Grito de Protesto
Estiquei minha saudade
Até a ponta do infinito
Porém não aguentei
E soltei um grande grito
Sai andando sem rumo
Fruto Proibido
Mas na tua direção
Pois segui apenas
A bússola do meu coração.
Quando te encontrei
Fiquei ainda mais perdido
Pois meu sonho havia se tornado
Um fruto proibido
Eu procuro por mim tal qual o poeta procura nas palavras o desejo ardente de exteriorizar o grito de sua alma.
INSIGNE “FICANTE”
Desabafa-se em grito surdo
Estertorado pelo mundo
Porém prefiro o som de um olhar
Alforriado para amar
Que coesa o absurdo,
Descarrega a tua ira
Adornado de avareza
Porém prefiro a ebriedade
Convertida da saudade
Que por si já tem riqueza,
Das pedras que me lançam
Encha o fardo de esperança
E ate em tua cancha
Pois dos males que me rodeiam
Que venha o caos de um atroz...
Por quantos se explanam em paz aberta
Nas asas que se envergam
No voo do albatroz.
Trago na mão calejada
o grito que a pátria não quis ouvir!
Me calo num silêncio insano,
Há um vontade de estar...
Mas eu prefiro sair!
Ainda assim, acredito no sorriso das flores!
Dou-me conta: hoje é o dia.
Dou uma trégua
Dou um sorriso
Dou um grito de amor à vida
Na mais amável poesia.
PACTO DE AMOR
Luto por essa minha busca tão infinita
Que grito em lágrimas no silêncio face a ti
Nesse desespero do que hoje me habita
Sou apenas a dor infinda ao te ver partir
Rompe-me o peito e a solidão me visita
Em sentimentos que não posso discernir
Já que te odeio, mas o coração não acredita
Te amando loucamente confiante no porvir
Do futuro que busca a verdade no passado
Onde juras proclamavam "sempre apaixonados"
Com doces promessas para além da eternidade
Unindo nossas vidas na mais pura afinidade
E entre olhares trocados selava-se o pacto
Do real amor, ora quieto no peito, mas intacto.
grito diante meus demônios que nunca se calaram...
dilacero minha carne em busca um consolo...
aonde a um vazio enorme... tento não sentir medo
mas apenas é o fascino diante o obscuro sentido...
Escrever é como se fosse um grito, você coloca tudo que você sente por dentro, para fora. Só que de maneira mais sutil.
O grito de uma alma
angustiada,
gritando por socorro,
Deus com todo seu amor e perdão
me consola todos os dias na escuridão
sozinha no quarto,
me vejo perdida no tempo e no espaço,
achando que esse é o fim ,
sem chão , sem sentido , sem razão.
Em uma triste solidão, no desespero de achar que
estaria sozinha, mas não!
Meu Pai , eterno poderoso
comigo sempre esteve, me sustentando
a cada dia ,me viu chorar, me viu abatida
achando que estava abandonada
mas enquanto chorava , Ele me dizia :não temas, porque estou contigo; não te assustes, porque sou o teu Deus; Eu te fortaleço, ajudo e sustento com a mão direita da minha justiça.
o amor de Deus é infinito e incondicional.
Escuto Chuva do céu,
de um Deus Fiel e consolador que minha lágrimas enxugou,
e finalmente dormi.
Tranquila , consolada,pelo meu senhor.
o senhor Deus tem planos maiores que os meus,
lindos e perfeito como nunca sonhei.
Desertos não duram para sempre...
o tempo de Manassés vai chegar!
Poesia não espera
Poesia é grito de guerra
É chama viva
Azul do céu em mistura
Com o breu da terra
É corpo e sangue a prova
Entrega da alma
Que vira prosa
Em um grito só. Óh! Onde está você para me resgatar, me levar para casa e mudar minha história? Me diz!
É um grito de socorro silencioso no meio das multidões que é pouco valorizado.E não reconhecido por muitos.
Comandanta Ramona
Como se fosse um grito de liberdade
Vós de mulher,olhar de guerreira
Sua vós corta ruínas
Pela América Latina
Sempre com uma cheiro de flor
Construindo a primavera
Força e resistência
Mulher indígena camponesa
Comanda muita gente
Com fuzil, foice e facão
Mas sempre com a flor na mão
A flor da revolução
Seu olhar de comandanta
Pela América ouviu falar
Sempre com um grito forte
Para o povo libertar
DESTINO OU FATALIDADE
E quantas vezes eu só quis soltar o grito aprisonado na garganta?
Chorar as lágrima de quem canta,
e por aí, libertar meu pranto, que em um canto qualquer se aprisiona, se acalanta.
Muitas vezes, eu quis gritar ao mundo a minha dor,
que se esconde por tras de sorrisos disfarçados.
Entretanto, ainda sigo com um sorriso esboçado.
Pois a dor que trago no peito, só pertence a mim.
Esta dor, companheira que arrasto por toda a eternindade.
Será destino, ou fatalidade?
Ou apenas o grito desesperado de quem ainda não se encontrou?
Será utopia, ou realidade,
esta dor de quem tanto sofreu, amou e chorou?
Destino, ou fatalidade?
Sonhos, ou realidade?
São simplesmente o caminho perdido de toda uma eternidade.
Jô Bessa
Há um grito de socorro em cada alma que se esvai. Há um grito de socorro em cada fala negativista. Há um grito de socorro em cada alma que se mata. Há um grito de socorro em cada lágrima que escorre. Há um grito de socorro em cada tentativa de demostrar. Há um grito de esperança em cada alma que se mata. Havia uma vontade de viver em cada corpo morto. Cada pessoa que se mata, sente vontade de viver, e nunca de morrer. Cada pessoa que se entrega, sente vontade de amar, mas não pode. Cada alma que se entrega, sente vontade de viver, mas não a deixam!
