Ha como eu Queria q ela Soubesse
Não nos podemos perder de nós mesmos quando amamos alguém. É como perdermos a direção da vida e haurirmos um ar letífero.
Vou deixar este assunto que te aflinge a alma
para deixar-te calma
como pluma que flutua em direçaõ a lua.
Poesia na Escola Pública: Livro “Folheto de Versos”
De como a USP-Universidade de São Paulo, com um Projeto de Culturas Juvenis sob a Coordenação da Professsora-Doutora Mônica do Amaral, trabalhou Poesia e Folclore do Cangaço em Sala de Aula, Rendendo um belo Livreto de Alunos Produzido Pela Mestranda Maíra Ferreira e Colegas.
“Perdi minha origem
E não quero voltar a encontrá-la
Eu me sinto em casa
Cada vez que o desconhecido me rodeia(...)”
Wanderlust, Bjork (Cantora Islandesa)
Com a suspeita midiática culpabilização dos Professores de Escola Pública pela falência da Educação Pública como um todo, o que engloba na verdade suspeitas políticas neoliberais de sucateamento de serviços públicos em nome de um estado mínimo (e no flanco o quinto poder aumentando os índices de criminalidade além da impunidade já generalizada em todos os níveis), quando uma universidade de porte como a USP vai até onde o povo está, no caso, uma comunidade carente da periferia de São Paulo, trabalhando com o corpo discente da EMEF José de Alcântara Machado Filho, fica evidente aquela máxima poética de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Intervenções em salas de aula, leituras trabalhadas, declamações com suporte afetivo, oficinas de palavras e rimas, trocas, somas, cadências didático-pedagógica num contexto de criação a partir da ótica de um humanismo de resultados, e assim, a Mestranda Maira Ferreira e colegas acadêmicas e mesmo profissionais da escola, e, quando se viu, pronto, estava semeada a leitura, estava plantado o verbo criar no assento poético, e, os manos sim, os manos, as minas, mandaram bem: saiu a produção “Folheto de Versos” como arte final do projeto de ótimo alcance literal e humanizador que é que vale a melhor pedagogia no exemplo.
Sou a favor das chamadas antologias, em que alguém visionário e generoso se propõe a bancar autores novos, temas específicos, tentando juntar turmas, abranger variadas óticas, fomentando a divulgação lítero-cultural de anônimos criadores desses brasis gerais, em nome da poesia porque assim a emoção sobrevive, a arte se torna libertação, e, falando sério, enquanto houver arte ainda há de haver esperança, parafraseando um rock moderno aí.
A escola pública carente, a escola sem estrutura técnico-administrativo funcional, os professores mal-remunerados, e, um conjunto de profissionais de educação segurando a barra pesada do que é mesmo a docência, então, uma luz no fim de tudo apresenta jovens acadêmicos potencializando intervenções em classes. É o caso da Sétima Série (2007), Oitava Série (2008) da EMEF José de Alcântara Machado Filho, que rendeu o livreto – que bonitamente lembra edições de cordel – chamado Folheto de Versos. Resistir na arte é uma criação histórica que tende a mudar planos de vôos, para os alunos carentes. A periferia agoniza mas cria.
Com um enxuto projeto gráfico da Comunicação e Midia-FEUSP, a arte letral composta no Projeto “Culturas Juvenis X Cultura Escolar: Como Repensar as Noções de Tradição e Autoridade no âmbito da Educação (2006/2008, Programa Melhoria do Ensino Público), a Mestranda Maira Ferreira e a Bolsista Técnica Pátria Rabaca foram a campo. Foram a luta. Levaram a universidade ao seio da escola pública, a sala de aula. Daí a aula fez-se verso, o verso lembrou hip hop ou mesmo RAP (Ritmo e Poesia), o verbo poetar virou verbo exercitado, da poesia fez-se o humanismo de abrir espaços, quando e viu, Saravá Baden Powel, a voz da periferia soou suas lágrimas com rimas e contações de realidades escolares.
