Há pessoas que

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Há pessoas desagradáveis apesar das suas qualidades e outras encantadoras apesar dos seus defeitos.

Não há assuntos pouco interessantes; apenas há pessoas pouco interessadas.

Há pessoas que observam as regras de honra como se vêem as estrelas: de longe.

Há pessoas que a gente gostaria muito de largar, mas por quem não gostaria de ser largado.

Há pessoas que têm uma biblioteca como os eunucos um harém.

Há pessoas que têm tudo para serem felizes, exceto a felicidade.

Há pessoas que nunca se teriam apaixonado se nunca tivessem ouvido falar no amor.

Há pessoas que falam, falam, até encontrarem, finalmente, qualquer coisa para dizer.

Há pessoas tão cheias de si, que quando estão apaixonadas, acham maneira de se ocupar da sua paixão sem fazerem caso da pessoa a quem amam.

Há pessoas tão aborrecidas que nos fazem perder um dia inteiro em cinco minutos.

Há pessoas más que seriam menos perigosas se não tivessem nenhuma bondade.

Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.

Há pessoas que amam o poder, e outras que têm o poder de amar.

Às vezes nem me preocupo tanto comigo... Mas há pessoas que amo e não quero vê-las sofrer.

Há pessoas que nos roubam...
Há pessoas que nos devolvem.

Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade.

Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol.

Há pessoas silenciosas que são muito mais interessantes que os melhores oradores.

Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto (…) elas nos surpreendem e nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando de penhascos. Outras, ao contrário, nos fazem pesados e graves. Pés fincados no chão, sem leveza, incapazes de passos de dança. Quanto mais a gente convive com elas mais pesados ficamos.