Hábito
FIM DE ANO – A MÁQUINA DO TEMPO
O passado é – fora de dúvida – um hábito considerado consistente. Tudo, no presente ou no futuro, tende a nos levar de volta ao passado. É preciso reagir, é necessário impedir que ele se torne perigosamente viscoso ou coagulado dentro de nosso ser. Do contrário, acabaremos carregando dentro de nós lápides compactas ou blocos de granito, cujo peso nos afastará de Deus e nos chumbará ao solo, impedindo-nos de avançar um milímetro sequer nos novos objetivos da vida, na luta incessante e inquietante por novas perspectivas.
É curiosa a problemática do tempo. O passado tendo sido, já não é mais, porém necessitamos do aprendizado que ele nos trouxe para servir-nos como ponto de referência para o futuro – evitando, assim, os erros, os atropelos, as mesmas armadilhas, os mesmos percalços, os mesmo atalhos – quando pensávamos que estávamos no caminho certo.
O passado, é óbvio, sempre nos servirá como fonte de informação, arquivo de nossa memória, fator de experiência. Ignorar essa evidência é sermos conduzidos a andar para trás ao invés de caminharmos para a frente.
O ser humano vive no tempo e do tempo, movendo-se, porque tem tempo e sendo movido pela noção do tempo do qual é feito. O tempo é um coágulo de eternidade lançado fora, folha arrancada da imensa árvore da vida, cujo verdor não cessa nunca. Essa folha carrega a marca de Deus, inscrição da providência divina.
Toda matéria tem saudade de Deus.
O Universo chora por Deus.
O Tempo clama por Deus.
Deus nos dá audiência e ao mundo através do Seu Filho, das profecias e do tempo. Estes são o Seu maior meio de comunicação e Ele se reporta à nós não só por meio destes, mas através destes... As ervas do caminho e os lírios do campo O compreenderam. Nós humanos, temos ouvidos mais rígidos. O Próximo, também nos dá notícias da presença de Deus. E o Próximo é aquele com quem divido a tarefa da construção de um mundo ou uma vida melhor! Só através dEle é que chego a ganhar-me em minha autonomia, identidade e diferenças... Ao postular a necessidade do “amor ao próximo”, nem por isso me exponho ao mundo de artérias abertas... Apenas edifico uma troca de aceitação das minhas oferendas, de permutas existenciais, de sensibilidades, afetos e gratidões.
Precisamos meditar nesse tempo que vai – Natal e Ano Novo – e se esvai através de nossos dedos como a areia fina do deserto. Um ser sem Deus é um ser sem futuro. Um ser sem futuro é a raiz da aflição humana. É viver literalmente à beira do abismo – o próximo passo pode não encontrar terra firme. Deus é nosso maior aliado neste “final dos tempos”. Ele é paciente, amigo, o viajante, o peregrino, o paladino de nossas causas, Senhor do Verbo. É a juventude do mundo, nossa tenaz, terna e eterna esperança.
Quão persuasiva e infinita paciência tem Deus para conosco recriando dia após dia, ano após ano, minuto após minuto – o surgimento de Seu Unigênito – nascendo e renascendo a cada Natal e Ano Novo, testemunhando com isso a teimosia da raça humana, através do egoísmo dos ricos – classes e nações -, guerras que espocam nos quatro cantos do mundo, a fome que se expande, a miséria que pulula, o sacrifício dos inocentes, crianças que nascem crucificadamente.
Que estes Natal e Ano Novo restituam a nossa memória, não apenas o nascimento de Cristo, mas seu significado: o Cristo da Palavra, da Pregação e do Milagre, pescador de peixe e de homens. O Cristo que morreu na cruz por nós, cuja morte nos ensinou que o sacrifício pelo amor vence o derradeiro lance e que é possível viver e morrer, para os outros e pelos outros.
Que a paz possa vir ao encontro de todos nós. Que sejamos, não apenas no Natal, representantes de Deus na defesa dos ofendidos, na inumerável legião dos pobres de matéria e de espírito, dos oprimidos, dos discriminados e vitimados por amor a Deus, à sua raça, a justiça, liberdade e a Paz.
Não sou muito de vinho tinto, mas esta é minha companhia esta noite, já que não tenho o hábito consumista de comprar bebidas.
Na real, queria um vinho branco, mas esta é minha companhia, 500 ml de vinho tinto...
Daqui a pouco ela vai caminhar
com seus passos rápidos e lentos
rápidos ou lentos
Uma janela vai se abrir, para o mundo lá de fora, este que aí está.