Trinta e duas páginas de produção poética de alunos. “Chegando em casa, pensei bem/Vou fazer este cordel/Resumir nossa conversa/De maneira bem fiel/Pros alunos do Alcântara/Acompanharem no papel(...) (Pg. 3 Maira Ferreira). Estava dado o mote. Sinais e parecenças. E daí seguiu-se o rumo: Escravidão – Nós Somos Contra o Preconceito (Emerson, Stéffani, Adriely, Paloma), Depois Diogo, Bruno, Roberta in “Sou Afro/Sou Brasileiro/Sou Negro de coração(...)”. Ensinar, passa por ensinar a pensar. Pensar leva ao criar. Criar é colocar amarguras e iluminuras no varal das historicidade e chocar dívidas sociais impagas desde um primeiro de abril aí.
Nesse rocambole de idéias, os achados do projeto: alunos devidamente trabalhados, estimulados, compreendidos, sabem exercitar a sensibilidade muito além de suas rebeldias às vezes com as vezes sem causas.
E daí descambou a criação, acrósticos, versos brancos, rimas e rumos, citações (Rap é compromisso), até liberdades poéticas (O Cangaço e o Bope), rascunhos, resumos, xérox de despojos criacionais em salas de aula, despojos e, quem mesmo que disse que aula tem que ser chata, que sala de aula tem que ser cela de aula? Pois é. FOLHETO DE VERSOS é um achado como documento de um momento, um tempo, um espaço, um lugar, uma comunidade.
Dá identidade a quem precisa. Dá voz a quem se sente excluído. Imagine um país sem divisas sociais. E a emoção de um aluno simples, humilde, podendo colocar no papel – e ver-se impresso – como se no quarador das impossibilidades pudesse tentar reverter o quadro de excluído das estatísticas de dígitos estilo Daslu, para se incluir (certa inclusão social na criação de arte popular, literária) porque lhe foi dado palco e vez, palanque educacional e espírito criativo aguçado pelas sóbrias intervenções, debates cívicos, críticas dialogadas, esparramos de idéia, mas, antes e acima de tudo e sobre todas as coisas, o aluno tendo vez e voz-identidade num livreto que, sim, pode ser a página de rosto de sua existência, colorir o livro de sua vida, fazendo dele um cidadão que quer soltar a voz (precisa e deve soltar); botar a boca no trombone, dizer a que veio, e, sim, se a escola ainda é de certa forma uma escada, quando a sua criação impressa é um documento de identidade de cidadão enquanto ser e enquanto humano. Já pensou que demais?
O canto dos oprimidos.
“Fizemos essa letra com força de vontade/Só queremos expressar um pouco da realidade”(...), in Realidade Não Fantasia (Cesário, Diógenes e Gabriel).
Quando o sol bater na janela de sua esperança, repara e vê “Folheto de Versos” resgata e registra poemas de jovens querendo libertações, porque além de “ser jovem” ser a melhor rebeldia deles, há corações em mentes querendo mais do que ritmo e poesia.
A dor dessa gente sai no jornal e os seus cantares joviais oxigenam perspectivas, arejam possibilidades.
“Uma aurora a cada dia” diz a Canção do Estudante do Milton Nascimento.
Há coisa mais bonita do que o sonho?
-0-
Poeta Prof. Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.bnr
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
(Texto da Série: Resenhas, Críticas e Documentos de Lutas e Sonhos)
Blogues: www.portas-lapsos.zip.net
ou
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
AMOR COM LIBERDE
existia um homem que possuía muitos pássaros.
Como vivia só, esses animais eram como filhos.
Gostava de todos, mas, havia um,que lhe era especial.
Se tratava de um velho canário belga, que ganhara do pai. O pequenino pássaro, fora o primeiro de sua coleção
e durante longo tempo, sua única companhia.
Mas um dia , sem motivo, o passarinho, apareceu doente. De olhar melancólico nunca mais cantara, queria novamente a sua liberdade.
