Grito de Protesto
De repente ouvi um grito
Um gemido, um sussurro
E quando eu menos esperava
Passa por mim uma mulher aterrorizada
Pôs meu coração em disparada
Quase morri de medo, que susto!
Não haveria segredos, se ninguém odiasse os ratos!!!
Sei varias coisas ...
Sei que o amor é um grito no vazio ,
sei que o esquecimento é inevitável ,
E sei que te amo .
Com caneta e papel
voou para o céu
imagino, Sinto
e escrevo
depois grito,
esbravejo,
grito,
grito alto
com intenção de
dar um salto
alcançar o infinito
sair do abismo
chegar
ao céu
pergunta á Deus
que dia irar resolver
os meus problema humano
problema
errante do tamanho
de um elefante.
Duro é temer que
A cega lâmina ou o
Áspero baraço,
Cessem apenas o grito
Ali mesmo na garganta.
E assim, no incerto Além
Esteja eu a gritar sem voz
No maçador silêncio
Da minha breve eternidade.
Dantes ter que correr num campo de Helena!
Nas mãos escudo, espada e certeza.
Hoje, ter coragem exige amar
A vida até o último hospitalar suspiro.
Atitude, às vezes, é poder-se estar dignamente morto.
O grito mais alto é dado no silêncio de um olhar e escutado somente por àqueles que tem o dom de ouvir almas...
O grito...
Sou mais uma passageira
que não deseja embarcar nesse trem.
Sei que tenho hora marcada,
mas antes de partir,
quero andar muito
por outras estradas.
Já viajei por tantos caminhos
e sempre sozinha,
fui levando e fui levada
a compreender o desconhecido.
Fui companhia, amiga, inimiga,
cruzei muitas fronteiras
e busquei outras terras.
Travei guerras dentro de mim
em busca de minha paz.
Devolvi ao mundo,
meus ganhos, minhas perdas,
meus fracassos, minhas lágrimas,
mas também, meu sorriso
que não encontrei mais.
Deixarei sobre o palco
o pouco que restou,
são frações de quase nada
e muitas lições
que não serão tomadas.
Também ficará um grito preso
entre as montanhas escuras
que sempre dormiram,
dentro de mim.
by/erotildes vittoria
Grito de Alerta! - Posse na ACADIL
Dediquei esta fala, parte da Saudação ao Patrono da cadeira 20, Poeta Luiz da Silveira Moraes, da ACADIL, por ocasião da minha posse naquela Academia de Letras, no último dia 17 de maio, como forma singela de agradecimento ao seu legado, ao seu exemplo vivo de humanidade.
Senhoras e senhores,
Não direi que não estou à altura, ou não mereço este título de acadêmico da ACADIL. Não compete a mim o julgamento de meu trabalho ou minha conduta.
Porém não vejo este título, ou qualquer outro título, ou qualquer outro cargo, como algo que me coloque em posição superior aos meus semelhantes, ou em posição de destaque.
Muito pelo contrário, qualquer título, ou função pública ou privada, nos mostra, tão somente nos mostra, a responsabilidade que temos para com nosso próximo, por termos sido aquinhoados com diferentes dons, por atuarmos em diferentes áreas do conhecimento.
E é sobre esta responsabilidade que quero lhes falar.
O Brasil e o mundo vivem um momento ímpar, e perigoso, muito perigoso, da história da humanidade.
O princípio da autoridade democrática se esvai e valores como dignidade, trabalho, honra, estudo, disciplina, respeito ao semelhante, ao bem público, à propriedade material e intelectual, respeito à criança e ao jovem, direito de ir e vir, gratidão (ah! A gratidão), valores perseguidos e abraçados pelo Luiz, por toda uma vida, foram substituídos pelos valores materiais.
Simples assim!
Os interesses menores, que nos voltaram para nossos próprios umbigos, nos tornaram céticos, como diz o Chaplin em seu discurso.
Vou além, nos tornaram amargos!
