Grito de Protesto
Não deixei uma lágrima cair,
Engoli o meu choro, o meu grito...
...Sufoquei minha alma.
Pra poder viver,
Pra poder viver...
Jamais espere meu grito de socorro. Ele não virá...
Mas escute minha ausência de sorrisos...
Este é o sinal.
Lutarei até a ultima gota do meu suor
até o último grito da minha voz
até o último soprar do vento
até ao rola da última lágrima
até o último milésimo do minuto
e sei que vou vencer, até ao invencível
porque Deus é comigo
Queira-me o silencio, não suporto mais gritar a tantas injustiças...
Meu grito ecoa por ouvidos que se fazem de surdos,
Por leis que se fazem de cegas, e
Por pessoas que se aglutinam em volta as barbáries mundanas
Ecoa meu grito, mas o que vale mais é o meu silêncio
Então queira-me silencio, faça se em mim a vontade dos cegos e surdos capacitados....só peço um pouco de paz em volta a ti silêncio,
Mas prossigo não acreditando na justiça dos homens.
É contigo silêncio que posso falar com Deus, e então a ele dirijo o meu lamento...
Nene Policia
O abismo me veio em forma de grito,
Aflito eu olhei procurei o infinito
Sonhar é cair na imensidão
Não tenho teto e nem tenho chão...
O meu juízo viaja no rastro de um cometa..
.meu caminho é Alfa e Ômega
Paixão é o meu desvio, minha perdição...
"A verdade é que sou um cantor, um poeta, que canto e grito para que no eco de minhas palavras alguém possa querê-las, e guárdalas afim de que reproduzam nelas todas as verdades do meu coração".
(Júnior Sá)
...o grito silencioso por ajuda, por compreensão. Por alguém que não desista dele e da única forma de amor que conhece. O rosto era de menino, traiçoeiro, traidor que foi não me conveio como o alerta que deveria. O menino confundiu-se com homem e dele se exigiu coisas de homem. Menino não podia ser, menino é diferente, coerente, não como o homem que te servia de máscara. Menino vacila, menino nunca sabe da hora, nunca sabe de nada. Mas fez-se - por muito - homem, aquele menino. Obstinado, certo, pulo mais acertado dado. Aquele tiro no escuro certeiro no claro. Fez-se uma mútua salvação. Mas virou menino, como deveria ser. Menino no auge da meninice. E fez tropeçar toda a caminhada, esquecer os passos aprendidos, molhar os pés nas poças mais imundas e cair nos buracos mais negros, seguir o próprio nariz - com aquela convicção rebelde de quem sabe o caminho de volta pra casa. Mas era o meu menino. Meu guri. E, no fundo, eu confesso, eu admito, olhando assim de lado… eu acho até bonito.
Você
Quando amanheceu dei-me sem rumo,
Desnudo de qualquer amor.
Meu grito poético sem prumo
Tomado por súplicas de dor.
Onde guardarei os versos que pra ti compus?
Que me deixaram rouco de te querer.
Pra que lado sopra o vento que me conduz?
Onde você foi de mim, se esconder?
Perdeu
A casa caiu!
Era o grito que mais temia ouvir. Contudo, agora era real. Ali estava. Algemado e com o rosto colado ao chão. Perto das humilhações que enfrentaria dali pra frente, capitão Nascimento se tornara humilde e doce em sua imaginação.
Na cela 35 do presídio central viu-se em Dois Rios escrevendo “Memórias de um Cárcere”. Via alguns companheiros tomados por moléstias graves morrendo dolorosamente numa cela nojenta e fedorentamente úmida.
A sorte estava definida. Antes tivesse conseguido se exilar em outro país da América bela e generosa.
Febril e dolorido passava horas detido, literalmente, em pensamentos amenos que lhe aliviavam os dias.
Dos tempos da roça trouxera tão somente cicatrizes de tocos, vara de pesca e uma antiga dívida do financiamento do primeiro e único utensilio agrícola que comprou. Com o nome registrado em órgãos de proteção ao crédito e uma vontade louca de vencer tentou de todas as formas emprego digno.
Com o passar dos dias via estreitar os caminhos que julgava seriam largos naquela cidade. Escola não frequentou. Mal conheceu o MOBRAL cuja única lembrança era da professora linda e delicadamente perfumada.
