Hábito
O hábito de acumular coisas que trazem boas lembranças pode ser vicioso, mas pode também ser traço de uma compulsão, de uma dificuldade de se libertar do que passou.
Devemos nos apegar ao que somos, ao que vivemos, e não tanto ao que temos.
No meu hábito de correr na praça todos os dias, fico reparando nas pessoas que ali cruzam o meu caminho. Tento imaginar o que se passa na vida delas, e no que elas estejam pensando. Para alguns, nem seria necessário perguntar, a tristeza e desilusão são estampa da cara. Hoje, o alvo de minha reparação foi um senhor bem de idade, tinha ele por volta dos seus oitenta anos, creio eu. Enquanto eu percorria minha terceira ultrapassagem por ele, notei em como ele pacientemente caminhava na tentativa de se exercitar. Um olhar um pouco mais demorado me fez enxergar o seu semblante, um rosto sereno, e claro. Continuei a correr e a imaginar em tudo que aquele senhor já poderia ter vivido até aquele auge da vida, e pude concluir: seja lá o que se passar na minha vida, aos oitenta quero estar no mesmo lugar que ele, em uma praça tentando exercitar meu corpo cansado, porém, com uma alma leve. Nossos corpos são apenas roupas que usamos na vida terrena, mas a nossa alma é o que nós realmente somos, cuide bem da sua!
De forma despretensiosa me encostei na parede
Um antigo hábito de parar para fumar, e então começar a observar
Olhando para frente vejo aquela movimentada avenida
Tantas pessoas, tanta diversidade cultural, tantas vidas
Em cada rosto uma história, em cada caminhar um jeito
Em cada rosto, um artista à sua forma
Semblantes sérios, pessoas conversando, outras sorrindo
Em cada momento observado, é como se fosse uma pintura, uma tela
Uma obra de arte de momentos rotineiros, mas que nunca serão iguais
Poderão ser similares, mas nunca iguais....
Pessoas que amanhã ou depois poderão não estar ali, ou passar por ali
Na esquina um senhor com o seu violão que parecia mais a extensão do seu próprio corpo
Para minha felicidade ele tocava uma doce música do Tom Jobim
Ali estavam algumas pessoas a sua volta, já outras nem o notavam
Mas por alguns minutos quando parei para observa-lo, percebia que não conseguia mais ouvir o som da avenida
Incrível como nossos olhos e sentimentos são capazes de desviar-nos da rotina quando conseguimos ver algo que nos faz bem
Anestesiado por aquela melodia, pensei em tantas coisas
Pensei no como uma simples música é capaz de extrair nossos melhores sentimentos
Música pura, sem declarações falsas ou de sentimentos negativos
Um presente de um compositor de coração puro para um artista de rua
E um presente do artista de rua para os ouvidos que ali estavam
Pensei em como uma música ouvida no presente nos conecta com o passado, e faz pensarmos no futuro
Pensei em como a variação das notas faziam com que meus sentimentos variassem
Pensei em como momentos simples como aquele tornam nossos dias especiais
Como se não bastasse o efeito daquela linda música
Olhei para minha frente, e observei uma linda moça
Ela lia uma revista em frente à banca
Da minha altura, cabelos lisos e escuros, pele branca, olhos claros
Olhei atentamente, por um breve momento aquela linda moça notou
E então a olhei novamente, e ela também me olhou
Sem reação me sobrou um sorriso que foi docemente devolvido
Seguido de um oi, que de forma singela veio acompanhado de um oi por um sorriso ainda mais lindo...... que doce moça.....
O que fiz? Me tomei por uma timidez que não era minha
Virei meu rosto...
E voltei a observar aquele senhor tocando aquelas tão lindas músicas
Neste mesmo dia, tive um dia pesado, cheio de trabalho, desafios, demorei para conseguir um táxi, tive conversas difíceis, resolvi problemas
E normalmente eu teria me lembrado deste dia como sendo um dia difícil!
Me lembraria deste dia como sendo um dia que eu não gostaria que os outros fossem iguais...
Mas porque não me lembrar daquele senhor tocando violão ?
Porque não me lembrar daquele dia como sendo o dia do sorriso da moça?
Talvez tenham sido essas as recompensas por um dia difícil
Ou talvez uma doce lição de que o ruim, nunca é 100% ruim
Somos tão vulneráveis com as coisas ruins que acontecem
Somos sempre tão vulneráveis para aquilo que fazem de mal para nós
E nesse medo de se machucar
Ponderamos nossas decisões por algo que nos fizeram de mal
E poucas vezes por algo que nos fizeram de bem
E nessa vulnerabilidade humana, nos apegamos em defeitos
E menosprezamos virtudes, qualidades
Olhos clinicamente treinados para evitar dor
Mas pouco treinados para em gestos reconhecer o amor
Desejamos viver em um conto de fadas que não existe
Desejamos viver apenas a parte boa de um relacionamento
Abraçamos a saudade pelo tempo sem se ver
As risadas, os sorrisos
As partes boas
E fugimos da parte ruim
Menosprezamos a rotina em que se prova, e se estabelece um casal
Menosprezamos caminhos que já foram percorridos e sonhos que foram imaginados
Menosprezamos o perdão que já nos foi concedido
Menosprezamos quem perdoamos
Pois parece doloroso viver com as mágoas do passado, e tentar construir e consolidar um futuro
E nesta falta de fibra, nesta falta de impeto, verdadeiros casais se desfazem
E ai você procura em outro(a) o contrário daquilo que você não suportou e conseguiu prosseguir
E você só deseja a parte boa
Mas é ai que mora o perigo
O outro, ou a outra pessoa que você encontrou também!
