Ha como eu Queria q ela Soubesse

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Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje.

Viver é ser outro. Nem sentir é possível se hoje se sente como ontem se sentiu: sentir hoje o mesmo que ontem não é sentir - é lembrar hoje o que se sentiu ontem, ser hoje o cadáver vivo do que ontem foi a vida perdida.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 101p.

O coração da mulher, como muitos instrumentos, depende de quem o toca.

Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam.

Amo o público, mas não o admiro. Como indivíduos, sim. Mas, como multidão, não passa de um monstro sem cabeça.

A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.

Virginia Woolf
WOOLF, V., Orlando, Nova Fronteira

Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal.

O casamento é como enfiar a mão num saco de serpentes na esperança de apanhar uma enguia.

A amizade é como os títulos honoríficos: quanto mais velha, mais preciosa.

Poeminha Sentimental

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras.

O amor é como fogo: para que dure é preciso alimentá-lo.

O homem é definido como um ser que evolui, como o animal é imaturo por excelência.

Os homens que procuram a felicidade são como os embriagados que não conseguem encontrar a própria casa, apesar de saberem que a têm.

Despreza-se um homem que tem ciúmes da mulher, porque isso é testemunho de que ele não ama como deve ser, e de que tem má opinião de si próprio ou dela.

O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado.

Albert Einstein
Como vejo o mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

Nota: Trecho adaptado de "Como vejo o mundo".

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No ano passado...

Já repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...Tudo sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraodinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas. Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:

"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".

Ótimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...

Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado.
Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.

As juras mais fortes consomem-se no fogo da paixão como a mais simples palha.

A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão.

A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.