Perceber e aceitar esse desejo eram coisas que não entravam na cabeça do seu dono.
A atitude do companheiro parecia ingratidão.
Sempre lhe tratara bem.
Nunca lhe deixara faltar alimento e amor.
No entanto, agora essa! " Não vou soltá-lo" ! Concluiu. Algum tempo passou, e o animal foi definhando
cada vez mais.
Sua morte parecia iminente.
Não tendo outra escolha o velho homem deixou
a gaiola aberta.
O canário com dificuldade andou até a portinhola, permaneceu algum tempo hesitante entre ficar e partir, mas, acabou decidindo pela segunda opção.
Aquele foi um longo dia; solitário e triste...
Na manhã seguinte, o bom homem acordou
com um canto idêntico ao do pássaro que partira.
Abrindo apressadamente a janela deparou-se com o amigo que cantava como nunca havia cantado.
Essas visitas se repetiram ainda durante vários anos. Com as pessoas acontece da mesma forma.
Amor não combina com algemas e prisões.
Quem ama deixa sempre às passagens abertas à espera que o amor verdadeiro possa se manifestar.
Diga-lhes que vou feliz com Jesus, e como um pai em Cristo, exorto todos a receberem a graça de Deus, que quer operar mais santidade e humildade, para que possam receber os dons do Espírito Santo. Somente desta maneira a Igreja de Deus poderá estar preparada para a vinda de Jesus.
Algum dia
Ninguém nunca te disse
Como ser tão imperfeito
Você tem tão pouca chance
De alcançar o seu destino
É fácil fazer parte
De um mundo tão pequeno
Onde amigos invisíveis
Nunca ligam outra vez
Talvez até porque
Ninguém ligue pra você
Se você quer
Que eu feche os olhos
Pra alguém que foi viver
Algum dia lá fora
E nesse dia
Se o mundo acabar
Não vou ligar
Pra aquilo que eu não fiz
Faz muito pouco tempo
Aprendi a aceitar
Quem é dono da verdade
Não é dono de ninguém
Só não se esqueça que atrás
Do veneno das palavras
Sobra só o desespero
De ver tudo mudar
Talvez até porque
Ninguém mude por você
Olha amor, vê como eles mergulham fundo e vão mais longe pra te ver. Só trago comigo a certeza de que o tempo sempre muda, os ventos sempre transitam e um dia desses você vai ter que voltar. Vai cair em si e ver que a sua próxima terra firme já é um território meu. Mas até lá o amor já terá me dado tantos caldos que eu estarei te esperando, exausto, com o pé na beirinha d’água, jogando pedrinhas que nem ferem mais o mar.
O Direito tem como Premissa maior à busca incessante do conhecimento e da verdade, utilizando-se da hermenêutica para encontrar na Lei e nos costumes da sociedade, as soluções para os conflitos da humanidade, proporcionando aos homens sabedoria e paz social. Vincula-se, a título de justificativa a essa busca frenética pelo conhecimento, uma aplicação mais justa e equilibrada da Lei e do Direito.
A Infidelidade é como apanhar o seu sócio roubando dinheiro do caixa.
No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.
Não confio em produto local. Sempre que viajo levo meu uísque e minha mulher.
Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino.
Y - Letra que devia ser abolida, como fizeram com o K e o W (ou não fizeram?) e escrever logo tudo com i.
Analfabetismo - Ninguém precisa aprender a ler para trabalhar na enxada. - Não precisamos de escolas: precisamos de médicos. - Mas a ignorância é responsável pela doença e a miséria! - Saem da escola e na roça esquecem o que aprenderam. - Não querem mais voltar para a lavoura.
Querer ser livre.
Ter como direito ser livre.
Libertar-se de... sei lá o quê.
[ou quem]
Sair sem hora pra voltar,
Sem hora pra voltar a sair.
Eu volto em casa quando tudo melhorar,
Quando tudo tiver um sentido,
Quando a alma puder voar
E quem sabe ir pra qualquer lugar.
