Grito de Protesto
Eu gostaria de escrever o Grito, mas eu não o alcancei. Depois ele rompeu a barreira do som e partiu. Partiu cheio de mágoas e ressentimentos. Saiu feito louco gritando por aí e nunca mais ninguém o viu.
Assim como caíram as muralhas de Jericó, cremos que nenhum obstáculo resistirá a um simples grito de “passa fora”, quando este grito estiver afinado pelo diapasão da fé e da obediência em Deus.
Nenhuma muralha é tão poderosa que não possa cair pelo grito daqueles que, em obediência a voz de Deus, permanecem em silêncio rodeando a sua “Jericó” e esperando o momento certo de soltar o seu grito de vitória.
Quando o silêncio precisa do grito!
Supreendentemente, antagônicas, mas iguais.
A casa estava criticamente suja. A da mente e a que eu vivo. A interna e a externa. Precisava de uma faxina. Eu estava muito nervosa. A casa suja me deixa fora de mim e aí suja a minha mente.
Eu não queria perder o meu sábado nervosa. Eu precisava faxinar.
Mas confesso que eu não sabia como e já já as crianças levantariam.
Eu levantei cedo. Coloquei um fone de ouvido. Liguei uma música na altura máxima e fiquei no meu silêncio.
A música estava muito alta, ela falava dentro do meu íntimo como se todas as palavras fossem enfiadas dentro do meu ouvido. Mas eu sentia que estava em silêncio, um silêncio que não consigo explicar. Eu não ouvia vozes de ninguém. Só a minha interna. Mas tinha música.
Vi quando começaram a levantar as pessoas da casa.
Não ouvi bom dia. Só vi que mexia os lábios. Não respondi. Eu queria silêncio. Eu estava em silêncio.
Eles entenderam. Mamãe nervosa, casa suja.
Enquanto isso parecia que o silêncio brotava de dentro de mim. Eu chorei. Uma mistura de choro de nervo, tristeza e alegria.
As lágrimas que brotaram do meu silêncio se misturavam com a água da limpeza. O nervo estava indo embora.
Meu marido me abraçou e disse “eu estou tentando!”.
Chorei de novo.
Terminei a faxina. Casa limpa. A da mente e a que eu vivo.
Aí parei aqui para ler as mensagens que chegaram desde a manhã. Vi a mensagem do silêncio e resolvi compartilhar a minha que acabou de brotar.
Obrigada por tudo!
O grito se encorpa,
Outra voz entoada,
Alinhadas as hordas,
Invocados para a valsa.
São a alça pros descrentes,
E nesta data lembramos deles.
No caminho do infinito
No caminho do infinito ouço som, vejo, grito. Não me limite porque saio pela tangente. Vejo cruzadas, limites e derivadas. Há linhas paralelas e perpendiculares. Vejo números. A reta logo em frente vira uma curva. "E eu o que faço com esses números"? Cifras não tem só na música.
Julgar é fácil, difícil mesmo é interpretar um sorriso, desvendar um olhar, reconhecer um grito de socorro, mesmo que diante do mais estarrecedor silêncio.
Palavras do silêncio, quem dera ser o silêncio do amor, talvez seja...
Ou apenas seja o grito da existência?num instante, a saudade dura uma eternidade, a vida é curta ou longa de mais? A cada minuto me pergunto mais... São dúvidas da mente ou do coração? Mente vazia, oficina da Solidão....
Pai...silencia meu grito.
Sufoca-me com o teu amor.
Minha alma está ardendo em desejo
por ti oh Pai.
Adentra teu poder na minha vida.
Faz com que ela sinta-te
Quero gritar teu nome.
Prante sua ira em minha alma... Não aceitando as armadilhas do inimigo
Para que cada vez mais eu repreendo e atordoou .
Faça isso oh Pai.
Esse desejo que tenho
de ser o amor e ser imitador de ti perante tua palavra
Vemmmmm Pai....! Apenas vemmmmm...!
Autor:José Ricardo
Poetas e Poetisas
Poetas...
Poetisas....
Aqui lhes falo....
Grito e escancaro...
Digo porque sinto...
Digo porque vejo...
Assim como a lua se esconde atrás das nuves...
E de repente...
Ela mostra seu pratear na imensidão....
Assim como as estrelas brilham nos céus...
Assim como a chuva cai de mansinho...
Na terra....
Essa mesma chuva...
Um dia Regou....
Sementes germinaram....
E com as mãos do criador....
Tudo se fez....
Um dia...
Lá...
Bem Além....
Do teu...
E do meu imaginar...
Talvez do outro lado da vida....
Um Sol apareceu....
Anjos celestes nos amparou....
Num tom musical celestial....
Um soprar calososo...
Nasceu vocês...
E eu Poeta...
Nasceu vocês poetisas...
E pelo mundo...
Se multiplicou....
Num sopro forte...
Maravilhoso pela grandeza...
Assim nos Gerou...
E ao passar do tempo....
As orquestras começaram...
O baile foi tão belo...
Que cairam Lápis e pape do céul....
