Grito de Protesto

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Boi Boi Boi da cara preta, zera a tarifa ou pulamos a roleta.

Inserida por jogadores2001

Ando me desinteressando pela indisponibilidade gratuita das pessoas, pela morosidade de entender o que é tão óbvio e pelo conformismo de certas conjunturas. Esse estado morno é tão vago e cinza. Logo eu que clamo pelo colorido, preto & branco ou por algum grito que valha o esforço. Eu poderia ficar e tentar entender o motivo desses passos tão lentos e o porquê dessa honraria ao passado. Mas acontece que eu também me canso de decorar os ambientes com tantas cores e afetos enquanto me indicam todos as placas de saída.

Encontro-me assim, ainda sonolenta: na rota de fuga à esquerda, correndo apressada e gritando bom dia!

A maioria das palavras está no silêncio. O silêncio que tapa a boca quando por dentro, um coração que grita. Talvez nunca sejamos entendidos, já que dentro de nós mora o inexplicável da razão. E por vez, não quero entendimentos quando o que se falta é afeto.

Nunca me falta inspiração - o mundo ao meu redor me inspira. Tudo vira metáfora, analogia, poesia, crônica, desconcerto, desencanto; encanto - cativa-me, mundo! Sou poeta!

Aos que não suportarem o "chocante pluralismo de visões de mundo", como cunhou Jürgen Habermas, fica minha recomendação: entrem em uma caixinha e isolem-se do mundo, pois as paredes podem ser convencidas a grito; as pessoas, não.

Sou repleta de alegria ao ponto de me cansar. Dramática? Talvez. Intensa? Com certeza. Sorrio discretamente ou escandalizo ao gargalhar. Choro sem que me notem, grito pra dentro ou berro de dor. Se quiseres chegar até mim, não seja qualquer coisa, não me queiras pela metade e não seja metade, não esconda o seu falar. Seja corpo, seja alma, seja choro, seja grito, seja sangue, carne e osso, só não seja mais ou menos.

Gritando que me acudam, em voz rouca
Eu, náufraga da vida, ando a morrer

Não precisa gritar para ser respeitado, o respeito também vem do silêncio.

Se o coração gritasse com toda certeza seria o seu nome.

O que me basta...
Apenas um dia como hoje. Me basta uma noite como esta, somente isto é suficiente pra fazer com que a alma grite, por um dia como ontem, por uma noite como aquela, onde um toque basta pra calar. Calar todo grito existente.

No calendário vejo
O dia está próximo
Eu digo aos céus
Obrigado
O cafune do destino
Me acalenta
Me encanta
Canta a alma
O desejo grita
Ínfimo raciocínio
Recupero a sensatez
E só

Aquele júbilo, aquela loucura. Os deuses deviam sentir-se assim em todos os momentos durante todos os dias. É como se o mundo ficasse mais lento. Você vê o atacante, vê que ele está gritando, mas não ouve nada, e sabe o que ele fará, e todos os movimentos dele são muito lentos e os seus são muito rápidos, e nesse instante você não pode fazer nada errado, você viverá para sempre e seu nome será gravado no céu numa glória de fogo branco porque você é o deus da batalha.

Até mesmo uma princesa deve suar e gargalhar às vezes! Ou sentir vontade de chorar. Ou ficar com raiva e gritar!

A tristeza provoca guerra

A brisa alerta para o proveito.
Mas a mente miúda ignora.
Será porquê?
Qual a vantagem de cada jeito.

A tristeza provoca guerra.
O pranto que a angústia inclina.
Cadáveres que se enterra.
O rebuliço de sentimentos.
Oscila se a emoção a todo momento.
O sopro do coração gera clima.

Clima de morte e de vida.
Temperamento que se oscila.
A sombra é real.
Mas ninguém quer repousar.
Entre a terra e o céu.
Pelos cantos e roncos.
A natureza da canção.
É choro, é pulsar do infantil coração.

Giovane Silva Santos

Eu queria gritar que não era sua confiança que eu queria, era seu amor, seu carinho, seu afeto, sua atenção. Mas eu sabia que aquilo era o máximo que conseguiria.

Sussurro

Dê-me as sombras oh, cálido cerrado
Das que as poucas nuvens sombrinha
Chore árido orvalho mesmo que forçado
Em um cadinho de brisa, nesta tardinha
- olha que é um sussurro abafado

Dê-me alívio com o rústico vento
Que aspiram as poeiras dos galhos
Em suspiros e frescor em rebento
Foiçando o calor em brandos atalhos
- olha que é um sussurro de alento

Dê-me da tua sequiosa suavidade
Desafogando o peito deste mormaço
- olha que nem peço chuva - raridade
- olha que é um sussurro e cansaço
Nesta seca sufocação, por caridade...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril, 2016
Cerrado goiano

“Minha sanidade grita, minha loucura me cala.”

Giovane Silva Santos

você ateia o fogo e eu assopro para que me queime

aquele deslize na tela do celular me fez cego.

você foi um grito de paixão
eu fui um grito de carência.

estamos aqui agora para terminar de nos queimar.
precisamos virar cinzas.

eu, você.
o que restou de nós.

Dentro de um abraço cabem tantos sentimentos, tantas emoções. Cabe conforto, calmaria, cabe paz. Cabe amor, cabe o silêncio e até mesmo aquele grito entalado na garganta.

⁠E às vezes é através de cada palavra por mim escrita que o meu silêncio grita...E em meu peito se agita!