Lendo os escritos do Luiz, e refletindo sobre isso, a resposta a que chego é que, devido a tanta propaganda, nas mais diferentes esquinas da vida, passamos a valorizar a casca, não o interior; passamos a nos deter no contentor, não no conteúdo; passamos a comprar pacotes, não presentes; passamos a dar valor às grandes festas, não às singelas reuniões de amigos; passamos a levar para casa o discurso, não o foco da questão; passamos a comprar o livro pela capa, não pelo escritor ou pelo que escreve; passamos, enfim, a ficar no supérfluo, não nos aprofundando na alma da pessoa que nos fala.
Se a foto sair bem no Facebook, tá de bom tamanho...No “face” estão as perguntas e as respostas...
Perdidos nesse emaranhado de ilusões que construímos para nós mesmos, passamos a ver valor nas pessoas “saradas”, homens e mulheres; a ver como companheiro ou companheira ideal, a pessoa que se enquadre no “padrão” que nos foi vendido durante toda uma vida.
Usamos de todas as artimanhas, malhação, emagrecimento, operações das mais diversas, tingimentos e fingimentos, mas não saímos do quadrado!
Assim, “nos enquadramos” em uma Sociedade que se esqueceu como Humana, que se esqueceu como reflexo de um ser maior, bondoso, incrivelmente gentil, incrivelmente amoroso, eterno em sua sabedoria.
O que era para ser complemento passou a ser o principal, e o principal ficou esquecido em um canto de armário, cheio de poeira e teias de aranha, pedindo, clamando, por limpeza e arrumação, voltando, assim, as coisas aos devidos lugares.
- Não sou contra as coisas que nos dão mais conforto, proporcionam momentos diferentes, renovam a alma para a semana, não sou contra a evolução que conquistamos a tão duras penas.
Discordo, e com um bom discordar, veementemente, do valor que se deu ao complemento.
Vivo também a boa vida, sonho também o bom sonho, amo também o bom amar, danço também a boa dança, mas tudo a seu tempo.
Uma vida segura é construída de realidade, de leitura séria, de estudo, de trabalho, de “jogo duro”, de responsabilidade, de honra, de gratidão, não de fantasia!
Para que possamos ter o complemento, precisamos construir o principal.
Perdidos em nós mesmos esquecemos nossas origens, esquecemos que fomos feitos com o que há de melhor no Universo – Espírito, Filosofia, Sentimento e Matéria, um apoiando ao outro na medida certa, e no momento certo.
Esquecemo-nos de que o amor sublime deve ser o condutor de nossas ações, deve ser o condutor da forma como educamos nossos filhos, e do exemplo que damos a eles.
Esquecemo-nos que Educação não é a imposição de nossos conceitos, não raramente ultrapassados, mas sim, a arte de se colocar no lugar do outro, de caminhar ao lado, para compreender a fala e as necessidades do educando.
Não estamos mais acostumados à bondade, à gentileza, e deveríamos;
Não estamos mais acostumados ao “deixa prá lá”, ao perdão, que nos redime e eleva. Isso é fundamental!
E não estamos mais acostumados à felicidade que, quando alcançada, nos mostra o que é a vida, de fato, nos mostra o que é SER HUMANO.
Esquecemo-nos do que é ser amigo, mas amigo de fato!
E, infelizmente, nos esquecemos dos verdadeiros amigos, nos esquivamos do afeto, nos esquivamos da alegria de uma conversa interminável, de um afago, de um sorriso, de uma dança com a pessoa querida, de uma visita, um almoço com os “velhos”, um convite para um passeio...
“Que correria!”, “Precisamos ver”, “A gente se vê por aí”, “Nos falamos pelo face”, “Não tenho tempo!”, são as frases mais pronunciadas.
Distraídos, preocupados com o pacote, esquecemos o interior e o que há de melhor no ser humano.
E o ser humano pode ser incrível, se prestarmos a devida atenção, pode proporcionar infinitas alegrias, se nos deixarmos levar pela infinita alegria.
Se formos além do supérfluo encontraremos nosso tão desejado oásis, no meio deste deserto construído à nossa volta.
Depende de nós seguir, ou não, a estrela que nos levará a este oásis do qual vos falo.