Poderia simplesmente abrir a porta e sair por onde entrei
mas prefiro ficar espiando desta janela, fico trancado no meu sótão.
Eu que tanto escrevia, estou há alguns dias sem fazê-lo
Sem a planta, a casa não se levanta
sem inspiração
será?
Mamãe beberrica seu vinho de vez em quando
bem pouquinho, pra não ficar com as pernas bambas.
Hoje tal vinho é minha companhia
talvez eu abuse de sua presença
talvez minha mãe tenha que comprar outro vinho
(já aproveito pra pedir um branco pra mim)
Depois, dias, rápido, lento, daqui a pouco...
O tempo soa tão estranho ultimamente
minha ilusão se desfez
minha crença foi por água abaixo
não pertenço ao tempo como ele é
vago por sua medida de um lado para outro
já não sei quando foi e quando será
Amanhã é tão distante
Amanhã é tão daqui a pouco...
Não grite comigo tenho o péssimo hábito de revidar.
Tenha vida própria!
Mas me faça sentir saudades, não muitas ao ponto de ser capaz de te esquecer.
Me conte sobre seu time, não seja preconceituoso.
Viaje antes de me conhecer.
Sofra antes de mim.
Acredite nas verdades que digo e perdoe as minhas omissões, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro.
Me deixe sozinha, só volte quando eu chamar.
Mas não me obedeça sempre, que também gosto de ser contrariada.
Seja mais forte que eu e menos ciumento, mas não deixe de ter!
Goste de tudo um pouco.
Não seja escravo das coisas, nem escravo meu. Seja meu amor e reinvente isso muitas vezes.
Faça uma loucura por mim.
Goste de música, goste de um esporte. Queira filhos e não me obrigue a nada. Quero te ver nervoso, inquieto, olhe pra outras, tenha amigos e saia com eles.
Eleja algumas contravenções, mas não me traia.
Tenha medo de me perder.
Ria, cante, converse sério comigo.
Me tire pra dançar, sempre!
Até cansar... E aí, me rapte!
tenho o estranho hábito
de comer maçã olhando o horizonte
esta insondável natureza
de degustar nuvens com os olhos
em insolência aristocrática
Essa louca vontade de ser amado que se esconde dentro de meu ser. Esse péssimo hábito de conquistar pessoas, se envolver e depois voluntariamente esquecer o ocorrido. O meu único argumento é a privação da não vivida afeição que nos impele para o objeto dos nossos desejos.
o hábito parece ser o grande vilão de nossas vidas.Não nos permite a admiração pelas coisas simples belas da vida, quanto mais das complexas. Ele diz: a tudo a gente se habitua. Mas,nada mais extraordinário que o planeta resoluto em si.
No meu hábito de correr na praça todos os dias, fico reparando nas pessoas que ali cruzam o meu caminho. Tento imaginar o que se passa na vida delas, e no que elas estejam pensando. Para alguns, nem seria necessário perguntar, a tristeza e desilusão são estampa da cara. Hoje, o alvo de minha reparação foi um senhor bem de idade, tinha ele por volta dos seus oitenta anos, creio eu. Enquanto eu percorria minha terceira ultrapassagem por ele, notei em como ele pacientemente caminhava na tentativa de se exercitar. Um olhar um pouco mais demorado me fez enxergar o seu semblante, um rosto sereno, e claro. Continuei a correr e a imaginar em tudo que aquele senhor já poderia ter vivido até aquele auge da vida, e pude concluir: seja lá o que se passar na minha vida, aos oitenta quero estar no mesmo lugar que ele, em uma praça tentando exercitar meu corpo cansado, porém, com uma alma leve. Nossos corpos são apenas roupas que usamos na vida terrena, mas a nossa alma é o que nós realmente somos, cuide bem da sua!
Crie o hábito de encontrar-se com Jesus toda manhã, para não ter que encontrar com o mal ao longo do dia.
Quando escrever se tornar um hábito, e a forma de demonstrar os seus pensamentos sobre o mundo evoluir, deverás compartilhar suas ideias e sempre estar disposto a inovar premissas.
Temos o hábito
de dizer que entregaremos
nossas incertezas
nas mãos do Criador.
Mas, se a Vida é movimento,
devemos é pedir a Ele
Força e Coragem
para sairmos do lugar
e olharmos o problema
por outro ângulo.
A resposta pode estar
do outro lado.
Deus nos capacita,
mas a nós cabe dignificar
nossa existência!
10/12/2015