Grito de Protesto
Bebo porque tenho sede
Choro porque tenho vontade
Rir é uma contradição
Grito por não ter opção
Não sou uma cobaia de laboratório
Não me meça, comensure e nem me avalie
Me explore, violenta com vontade
Me coma e me vomite
Me consuma, me explore
Mas não me entenda
Não me explique
TEMPESTADES
Quero gritar para o vento
Nesta imensidão de emoções
Grito com todas as forças
E liberto-me desta solidão
A mágoa que persegue-me
E as minhas lágrimas que
Caem pelo rosto, lavando-me
A alma, deixando-me mais leve
Não vejo nada, apenas esta imensa
Escuridão, que apoderou-se do
Meu coração Quero fugir
E libertar-me destas amarras
Que prendem-me de sentir esta
Dor imensa, que leva-me para o fundo
Deste poço escuro que é a solidão
Que apaga a esperança que tenho
Por dentro da minha alma perdida
Quero sair daqui e ser feliz
Encontrar a alma que perdi
Ela quer, ser encontrada, para voltar
.........A sentir brisa do vento.
EM CADA NOTA
Em cada nota...
Uma lágrima
Uma dor
Uma luz
Um riso
Um grito
O amor
A esperança
A viagem
A raiva
O carinho
E eu mesmo, de vez em quando...
Abra seus olhos
Eu grito!
Sorria para mim, vai?
Deixa disso, por favor
Eu preciso de você aqui
Cuidando de mim
Não me deixe tão triste assim
Estou tão só!
Volta para me abraçar apertado
Preciso do seu calor
Onde você está?
Porque me deixou agora?
Não consigo caminhar sem você
Meu jardim está sem flor
Onde escondeu seu perfume?
Onde escondeu nosso amor?
Onde escondeu meu sorriso?
Existe mesmo o paraíso?
Estou desprovida de sonhos
Componho versos soltos
Pensamentos loucos
Cadê você, meu sonho, meu sono.
sentimento bonito o amor é um grito que palpita no peito querendo sair, sair à procura de um aconchego que nao chega que nao sacia o grito que remete ao infinito ecoando na alma vazia, vazia de gritos vazia de ecos vazia de aconchego vazia de amor.
Sinestesia da Saudade
Ensurdecem-me os olhos e grito você
Mas não tão perfumado para tocá-la
Cega-me a boca e respiro você
Mas não tão perto para escutá-la
Cala-me o nariz e agarro você
Mas não tão barulhento para vê-la
Entope-me a pele e ouço você
Mas não tão colorido para chamá-la
Isola-me os ouvidos e enxergo você
Mas não tão gritante para cheirá-la
Ah! Essa saudade me perturba
Sem você não escuto, não vejo
Não falo, não inalo, NÃO VIVO!
Salvador
Grito forte, grito alto na cidade baixa
E os verdes amores dos tons das flores, eu esqueço, mas tenha piedade de mim, Deus
Nas noites frias dessa cidade
Pego o elevador e vou até os teus museus, os olhos dos velhos, a pele negra
O segredo do teu povo está escrito nas paredes, a sede, a fome
Amanhã eu era, ontem não fui, vim parar aqui, onde não entendo
A morte vem fardada sobre os trilhos de sangue nas ruas, e os cachorros latem a noite me assustando
O vento nas árvores, a lua me constrange, eu minto sobre o sol
Mas não me escondo da lua, ela não me julga, não me queima os pés descalços quando piso o asfalto
Nada é como ontem, que pena.
E as moças dançam para os moços
Que não ligam para as moças, a morena o leva a cama, mas só a branca ele ama, e a branca o levará a morte, se por sorte.
Ou o fará vagar pela cidade como covarde.
Como sem vida na ida, como sem corda na volta, se enforque, se mate hoje, assim é o ontem
Nosso sacrifício diário, suor e sangue sem valor
Os senhores da alta nobreza na cidade baixa desfilam riquezas, riquezas da vida
Mas a vida é terrena e pequena
Fico imaginando se te escrevo uma frase,
se te escrevo um verso ou se,
grito e te canto uma musica,
mas te escrevo uma frase, poque imagina
que louco logo eu que nunca gostei de
escrever te escrever uma musica,
mas seria um sério caso de amor.
- Henrique Bennoda
Sobejo
Ausente, toca-me a distância com suaves palavras que guardarei no silenciar do meu grito teus sons como se tua mão me acariciasse.
Se me der um grito, não calo
Se mandar calar, mais eu falo
Mas se me der a mão, claro, aperto
Se for franco, direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço
Não engulo da fruta, o caroço
Minha vida é tutano, é osso...
Resistência para minha estética, que num perturbador grito de liberdade provocou minha atitude revelando minha identidade.
Eu pulo, eu danço eu grito, eu canto....
Eu choro, e depois sorrio;
Sou feliz, as vezes triste.
Sou romântica;
Sou irônica;
Sou fria;
Sou sensível;
Tenho raiva,
Tenho ódio,
Tenho amor,
Tenho paixão,
Tenho ilusão;
Eu escrevo, depois apago...
Sou assim, movida a emoções. Tudo vai depender do dia, da hora, do momento, das pessoas e exclusivamente de me. Pois, eu posso escolher o que sentir, quando sentir, e por quem sentir...
Prazer, me chamo ilusão.