A vida, afinal, é feita de escolhas, e podemos escolher a felicidade, podemos tentar enxergar além desta névoa que nos tem impedido de ver a luz de um novo dia, nos mantendo sempre no ontem...
Escrevi, já há alguns anos, que “a razão da existência humana é amar”. Continuo acreditando nisso!
Nascemos para o amor, para a felicidade que nos proporciona este amor, manifestado em suas mais diferentes formas, vertendo o divino para o humano.
Meus filhos, minhas noras, minhas netas e meus amigos aqui presentes, a vida é muito curta, muito mesmo. O que não vivermos hoje, o que não amarmos hoje, o que não entregarmos de corpo e alma hoje, não nos será possível repor amanhã.
O amanhã guarda seus próprios segredos!
Nossos idosos, nossas crianças, nossas mulheres e nossos homens, precisam deste humano.
Nosso país, e nosso mundo, precisam de nosso trabalho, e de nosso grito de alerta, para que as coisas voltem aos devidos lugares.
É preciso, e urgente, que voltem!
A partir deste momento, esta será minha missão como acadêmico!
Deus os ilumine e guarde, a cada dia, e em todos os dias de suas vidas.
Obrigado!
Grito
Grito por ti esta noite.
Soletrando na dor o teu nome.
Vazio de uma infinita saudade.
Perfeição louca das estrelas.
Transporto no olhar um grito.
Abraço no silêncio da noite.
As memórias esquecidas na solidão.
Bebo o néctar dos deuses.
Com a fúria dos sentimentos
Fiéis e cúmplices.
Brumas livres, soltas de detalhes inquietos.
Instante de um paraíso, desafiando o tempo!
A vida é uma metamorfose ambulante... uma mistura insana e bipolar! Um grito de horror e de paixão! Um corpo com uma alma inquieta que anseia pela liberdade de ser e simplesmente ser!
A amor prático fala mais alto, é como um grito que ecoa no céu, vale mais que vans orações decoradas e repetidas. Orações precisam ser feitas de um modo aberto e sincero para com Deus, de amigo para amigo com amor.
"Ouve um tempo em que para conseguir algo ia a base do laço somado ao grito! Hoje aprendi que a vida é um jogo de buscar e esperar com paciência o tempo certo de cada coisa, mesmo que queiramos para ontem!
Nada do que vivi me foi supérfluo, gosto de viver os mais intensos sentimentos, gosto das pessoas mais loucas e intensas, gosto mesmo é de um bom salto ao escuro e iluminar-me ao toque do claro!
Quando exponho em palavras o que vivo e sinto, exponho com o coração e amo o que me doí, amo o que me é desafio constante e cortante, amo mesmo é o nu do viver...
Há na loucura um certo sabor de ser a si!
Quando amo sou como leão em caçada para em meu abraço proteger-te de mim e dos outros.
Hoje vivo sabendo que cada instante é tão bom de viver que sair da estrada me estragaria os passos. Amanhã será bom tempo!" Filósofo: Ivan de Oliveira
Um Grito de socorro Unido jamais deixará de ser Ouvido .Que possamos unir nossas Vozes em um coro só para Salvar Nosso Planeta Terra!!!
Deixe-me!
Foi só um grito...
Grito do coração,
Que como um trapo me vê,
Desengonçado...
E com as traças,
Dispersado.
Por procurar o "inexistente",
O imensurável
Imaginável!
Por permitir a palavra...
Que foi dita a alma,
E o toque a palma do coração,
Trazendo vislumbres de um sentimento já vivido,
Mas único...
Um enfermo eclipse outrora esquecido...
Desgosto
Imposto pelo oposto,
Que dá gosto à dor
Sentir quanto é
Posto!
Por ardor, por fervor
Por expor...
O meu coração ao teu solo
De lodo
E de dor.
Mas acima disto, por procurar...
O renovo na esperança de não ter que renovar
O Amor!
O Grito do seu silêncio só me faz calar , viver a vida sem te amar é só passar tempos sem sua missão completar .
Talvez o sol,
um dó maior,
um si bemol,
um grito em versos livres
que não metrificam ninguém de nós,
Pois poesia também tem voz.