sistemático e contínuo que desencandeiam em possibilidades infinitas, entusiasmantes e disruptivas.