Por dias a fio teve a mais honesta das vontades de buscar um trabalho condizente com a sua capacidade e formação. Que formação? Dura realidade.
Meses depois a bebedeira passou a ser sua segunda casa e as amizades o mais influente dos mandamentos seguidos.
Pouco tempo e o grupo se formou. Queria ser Al Capone no mundo criminoso.
Haveria de, junto com os companheiros, criar um plano espetacular de ações geniais, lucrativas e bem sucedidas.
Contudo a panela ficou sem tampa.
Agora ali preso e recrutado pelo comando vermelho, garimpava um caminho de volta a liberdade.
Sonhava.
Contudo não foi assim. Condenado cumpriu a pena até ser liberado para a condicional.
Ao sair durante o dia entendeu que as portas que antes estavam fechadas agora passaram, também a serem vigiadas por guardas armados.
A liberdade virou castigo. Nada comparada a um prêmio.
Trêmulo, embriagado assassinou a história.
Hoje não busca mais nada.
A estrada chamada vida se tornou rua sem saída.
No vazio das horas, minutos e segundo só o que consigo ouvir é um grande grito de tristeza seguido de um silêncio profundo...
LÁGRIMAS DE SILÊNCIO
Cruzo os braços
Para abafar meu grito
Enquanto lágrimas rolam
No silêncio da minha solidão
Olho para o vazio
À procura de tudo,
Mas a forma é um eco fútil
Pior que o sal que escorre pelo rosto
Calo, para não ser julgada
Num canto qualquer,
Pois mesmo doendo o coração
Deixo as palavras caírem
E secarem
Porque limpar
Tudo o que os meus olhos falam?
E em silêncio
Deixo meus braços cruzados
Às lágrimas de tristeza …
Berzerk
Como num grito estrondoso a minha selvageria é acionada,
Não sou quem você pensa, não sou quem você quer que eu seja,
eu guardo meus conflitos para serem acionados em momentos necessários.
Tudo que compreende sobre si mesmo e sobre os outros
não se compara ao que pode se revelar!
Todos nós explodimos as vezes, todos!
Não me queira ver em batalha, pois posso morrer tentando,
ou não deixar ninguém em pé!
A realidade é dura e serena,
a realidade assusta!
Sua doma é eficaz, assim como a minha reviravolta
dominar, enfurecer, maltratar e enlouquecer
nenhuma grade prende o coração liberto
nenhuma prisão segura o pensamento
nenhuma prisão segura o pensamento!
NENHUMA PRISÃO SEGURA O PENSAMENTO!
Explodo, transpasso, ultrapasso, explodo, sou, vejo, realizo...
Ninguém é tão santo a ponto de não ser safado!
Ninguém é puritano em pensamentos
Ninguém é aquilo que aparenta ser!
Rostos angelicais não escondem muito tempo aquilo que se tem por dentro!
Bezerk...
Somos todos renegados daquilo que queríamos ser e não somos!
Ou somos, mas, com extrema luta em partes pensamos ser!
Cada dia mais humanos, caóticos, céticos, cegos, mudos!
Dualidades incontroláveis sendo equilibradas em um só corpo
Passividade e selvageria
choro e alegria
são extremos, intensos, invasivos, transcendentes a tudo aquilo que se tem visto!
Lutar, pensar e agir...
Agir, lutar e pensar...
Pensar, lutar e agir
...
*Quem de nós...
Quem somos nós...
*Quem de nós?...
*Quem é vc?
*Quem sou eu?
Insaciável, incontrolável, insubstituível?
*NÃO!
*apenas um selvagem a cada dia sendo domado e moldado, segurando a fúria do dia a dia!
*Domesticado para ser igual,
*Educado para ser normal...
E no final?
*Sobra apenas a selvageria...
Bezerk...
Um grito de saudade urge
Gerado pela impossibilidade de afetos
Uma ausência arbitrária
Inclino-me a dor
E aceito como deve ser
Deixo que faça as mudanças necessárias
Talvez assim brote um raio de vida
Como um girassol sem Sol
Que redescobre uma razão
Um feliz e mágico sentimento
Futuro com flores
Alegria
Você despe a minha alma e cobre o meu corpo.
Não demora, e vai embora.
Quase grito por socorro.
Mas o amor é tanto, que não clamo.
Apenas te chamo.
Apenas te amo...