Ó ARVORE
- Ó grito que rasgas de dor o ventre
Nas masmorras das trevas subterrâneas
- Ó trovão que ecoas o infinito
No sangue dos inocentes humilhados
- Ó abutre insaciável mercenário
Cheio de ódio, de hipocrisia
- Ó cavaleiro de espada de ferro
Exterminador da mentira
- Ó muro de arame farpado nas árvores
De poderosos ramos do universo
- Ó labirinto escondido de pedras entre ervas
Que esvoaçam folhas já de papel
- Ó galhos que sufocam a luz
Que criam raízes sem brotar esperança
O grito que ecoa da quebrada
Na periferia, da periferia, da periferia...
Bem longe da (cidade) perfeita da zona sul
onde o descontentamento faz vítimas todos os dias
e trucida os sujeitos um a um
vivem as pessoas de mente livre
que mesmo e apesar de enclausuradas pelo ódio do sistema
seguem livres pelas ruas sem asfalto ou iluminação
caminhando alertas pelos becos estreitos e vielas escuras
margeados por córregos sem saneamento ou boulevard algum.
Seguem refletindo a falta de tudo e ainda com brilho nos olhos
alegres, sorriem por dentro, sem lamentar problema sequer
felizes por não serem tão vazias por dentro
ou esvaziadas de sonhos qualquer.
Olham para o futuro cheias de esperança
seguem seu rumo na vida sem encontrar o tédio
esperam ver chegar as praças e toda estrutura moderna dos bairros chiques
elegantemente dispostas nos cardápios da especulação imobiliária
que cerca e segrega os mundos, erguendo altos muros, altos prédios
cravados de vidro anti-vizinhança, arame farpado e cerca elétrica.
Enclausurados em seus condomínios (cidades), os ricaços
impactam a vida do bairro, encerrando as liberdades individuais
rapidamente o sentimento ( antes coletivo) feito as minas d'água, se desfaz
desfaz-se os sonhos milionários e os milionários sonhos de paz.
A segurança e a insegurança orbitam em um mesmo plano
os manos logo criam asas, aprendem a voar e voam por sobre as muralhas
na periferia nada é de graça, até o respeito é conquistado
ou descobre-se cedo o respeito e respeita-se o outro
ou vive-se como se tudo fosse um grande pecado.
O preço da periferia é o respeito, não esse preconceito disfarçado
que finge erguer as mãos ao aperto, como se tudo estivesse acertado
ou que pensa poder comprar tudo com dinheiro sujo de sangue
da violência existente em um carreira de pó ou em um cigarro de baseado.
Você que cheira e fuma é também quem espanca e mata
a violência que crava a faca na costela da sociedade ao meio dia
é também financiada por você.
As balas perdidas que matam crianças e interrompem futuros
é também sua responsabilidade.
A causa morte do sistema é também sua culpa.
Você também é responsável por tanta violência gratuita nas ruas das periferias
com repercussão direta em toda cidade.
Você que não investe em cultura e desvia as verbas aprovadas
é culpa sua toda essa barbaridade.
Garotos de nove anos roubando, matando, fumando crack!
É culpa sua que não governa direito (a porra) da cidade que te elegeu.
Mais respeito, por favor!
Esse é o grito que ecoa dos guetos marginalizados.
Esse é o grito que ecoa dos guetos que vocês marginalizaram.
Mais respeito, por favor.
Liberta a tua mente e segue, vai em frente
vai ver quem é a gente que você olha atravessado
quando para no semáforo e ergue o vidro apressado
observa com cuidado quem é o pretinho que tu olhas desconfiado
e aperta o passo quando ele passa ao seu lado
com a barriga vazia, com os sentidos embaralhados - de tanta fome.
Enxerga o estilo dele e entende de uma vez por todas...
Que esse é o estilo que faz sucesso por lá.
Descobre a palavra de ordem dos (marginalizados)
que você marginaliza ao julgar
e grita alto aos quatro ventos quando descobrires
da sua varanda ou de seu terraço milionário invocado.
O grito que ecoa da periferia é...
Mais respeito, por favor!
Pois já estamos cansados.
Sou atrevida sim, não sei ficar calada ao ver uma injustiça. Grito aos quatro ventos, solto o verbo e se preciso for, vou pra cima. Não tenho medo de falar o que penso, muito menos de escrever. Meu único receio é das pessoas que se acovardam perante as injustiças cometidas no mundo.
O sistema do SISTEMA
Grito... Grita, grita alto, mais alto, mais alto ainda!
Não que o teu grito não seja alto o suficiente
para ser escutado por todos.
É muito mais alto do que tu podes imaginar.
O sistema é que se cala, finge-se de morto.
O problema não está no teu grito e sim na deficiência do sistema,
que finge não haver qualquer problema em seu engenho magnífico.
Que finge não ouvir o quão alto e desesperado são os teus gritos
e o de todos que gritam, mesmo que gritem por dentro, em silêncio
silenciados, inauditos, sob interdição.
O sistema é a máquina mais perversa e controversa já criada.
Mais até que a bomba atômica - que só é utilizada em ocasiões especiais.
O sistema é uma máquina criada para operar na dimensão do perverso
sua função não é trucidar os sujeitos, nem moê-los feito insetos
nem mesmo criar monstros sociais totalmente adaptados à sua incoerência.
Isso é deficiência humana mesmo!
Provocada por mal caratismo, ingerência e incompetência ao manuseá-la.
Em seu modo cotidiano mata, estripa, dissimula...
Inaugura placas de cobre com letras douradas, estátuas e totens
em homenagem a seus feitos incríveis.
Por fim, ostenta em praça pública toda essa maldade.