Grito de Protesto
Utilize sua condição de cidadão pensante inspirando pessoas e propagando anseios - sempre em alto e bom tom.
E, por mais que possam parecer ecos falsos ou gritos no vazio, saiba que seus posicionamentos fazem sim bem ao mundo - mesmo que, vez ou outra, possam soar doloridos ao próprio.
Murmuro canções em dueto
junto à brisa que passa rasante
imaginando ouvir a tua voz
chamando por mim todo instante.
No peito um coracao ferido, nos labios um sorriso largo. Para o mundo flores, mesmo quando em silêncio grita de dor!
Se chegamos até aqui, chegamos porque trabalhamos em equipe, ofertamos nosso melhor, tornamos possível o sonho de erguer a voz e bradar o grito da vitória!
" O desejo,sutil e sem domínio pelos prazeres mundanos; faz a tu'alma gritar por socorro e o grito ecoa nos teus próprios insepultos delírios."
Eu Sou
Eu sou tudo aquilo que você renega,
Sou efeito efémero de uma causa ...
Sou o que se traduz e se reflete no espelho, sou o brilho apagado de seus olhos e quão belos olhos...
Eu sou aquilo que enxergo sou a causa de sua dor e de seu amor...
Sou o que lateja e grita, contido em seu sorriso de aparências...
Sou do tamanho de sua mente, o suspiro latente...
Sou única.
A sanidade vinda de uma insanidade mais que presente, de um silêncio esmagador caracterizado em alma.
Perco—me em ti acordada no sonho meu.
Confusa onde permaneces.
Se tu existe confundes-me.
Enlouqueces—me de ausência!
Não sei como vim aqui parar...
Olho—te nos olhos do sonho!
Adormeço—te.
AGORA DURMO E SONHO FELIZ!
LINDO é o AMOR.
Dor e Sabor
Não importa liberdade e muito menos libertinagem quando a dor e o sabor é do outro.
Minha pele é que sente o calor e o frio que desejas de mim.
Teu desejo é liberdade, eu aceitar, é libertino.
Na verdade o que queres?!
Queres a mãe e companheira; queres a senhora faz tudo; queres tudo que alegra e preenche a ti.
Mas, amo poder dar liberdade aos meus pensamentos e poder ser libertina.
O corpo que tocas; responde doçura nos sussurros abafados; a pele que sentis, exala paixão e falta de pudor.
Nada de libertino quando se acredita ser amada de verdade e a este amor se entregar.
O corpo e a pele que acaricias, deixo ser seu.
Felizmente os pensamentos são só meus
Por Rica Almada.
REFLEXOS
Quando olho
No seu olhar,
Sorrindo,
Como diamantes
Feitos de sol,
Cristalizado
No mar,
O meu coração,
Como as ondas,
Do próprio mar,
De repente
Se agita,
Se quebra,
Se curva
Mansamente,
Nas areias
Mansas
Do seu
Lindo olhar!
Ainda não chegou a madrugada e a escuridão da noite me apavora.penso que a espera poderia ter um fim mas descubro que é apenas o começo das lágrimas molhando meu travesseiro porquê teve que se afastar de mim procurando em outros braços o prazer no momento em que acabar descobri-ra que o que falta em vocês sou extremamente eu . Nunca foi embora suas lembranças ainda são reais na nossa cama ainda guardo o seu lugar levanto-me da cama e olho para trás e respondo ao meu inconsciente que você voltará.Passa o dia com as coisas corriqueiras esperando o fim do seu trabalho aí meu coração começa a aperta esperando o fim do seu trabalho no banho sinto suas mãos a me tocar e quando voltar pra cama você não está lá.lembro-me que não vou gritar seu nome quando estiver prestes a deixar você me amar...sim meu amor por você é tão verdadeiro que eu grito pelo teu nome até mesmo nos meus sonhos grito o seu nome até em pensamento.. enfim descubro a falta que você meu grande amor me faz...E sim mais uma vez grito se nome.
