Grito de Protesto
Diário de um lúcido louco
Raiva, por que sinto raiva?
Se solto algum som, grito!
Se ouso calar-me, grito!
Grito!
Para mim e para os outros:
Grito!
Apenas o que faço:
Grito!
não lembro quando foi que me
transformei em silêncio.
só sei que agora eu grito muito
alto daqui de dentro desse ser
soturno e ninguém me ouve
Hoje grito os 400 mitos que se foram
Os mitos desfarçaram-se novamente
Logo estarão dançando e festejando sua demência
Não há doença quando o festejo é coletivo
Serão eles/elas hoje arrependidos
Queriam ver o sangue daqueles que não o deles escorrer
No sentimento do ódio a loucura reviveu e tomou corpos
Os doentes e viciados, eles afogados nos seus dentes podres, atormentados, amordaçados e desprezados
Eles/elas gritam o seu ódio por viver
No mundo formado por um invejoso, seria óbvio fazer do outro o invejador
Assim dançam, festejam, bebem o sangue imundo do poder
Eles/elas vivem uma eterna romantização dos braços, beijos e afago que eles/elas afogam por querer
Vai ecoar o meu grito
Para além do infinito
E você vai ouvir
É, e você vai ouvir
Histórias de garotinhas
Numa nova versão
Sem castelo de ilusão
A População mundial se em guerra, jamais deve tomar o grito de "cada um por sí", as pessoas vão precisar se unir mais ainda.
do que adianta
se quando eu tento
me calam
quando eu grito
não me escutam
então do que adianta tentar
em um mundo onde isso só vai
me afundar
[…] de tão sonoro o grito, quanto os verdadeiros prantos do universo ao seu redor, fazem daqueles que amamos, transpirar com a nossa presença.
APELOS
Lamento
Além no infinito
Sufocas teu grito
Caminhas aflito
Em densa montanha.
A cada esbarro
Te prendes no sarro
Enquanto um escarro
Enfim te acompanha.
A noite é assim
Um eco sem fim
Alguém que diz sim
Depois se esquece.
O cantinho escuro
Sem jeito, inseguro.
Um beijo obscuro
Alguém que padece
A vida se aplica
Na voz que replica
E se multiplica
Em outros prazeres.
A noite esfria
O tempo vigia
A vida de orgia
Aumenta os seres.
A cada momento
Um vago lamento
Perdido ao vento
Fumaça se esvai.
Sem queixas, sem luta.
Na dor que oculta
Nessa força bruta
Um corpo que cai.
Não quero dinheiro
Eu quero amor sincero
Isto é que eu espero
Grito ao mundo inteiro
Não quero dinheiro
Eu só quero amar
No Grito!
Escutei um grito ecoando como se estivesse sendo espalhado no meio de um vale de montanhas,
Escutei um grito, ele passou pelo meu corpo todo devastando tudo e imundou a minha mente,
Então, uma chuva torrencial caiu sobre mim, com o olhar firme de um lobo solitário suportei olhando para o oceano a frente sem uma gota derramar,
Agora, sinto a esperança crescendo em mim, depois de esmagar a dura realidade conquistada no grito.
Eu escrevo porque acho que tenho muito a dizer, mas ouve quem quer. Eu grito só com as palavras, gritar com as pessoas é perda de tempo.
Ouviram o grito de liberdade, não mais das margens do Ipiranga, mas de corações verde amarelo.
Um brado retumbante marcado pela esperança em ver a pátria amada livre em todo instante.
O céu azul, as matas verdes, as riqueza desta nação na voz da liberdade de expressão.
Guardada pelo braço forte de cada cidadão.