Grito de Protesto
Deus criou a arte, óh artista da arte, eu quero ser ao Senhor um grito ecoante, adorador e enaltecedor que é: EEUU TE AMOOOOOO.
Quando estiver triste solte um grito de guerra do seu desenho infantil preferido, conectar-se com a sua criança interior aumenta sua energia psicológica.
Então segura meu Kamehameha!
GRITO DE PRAZER ...
Vem do âmago, razão, esse suspiro entusiasta
gemendo agrado, o afago, só assim eu serei
um gesto de total euforia que leva e arrasta
a sensações, aos benditos de abençoada grei
Estar nessa graça, fado, nesse espírito de casta
dum sentimento enamorado, de carícia, eu sei
como é bom e faz d’alma leve, e emoção vasta
quem há que negue? Sinaliza-me e eu não irei!
Clemente destino o meu, que ao desejo trouxe
na vívida luz deste afeto, essa prenda tão doce
à minha paixão, eterna, ao meu carinho maior
Neste grito de prazer, dou, ebulindo em nós
um instante de encontro e vínculo, tão feroz
vociferando satisfação neste amado amor... ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/04/2021, 13’55” – Araguari, MG
VERBO POETA
Poeta, conjugação, expressão do amor
Das entranhas, frações de alma e grito
Escrito em sensações, o diverso infinito
Aflito, calmo, és da palavra manejador
Poetar, o poeta, frasear, variante flexão
Em cada canto, o teu canto é irrestrito
Largo, plural, tão singular, bela oração
O verbo poeta, muito além do espírito
Antes de modo, tempo, pessoa: a ação
Segue a ordem do coração, e profundo
O dialeto da emoção, da ilusão secreta
E, o que seria da poesia neste mundo?
De qual verbo seria o poeta a poetar...
Do amar, sonhar ou puramente poeta...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 setembro/2021, 11’:10” – Araguari, MG
A um grito que ecoa nas matas
Um grito da existência ameaçada
Pela maldade da ganância
Que dizima vidas preciosas do equilíbrio do ecossistema sistema
São os indígenas caçados desde o falso descobrimento até hoje são vitimados pelo descaso de uma justiça cega
São as espécies vivas e raras da Flora e da fauna
Desprotegidos arrancados pela avarenta ganância de quem não tem alma
É vidas de homens e crianças das tribos que resistem a ignorância
Ouçam é um grito de socorro
Pois as espécies extintas se calaram por que já não existem
As límpidas águas dos rios estão condenadas
As árvores centenárias que restam já se despedem estão sendo derrubadas
Não haverá no futuro nenhuma folha de verde ou mata se a ganância não for punida e parada
Como será o futuro do ecossistema se a vida do planeta está sendo destruída...
Um grito
Ventania no Cerrado
Chia o vento no cerrado seco
Num grito fugaz de melancolia
Zumbindo a sequidão num eco
Nos tortos galhos em poesia
Este vento que traz solidão
E também traz especiaria
Dando aroma a esta emoção
E combustão a esta ventania
Calado pelo canto da seriema
Que com o sertão tem parceria
Choraminga o cerrado em poema
Das folhas secas em sua correria
Desenhando no vasto céu dilema
Do rústico e o belo em poesia
Musicando a natureza suprema
Da diversidade em sua agonia
(Vai o vento em sua romaria.)
Luciano Spagnol
A angústia morde os lábios
O corpo chora as agonias
Tentando cuspir arrelias
Num grito com ressábios
Grito (do cerrado)
Corações cerrados
devaneados
no chão vivido
torto, ressequido
árido
e empoeirado.
Que crasta
arrasta
queima
sem dilema...
Pari alarido
sofrido
num socorro
caldorro
de miseração,
num grito a destruição...
Chora o cerrado
devastado.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano
O grito
A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/08/2012, 18’58”
Cerrado goiano
ESTIAGEM NUM SONETO
Eu grito por chuva, intensa e forte
pra encharcar o cerrado ressequido
tão sofrido, que clama num alarido
por gota d'Água, num altivo porte
Eu vozeio pelo vento desmedido
soprando humidade num suporte
pra este chão carente e sem sorte
chovendo vida, e o vivo permitido
Também a natureza uiva de morte
aos céus, que acabe o sofrer infindo
tombando a chuva sem ter recorte
O sol regente do sertão, intervindo
se faz ufano, intenso, num aporte...
E a chuva, ah! Essa, não vai caindo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Suspiro um vago grito mudo
mudo para tons de verde seco
seco ao sol est'água ardente
aguardente que bebo dum trago
Trago comigo um estômago farto
farto de sentir este cheiro
cheiro novamente o velho cravo
cravo as unhas no cimento
Cimento ideias dispersas em fumo
fumo um cigarro no silêncio
silencio vozes no caminho
caminho vazias as ruas do reino
Reino tudo num brinco
brinco às palavras neste espeto
espeto tudo bem fundo
fundo amarguras em desejo
Desejo alcançar o brilho
brilho entre períodos de sufoco
sufoco sentidos virados a Este
este é o meu ponto num conto
Conto lentamente as pedras do rio
rio às gargalhadas num suspiro
Suspiro um vago grito mudo
Que sinfonia é essa?
Ó voz que não cala
Palavras distorcidas
Grito no silêncio
Desapego
Por quê ainda
não acontece?
Teimosia...
Desalento...
Vai deixe eu passar
Não me arraste
para esse saltério.
O tempo passa
Não vês que não
quero essa Relíquia
Às vezes é preciso soltar o grito e acordar a criança que existe dentro de nós, é preciso brincar, divertir e sorrir. Isso nos faz sentir mais leve, revigorada e feliz!