Procurar carinho.
Calma.
Abrigo.
Poder admirar o sol,
Ou o vento levando as nuvens.
Atravessar a cidade, ou mais.
Olhar com os olhos de uma criança,
Onde tudo é [parece] tão belo.
Chegar mais tarde sei lá aonde.
[mas que seja bem longe]
Tentar entender porque as coisas são como são,
[embora não encontrarei as respostas]
Molhar o cabelo na chuva,
Sujar a barra da calça no chão úmido...
Passar horas colhendo folhas,
Do outono tom sépia,
E guarda-las como lembranças...
[sei lá do quê, ou de quem, não importa]
E quando tiver que voltar...
Se a saudade bater,
Também eu vou bater à porta
Voltando pelo mesmo caminho,
Mesmo que só pra dizer:
Eu estava certa,
Tudo podemos,
Se molhar na chuva em pleno verão,
Driblar a solidão
Como as águas driblam as pedras
Ser livres,
Sonhar,
Ir tão longe,
Até mesmo voar...
Amigo,
Como você mudou; antes você não sabia passar uma data especial que não me esquecia.
Como você mudou; antes você me falava que jamais ia deixar de me lembrar.
Como você mudou; antes nós éramos cúmplices do mais simples que acontecia conosco.
Como você mudou; antes você me mandava mensagens de bom dia, boa noite ou frases "prontas", mas especiais.
E agora? O que será que aconteceu?
Será que aquilo tudo se perdeu?
Fiz algo que não devia?
Ou será que cansastes de eu?
Saiba que no mais profundo do meu ser jamais vou te esquecer.
Passe o tempo que passar, ande por onde andar você comigo sempre permanecerá.
Pode ter sido que pra você nosso encontro tenha sido "encontro de balcão".
Pra eu nosso encontro foi mais importante que o "Big Bang", a grande explosão.
Amiga.
Anjo mestiço
Mestiço!
Que aqui se põe.
Assim como o sol poente brilha
Brilha também a estrela da alva
Que de tanto esperar
Fez da minha cabeça calva.
Aproxima-se de mim anjo
E faremos um anjo
Que seja um anjo mestiço.
Sei que não sou anjo mestiço
Sei que sou apenas mortal
Imortal me repudia, não é?
Não faz ma! que tal?
Onde está meu presente de natal?
O que farei no próximo?
Talvez sejas mestiço
Se eu fizer um feítiço.
Ou anjo mago
Com um tom amargo na alma.
O que nasceria de uma mestiçagem?
Entre um anjo e uma rosa negra?
Acho... Uma linda história de amor.
Mesmo que não se importe com quem és!
É apenas o fruto que desejo.
tento matar minha dor.
Se o tempo paresse...
Se você quiser me amar...
Escolha um tempo.Dou-lhe um tempo.
Assim quem sabe
Quando me amar, resolve,
A batería acabe, e o tempo pare...
Como me sentiria com a tua ausência?
Desesperada penso em você sem indagar uma só palavra. Não quero expor ao meu limite trazendo a insensatez dos meus sentimentos para assim tranqüilizar a minha alma sentida.
Talvez pensando em você, talvez pensando em nós dois, reagiria e mostraria ao mundo que não existe diferenças para assim um amor poder viver tranqüilo.
Assim é a maneira que vivemos, tentamos traduzir o que sentimos, suavizamos a ânsia e o desespero de se encontrar.
Sei que preciso deixar você, e tocar minha vida,assim como um violeiro sem viola,pretendo seguir..Mas em mim näo existe a coragem de dizer o que realmente sinto, a mim näo me passa um só detalhe, parece que quanto mas,ensaio o adeus, mas proxima de ti fico, quanto mas tento fugir mas você me atrai,como se fosse um imä,um raio cortando os céus,eu sei que preciso ir, necessito deixar você assim só,
Mas eu näo estou conseguindo dizer adeus a esse amor que foi seu...