E nisso são "amores" de semanas, o mais duradouro de alguns meses
De promessas vazias, e de possibilidades remotas
Acaba por "entregar" seu coração para qualquer um(a)
E nisso você sente falta de fibra, sente a falta daquele(a) que lutava
E então bate aquele desejo de voltar, acompanhado de uma confusão
De gestos e ações contraditórias
E você pelo efeito de uma dúzia de bebidas, drinks e conversas
Acaba por pensar em voltar para aquele ser porto seguro, voltar talvez para o verdadeiro amor
Consegue ver sinceridade naquele(a) que sempre foi mentiroso
Consegue ver sentimento naquele(a) que foi sempre tão egoísta
Aprende a dar valor na verdadeira atenção
Na mensagem respondida e correspondida
No desejo reciproco, na vontade de se estar perto
Na ausência de jogos, na ausência de orgulho....
Consegue ver o amor
Consegue ter os olhos que você nunca teve, e que reluta em ter
E você de sua forma tenta observar se aquele amor existe
E assim como observei aquela avenida como sendo uma tela, uma obra
Você então percebe que não está olhando mais para aquela tela viva, cheia de sentimento
Para aquele(a) que com pincéis e cores vivas queria desenhar e percorrer um longo caminho da vida única e exclusivamente do seu lado
Não está mais olhando para aquele alguém que tanto te queria
Para aquele(a) que tanto te desejava
A música que aquele senhor tocou, poderá ser tocadas outras vezes
Mas os sentimentos ao ouvi-la, não serão sempre iguais
Talvez, eu nunca mais veja aquela moça do lindo sorriso
Mas ao menos aprendi que a dura rotina pode nos trazer surpresas
E na "dor" podemos identificar o amor
Aprendi que corações batem em diferentes frequências
E que quando batem de forma diferente, mas simultaneamente uma bela tela pode ser pintada
E que por trás de um coração existe uma pessoa
Que erra, aprende, erra, aprende, tolera, perdoa, é perdoado(a), releva
E que com gestos como estes AMA
Uma pessoa que é como aquele senhor com o violão
Tenta executar a música da forma correta
Mas que um dia ou outro pode desafinar
Mas ainda assim ser capaz de TOCAR/LEVAR uma música.....
E aprendemos que viver com a diferença e a imperfeição revela o verdadeiro amor em que desafinar não é feio, e sim natural...
Pensar que foi só agora que fui capaz de entender essa música do Tom Jobim que sempre custei tanto a entender
"Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu"
"O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração"
Crie o hábito de encontrar-se com Jesus toda manhã, para não ter que encontrar com o mal ao longo do dia.
Quando escrever se tornar um hábito, e a forma de demonstrar os seus pensamentos sobre o mundo evoluir, deverás compartilhar suas ideias e sempre estar disposto a inovar premissas.
Temos o hábito
de dizer que entregaremos
nossas incertezas
nas mãos do Criador.
Mas, se a Vida é movimento,
devemos é pedir a Ele
Força e Coragem
para sairmos do lugar
e olharmos o problema
por outro ângulo.
A resposta pode estar
do outro lado.
Deus nos capacita,
mas a nós cabe dignificar
nossa existência!
10/12/2015
Tenha o hábito de construir sentimentos ao invés de apenas troca-los, muitas coisas só precisam de dedicação e se você ofertar isso desde o começo as chances de frustrações são bem menores. Aprenda com o passado uma lição a ser usada no presente que mudará seu futuro: reciclar sentimentos ajuda a preservar a natureza da alma!
Alguns de nós têm o triste hábito de avaliar as pessoas.
Mas, lembremo-nos...
Tomar decisões erradas não faz de você uma pessoa má!!!
Habito na solidão dos teus passos.
Habito nos teus silêncios.
Habito na tua alma vazia.
Habito na solidão do teu coração.
Habito no teu corpo, nas tuas emoções.
Habito em ti o tempo todo.
Habito suavemente…
Silencioso.
ja tornou-se especial e habito. chamar-te-ei carinhosamente de Mamor!
ja passou de sentimento. agora noto vida e esperaca... o verdadeiro dezejo da felicidade e alegria futuricia.
ja deixaste o lugar especil... vives em mim e, creio que em ti deixaste-me viver.
sim, ja...
como quem ja...
lamento dizer o contrario...
contuto te amo incondicionalmente!
so voce Vicky.
todos Nós temos o hábito Em dizer sou feliz do jeito que sou e me contento Com o tenho. Mas por de traz de tudo isso estão os sonhos. Isso é prova de que nao ha limite para o que se quer.
Não me pergunte se eu estou bem. Eu sempre vou dizer que sim. Já é habito. Além do mais que não faz diferença eu estar ou não bem. A vida vai continuar a mesma merda de sempre.
Somente quando compreender a verdade de que Deus habita o teu coração é que trocará o habito de ir a igreja para encontra-lo, pelo habito de ir a igreja para leva-lo aos que ainda não compreenderam isso.
Falta-me a loucura
Não forço a fechadura
Tenho medo...
Falta-me a loucura
Falta-me o hábito.
Gosto da última olhada,
Do barulho da chuva
Na pré-partida.
Continuo pregado
Movimentos não me motivam.
Prevejo uma laguna enferrujando...
Sem merecer,
Sem glórias pra viver.
Nem um passo
Nem covardia.
Insano...
Medito já sem voz,
Onde encontrarei,
Neste mundo algoz,
Um poema pra morar?