Grito de Protesto

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Nenhum grito ressoa mais que o do silêncio.

E como num grito de desespero, eu despertei para dentro de mim. Num mergulho sem fim, incalculável e sem volta. Que assombra e que me solta, diante do mundo.
Pro fundo.
Profundo.
Pra dentro de mim, um pássaro que voa e ecoa numa lagoa e se ensaboa dos mais lindos sentimentos: amor, carinho e um pouco de desespero.
Sorrateiro, que chega na madrugada sem pedir licença, e invadi minha mente que mente para mim mesma.
Que tá tudo bem.
Que nada mudou.
Que tudo mudou.
Que algo mudou.
E eu me encaixo dentro do laço do desconhecido, do não saber do meu destino, do que a vida me guarda, e o que me aguarda. Sigo confiante diante da corda bamba que me foi colocada sem permissão. De ante-mão, seguro meu coração, fazendo pressão contra o meu peito. Que grita assustado, mas que ri disfarçando o dia inteiro.
E assim eu vou, para frente, para trás. Evoluindo e aprendendo, nesse jogo da vida ninguém sai vivo, quem ganha é o nosso espírito. Evoluído e sorrindo, diante do que nos for imposto, por algo que desconhecido, e assim mesmo, lindo.

Aí está de novo. O medo avassalador crescendo, o isolamento, o arranjo, o grito.

Enquanto grito ao mundo que todas as formas de tentar te esquecer falharam, calculo a quantidade de amigos que superaram o fim de seus relacionamentos e colocaram novamente a cara a tapa. Por que comigo as coisas não fluem?

O soldado fraco é aquele que desiste da luta ao ouvir o grito da tropa adversária. O forte é aquele determinado, que já está ensurdecido em razão da sua obstinação pela vitória, não se importando com a quantidade e qualidade dos homens que terá de superar.

⁠Os homens ainda não entenderam que o tempo das admirações superficiais passou, e que um grito de desespero é bem mais revelador do que a mais sutil das argúcias; que uma lágrima tem sempre fontes mais profundas do que um sorriso.

Emil Cioran
Nos Cumes do Desespero. São Paulo: Hedra, 2012.

⁠Eu brigo mais com quem eu amo do que com quem não amo. Aumento a voz, muitas vezes eu grito. Sei que não serei ouvida mais por isso. Mas é o meu jeito de tentar fazer a pessoa entender que machuca o que ela faz. E que eu só gostaria que me dissesse que nunca mais faria isso.

Às vezes a rispidez de um grito, a deselegância e a fúria é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra em tom ríspido é mais sincera que um carinho fictício.

Grito para o meu velho eu
E tudo o que ele me mostrou
Que bom que você não ouviu quando o mundo estava tentando me atrasar
Ninguém poderia me controlar
Deixei meus amantes sozinhos
Tive que estragar tudo antes que eu realmente pudesse me conhecer

(Old Me)

Acha que precisa ser durona
Não dá espaço para a dor passar
Tem um grito preso na garganta
Que não está deixando ela falar

⁠EU SÓ QUERO SER QUEM SOU
Um grito de desespero
Porque não aceitam o meu jeito?
Tantos julgamentos passam pelos meus pensamentos
Inseguranças implantadas pelos outros
Eu quero viver, dane-se os outros, esse é meu desejo!
Mas o que os outros vão pensar? Como vão reagir?
O que será de mim?
Não quero ouvir mais, não quero mais tranças no meu coração
Quero liberdade e paixão
Não mais reclamações, sermões, opiniões, coisas que só me fazem me sentir menor
Quero me jogar no que sou!
Mas, como vou se os outros não me dão permissão?
Quero ser louca, sem ligar pras outras pessoas
Me sinto viva
Fazendo o que dizem que não devia
Tanta energia
Jogada apenas no que os outros querem da minha vida
E como fica, e que eu gostaria? Qual rumo EU quero? O que eu realmente desejo?

⁠O silêncio é a voz mais aguda de um grito que o prisioneiro no âmago do ser declara, imediatamente resignifica o instante de caos em que o agressor apresentou sua proposta de morte ao outro, sendo ele mesmo o suicida que já em estado de decomposição apodrece o ambiente com os vermes latentes rompendo a sua carne putrificada para multiplicação na mutação dos próximos incidentes

A lei da semeadura é um absurdo. Pois é o grito dos oprimidos em um mundo que ama ser opressor e usurpador.

⁠quando me enterraram viva
cavei meu caminho
de volta do chão
com o punho e a mão
gritei tão alto
que a terra se agitou de medo
e a poeira levitou no espaço
minha vida foi um ato de resistência
um enterro após o outro

O silêncio de quando deixo de dizer o que sinto, se guarda em meu coração, mas só até se transformar em um grito que não admite ser aprisionado.

Não me julgue, só tente me entender.
Não grite, sussurre.
Não me diga que não, me diga sim.
Não chores por mim, ria comigo.
Não fiques triste, sejas feliz.

Gritando cada vez mais alto
Com a esperança de que uma hora ele vai me escutar
Teu olho gordo não me afeta mais
Minha fé tá mais forte, quero ver me derrubar

⁠A palavra liberdade
vive na boca de todos:
quem não a proclama aos gritos
murmura-a em tímido sopro

Da violencia o mundo esta cheio, conserve com voce apenas sentimentos bons. A Paz o amor e a Esperança seja sempre o seu Grito de Guerra.

No caminho da vida encontramos vários declives...
Nunca me imaginei vivendo um amor platônico,
com tanto furor, que faz meu coração chorar...
Um grito abafado ,preso em minha garganta...
Perdi as forças.
"Renova minhas forças meu Senhor Jesus!!!!