Ha como eu Queria q ela Soubesse

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.

Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.

No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.

Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade.

Livros e flores

Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?

O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.

Neste mundo, há apenas duas tragédias: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, e a outra a de os satisfazermos.

No fundo de cada alma há tesouros escondidos que somente o amor permite descobrir.

Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.

Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.

Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido.

Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante.

Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros.

Onde não há igualdade, a amizade não perdura.

Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis.

Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta.

Há uma inocência na admiração: é a daquele a quem ainda não passou pela cabeça que também ele poderia um dia ser admirado.

A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.

Quando, na vida, uma porta se fecha para nós, há sempre outra que nos abre. Em geral, porém, olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada, que não nos apercebemos da outra que se abriu.