Tenho um barco que vai velejar em mar aberto até chegar a uma terra afastada onde poderei gritar mais por enquanto ainda sofro com a maresia
Cante anuncie com seus clarins sua tribo vai saber, e virar ao seu encalço
Partiu mensageiro distante a andejar pelos vales perdidos de árvores tortas e negra lama no caminho da aldeia
A trilha da guerra e inevitável, o arauto voou para o encontro dos reis e mestre da tribo do fogo
Os acordos não foram oportunos, o trovão anunciou o carão subiu para o norte, pressagio de rios de sangue pelo bosque
Voltando por seus caminhos andarilhos errantes peça a proteção no retorno do vale das sombras, os vales arqueados pela luz o protegerão
Flechas, arcos, charruas, lanças todo o arsenal indígena a batalha no encontro no rio vai desperta tupã
Pelas águas do rio que corre ao contrário, sua jangada vai navegar para alerta o deus das chamas vêm aí preparassem, mas não se esconda
Araquém bateu no chão a lua estremeceu o ódio foi despertado o clã está aposto, pronto para guerrear fazer o orvalho da manhã queimar
A dança começou o calor a pintura corporal igara das águas, dos marajoaras dos arcanjos tapajós suas caiçaras a marchar
No acompanhar da piracema em quase uma dança flutuante sobre a lama, que o diluvio dos olhos de tupã deixou
Abaçai cantou seu grito milhões de luzes no coração do guerreiro a flamejar a batalha vai começar
Arqueie de sua modéstia jovem descendente de caiporas, zarabatana na espreita pronta para desfiar no céu a seta do despertar
Onça e jacaré a observa o balé do respeito tribal, indefectível hombridade honre os tupis, iluminai o coração daqueles que esperam seu retorno
Epuâ jevy xonaro'i, jajeroy nhanderu oxa agwâ.
Levantem-se guardiões e guardiãs para agradecer e dançar
Cantam os tambores com todos os clamores, os falcões peregrinos denunciam a chuva já passou o sol nasceu no levante
Encontre suas ervas pajés o ritual está para começar, o sol ascenda a alma do guerreiro orgulhasse de sua vitória, festeje em sua glória pássaros de fogos subam arqueie ao monte onde o gelo encontra sua perfeição para o caminho da inquietação
Decida jaci uive aos seus, os conduza com o aroma da paixão ao tempo da guarnição
Traga-os ao seu peito rasteje se for preciso o grito de guerra triunfou a morada dos índios é o mesmo tempo seu começo e fim, da terra ele precisa da terra ele veio e da terra ela irá proteger.
VENTO-LOBO
Vento-lobo,
Uiva o frio em todo o dorso
Na matilha, caceis o fogo
Fez do silêncio
Fagulhas à carne
Derreter o grito
D'algum inverno tolo
A arte só pode ser admirada em sua plenitude quando abrimos o coração e ouvimos os gritos que ecoam de cada verso, cada rabisco, dos atos...
Uma obra só é arte quando compreendemos o caos que está implícito em sua beleza.
Dizem que um poema carrega o poder da palavra. Gritei chuva, caiu granizo. Sussurrei vento, choveu na alma.
uma brisa fria estremesse a alma
alma que sente nesse frio a dor
a dor desalma em noite tão clara e calma
calma como o mar como um vencedor
das ondas tão calmas do mar brilhante
com brilho que traz nome da luna
da luna tão bela até mas do antes
antes da vida antes de ler a runa
foi quando o papiro da água foi lido
e sua beleza do mar renasceu
toda a historia perdeu seu sentido
quando do mar o sonho renasceu
do sonhos do mar não foi ma contido
o grito da luna a morte venceu
De madrugada enquanto todos dormem, eu simplesmente ouço, não aqueles que dormem, ouço tudo, o som do mundo, gigante inquieto, grita em silêncio tão preso em si quanto uma alma perturbada, insana no ser.
E todos mesmo assim dormem, mesmo com o tenebroso grito silencioso, dormem, envoltos em suas capas de êxtase silenciando assim o mundo e a eles mesmos, temos medo, medo de falar o que realmente pensamos, medo de dizer o que era pra ser dito, e maquiamos as palavras, distorcendo-as, mentimos, por que assim, durante o dia, enquanto o frenético e descontrolado movimento humano continuo nos impede de ouvir até nossos pensamentos, a mentira soa melhor, do que o que realmente era pra ser dito.