Vieram cair do céu.....
Hije somos assim...
Poetas da vida...
Poetas das flores...
Poetas das dores...
Poetas dos amores...
Poetas dos horrores....
Mas por uma ou centenas de razões....
Somos poetas que falamos..
Que gritamos..
Que choramos..
E mesmo sem querer...
Damos risadas bobas...
Em cada versos escritos por nós...
Uma lavagem na alma...
A natureza pede...
O mundo implora...
Somos capazes de dar vida naquilo que já morreu...
Somos capazes de amar sem ser amado(a)...
Somos capazes até de voar sem asas...
E de mergulhar nos mais profundos mares...
E nem sequer nos afogar....
Mundo louco e bom é esse que vivemos...
E se de fato somos mesmo loucos...
Eu por exemplo....
Sou louco sim...
Mas louco com vida...
Louco por prazer....
Mas digo e repito...
Como é prazeroso.....
Através das escritas...
Dar vida..
Naquilo que nem se quer existe...
Então...
Escancaro mais ainda....
Somos a mais pura magia...
Em noites ou dias....
Que fazemos...
E damos vida á Poesia...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Meu grito.
Meus gritos eclodem dentro de mim...
Uns me devoram...
Outros me rejuvenescem...
Alguns deles...
São de extremo silêncio....
Em minhas cordas vocais....
Existem barreiras que são eficazes...
Elas são tão precisas...
E ao perceberem o tipo de grito que está por vir...
Elas barram o grave e o agudo de minhas vozes....
Ando em busca de uma tecnologia ainda mais aprimorada....
Para ser guardiã dos meus gritos...
As vezes me vejo um pouco exagerado.... Por enquanto vou tentando desdobrar em mim , o que me devora....
O que eu não posso é calcular....
Pois uma vez eu fazendo isso....
Covarde seria eu em segurar o eco de minha própria voz....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Jovens Fragmentos
Um grito de socorro no vazio
Era apenas um menino
Pequenino a sonhar
Hoje sua vida não é mais dele
Apenas a angústia brilha no luar
Um jovem mancebo que
não sabia o que cantar
No final do desespero
Corrompido pela dor
Tudo que ele busca
é mais um dia ver a cor
A cor das coisas que
um dia ele tanto amou
Um sussuro... Um grito... Estava tão imerso em sua voz que não sei dizer a intensidade do som.
Um olá... Um adeus... Em meio a tantas palavras, me perdi em seus significados.
Talvez a lua e o sol não possam ficar juntos.
O sol brilha forte durante o dia.
A lua brilha muito durante a noite.
Poderiam eles dividir o brilho?
Uma mesma luz não poderia brilhar em nossos corações novamente?
Sabíamos a resposta, só não queríamos aceitar.
A lua e o sol não poderíam dividir o brilho
Mas podem dividir o céu.
"Percebemos que amadurecemos quando o grito dos sem sucesso,sem alma e sem coração,não abala nossas forças.Pois é calado pelo silêncio da sabedoria,que em nosso ser faz simetria e se encontra com o perdão!".
(Rodrigo Juquinha)
Prefiro deixar as expectativas de lado e ser discreto com minhas paixões. O grito pode ser uma reação dominante, mas perde seu poder quando o som se dissipa. A polidez, por outro lado, é o poder de quem cativa e até em sua ausência a conquista permanece.
Pele Negra
19/11/2019, às 09h07min
Escrito por André R. Fernandes
Ouço de longe o grito da tua cútis
Vejo o sangue da tua tenaz
Inundar os ribeiros da minha vida.
O dia amanhece silencioso
As aves do campo permanecem nos ninhos
Não ventila, não há céu azul
Pois o dia amanheceu ensanguentado.
Os iníquos te sitiaram
Levaram-te para matadouro
Deixando-te despido
Insultaram-te com cusparada
Por isso ouvi a tua pele negra estrondear
Teus olhos cobertos de sangue
Teus dentes quebrados
Teu dedo médio escalpelado
Teu pescoço com grilhões
Tua boca presa à máscara de ferro
Tuas costas com marcas da chibata
Era chicoteado por ter a pele escura
É xingado por ter cabelo pixaim
É odiado por ter nascido negro
Mas não tem como mudar a cor da tua pele.
Lembro-me dos teus ais
As trilhas guardam até hoje
Tuas pisadas de fugitivo da escravidão
As copas das árvores relembram até hoje
Os negros mortos enforcados
Na Mãe África
Gozavas da liberdade
Era livre para cultuar teus deuses
Tomava banho nos rios
Mas a tua pele teve que ser machucada.
POESIA VOZ SUAVE
Sua voz tão suave perde
o grito em mim;
Entre nós ela é suave
e tornou-se melodia nas
minhas canções.
Ouvir-te é tão legal que
minha voz falha sem argumentar
nossas resenhas,
apenas quero ouvir-te...
Um raio de sol na madrugada
à margem das minhas reflexões,
pausa para ouvir o silêncio,
uma suave voz de outrora
Nasce com uma nova manhã,
Uma melodia suave, linda e presente...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
