Grito de Protesto
Minha poesia não é neutra e muito menos silenciosa, minha poesia é o grito de muita coisa que calei.
Olhos falam mas não escutam
Olhos falam mas não escutam
Se escutassem tu saberias
Que grito ‘te amo’ ao te encarar
Tu me olhas e desvias o olhar
Olhos falam mas não escutam
Talvez deduzam pelo prolongar
E por isso desvias-me o olhar
Tu não me amas de volta…
Olhos falam mas não escutam
Ao menos os teus não querem me escutar…
A urgência da paz é muitas vezes consequência no grito do desalento, uma invocação de socorro pelo silêncio externo, quando todas as vozes invadem o nosso ser. Uma falta, veja só, de habitar em nós.
Há quem sonha acordado. Há quem fala dormindo. Há desespero no grito calado. Sempre há beleza na face que chora sorrindo. Há quem não sabe amar mas quer ser amado. Há quem ama e está sozinho, jogado de lado. Há por entre as ruas, andando despercebido, alguns anjos sem asas. Há momentos em que a gente se sente um estranho vivendo dentro da própria casa. Há momentos em que a gente anda,anda e não sai do lugar. Há quem passa a vida inteira correndo mas está sempre atrasado. Há pessoas que estão sempre presentes na vida daqueles que amam mas acabam não sendo notadas por que há pessoas que preferem viver no passado. Há quem agradece pelo pouco que tem e é feliz por qualquer motivo. Há quem tem de tudo e mesmo assim parece que não quer estar vivo. Há quem humildemente se sujeita a andar por entre espinhos para alcançar o tão desejado perdão. Há quem se sente sozinho em meio a multidão. Há quem tem medo de se entregar de coração depois de tanto sofrer. Há quem se entrega sem medo, sem se arrepender ... Há quem vai sem olhar para trás. Há quem vem em nome da paz. Há quem deixa tudo para trás procurando uma nova vida. Há tanta sabedoria dentro da alma antiga... Há sempre tantas feridas... Há ultimamente tantas porradas e poucas palavras amigas. Há quem leva um pedaço da gente quando vai embora. Há tantas lágrimas aqui dentro. Há tanta dor lá fora. E agora!? E agora!?... O que há?!? o que há?!?...
Não economizo amor, invisto. Não engulo amor, respiro. Não grito amor, silencio. Não guardo amor, demonstro. Não divido amor, unifico. Não nego amor, declaro. Não desprezo amor, abrigo. Não verbalizo amor, pratico. Não subtraio amor, multiplico. Não prendo amor, liberto. Não julgo amor, aceito. Não torturo amor, sinto. Não soletro amor, poetizo. Não espero amor, faço. Não cobro amor, eu amo.
(...)E nesse caminho de frieza e espanto Eu luto,sangro,caio,levanto, grito,enlouqueço,perco-me, erro,minto... Caio novamente...e com muito esforço eu me arrasto - E quanto mais de ti eu me afasto ainda mais perto eu me sinto!...
#ANSIEDADE
Quero lançar um grito desumano...
Um grito em que acredito...
Não quero perder a razão no meu brilho...
Por que a minha vida é apenas isto ?
Ergo o meu olhar para o infinito...
Busco a luz que me conduz...
Sublime espírito inquieto...
Os meus sonhos não tem dia...
Não tem horas...
No instante de um impulso...
Quero-os agora...
Lá fora a noite se faz...
E o louco que me resta...
Em pura verdade jamais me impeça...
Em ter paz.
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
"Quando um grito de descontentamento por um ciclo social arraigado de uma contundente manobra de escravidão, conota se loucura, é que a própria sociedade quebrou as grades da psique e adentrou ao inferno."
Giovane Silva Santos
"Se do lado de cá o grito não alcança socorro do outro lado, deveras o vento não sopra, mas o curso das águas continuam, poucos atravessarão para as margens da sã consciência e pouco ou nada poderemos fazer, nadar e viver."
Giovane Silva Santos
'Qual a régua da sociedade, em afastar o anseio do grito, trocar o real pelo mito, o que faz uma voz covarde, religião, ciência, tecnologia, o dinheiro e sua primazia, fere e vida não mais passa a ser leal, a covardia passa a ser autoridade, é proibido gritar liberdade.'
Giovane Silva Santos
Em qualquer situação o feedback à sua ausência existe, pelo silêncio ou pelo grito de socorro. No segundo caso a ação é em vão.
tem um grito entalado na minha garganta
Uma voz que súplica liberdade
Quer se espalhar pelo ar com toda intensidade
Capaz de te encontrar até em Marte
Pra te dizer: sinto tanta saudades
Um nome que começa com V
A que eu amo de verdade
E que perdi por ser tão covarde
O grito e a pedra
A pedra ouviu o grito ressoar
Mas a pedra insensível
Continuou em seu lugar!
A pedra sentiu o grito estremecer
Mas ela endurecida
Preferiu não se comover!
A pedra ouviu o grito chorar
Mas ela indiferente,
Preferiu ver a lágrima rolar!
Pedra insensível
Pedra sem amor
Pedra gelada
Pedra sem calor!
A pedra simplesmente
Devolve o grito!
Que chama
Que chora
Porque ama!
Que reclama
Que ora
E que clama!
A pedra simplesmente
Devolve o grito
Através do eco.
Um ladrão é corajoso até colocar os pés no terreno alheio, então, ao ouvir um grito treme as cadeiras e é pernas pra que ti quero.
Marcas
no grito do silêncio desabafa a dor no percorrer as emoções que já são, mas ainda virão
sentimentos deste peito meu e morada sua
antes o inospito o converteste em lugar habitável e o adorna com suas doces mãos
ainda que seu olhar as vezes me fuja tremendo de medo de morrer na entrega
não podes negar aquilo que carrega sua alma
contemplo-te
contempla-te
não és a Poesia que não pode dar voz ao proprio verso, que não sangra, visceralmente
leio-te
leia-me
sangra aqui nesta boca que te beija, beberei cada gota, não se baste ser em mim somente em palavras
sopra sobre mim tuas tempestades, lambe essas chamas que te ardem, reduz-me a cinzas, não se baste ser em mim somente em emoções
dança ao meu redor, rasga-me a carne que devora-te; e penetra-me a alma, não se baste ser em mim somente em sentimentos
deixa que gatos miem
cães ladrem e lobos uivem
é a loucura da noite
o desvirtuar do sagrado
a conversão do profano
o arder das almas proibidas que se erguem no desejo das suas entranhas, o borbulhar fervente de suas visceras
o colo suave, uma canção
tuas marcas em mim
para a eternidade..
"Um novo cenário".
Grito no silêncio mais profundo, aquela vontade estagnada, aquela força calada, oh amado meu, que me impulsiona, que tira me da lona, reviravolta, realça, prepara, gira esse leme, permita que eu reme, aquece as turbinas da fé esperançosa, desata as vias embaraçosas, refrigera nos barulhos da chuva, nos raios estelar, tic tac, aves, canário e pássaros, desenvolva novo cenário, edifique os laços, um dia caído malandro e otário, zombado e ferido, oh amado querido, neste filho faça, suplico na vida, da vida minha um novo cenário.
Giovane Silva Santos