Grito
Enquanto sua voz ecoava intimamente em um grito ensurdecedor, calou-se, pediu socorro no seu amargurado silêncio, um sorriso explicíto do sofrimento inexplicável. Havia algo diferente, não compreendido em tempo a tempo de dizer "eu te amo" e não "quanta falta você faz".
INSACIÁVEL FOME
A poesia é o grito
Que me sobra
E a insaciável fome
Que me assola.
@poetamarcosfernandes
Sua dor não pode desprezar a minha, seu silêncio não pode calar o grito da minha alma.
A distância que se cria só serve para atenuar a cicatriz de uma ferida aberta em nós dois.
Porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é o que eu vivo em silêncio, e ninguem nunca vai conhecer.
Ah...esse silêncio ensurdecedor, que invade toda a minha alma, explodindo em um grito surdo que ecoa no infinito, buscando respostas que nunca virão...
Ninguém iluminou o meu caminho apagado,
Ninguém ouviu o meu grito calado,
Ninguém escutou o meu desabafo abafado,
Ninguém segurou e saltei do penhasco.
Grito
A voz ñ sai
O choro entalado na garganta
As lágrimas caiem
Mas ninguém ouve
Ninguém vê
Ninguém escuta
Apenas a minha sombra
A minha solidão
A minha depressão
O grito será ecoado
Sobre a voz da preta
Que luta contra
O preconceito
A discriminação
Na pele a ancestralidade
Grifada em negrito
Pra dar origem
Ao pertencimento
É herança
É liberdade
É vivência
Talvez o mundo
Se esqueça
Mas a resistência
É Negra
Sobre os olhos
Sobre os cabelos
Sobre a vida
Enfim
Saudosas e
Guerreiras
Mulheres pretas
Que a tua Alma dê ouvidos a todo o grito de dor como a flor de lótus abre o seu seio para beber o sol matutino.
Que o sol feroz não seque uma única lágrima de dor antes que a tenhas limpado dos olhos de quem sofre.
Que cada lágrima humana escaldante caia no teu coração e aí fique; nem nunca a tires enquanto durar a dor que a produziu.
Estas lágrimas, ó tu de coração tão compassivo, são os rios que irrigam os campos da caridade imortal. É neste terreno que cresce a flor noturna de Buda, mais difícil de achar, mais rara de ver, do que a flor da árvore Vogay. É a semente da libertação do renascer.
Não deixei uma lágrima cair,
Engoli o meu choro, o meu grito...
...Sufoquei minha alma.
Pra poder viver,
Pra poder viver...
A dor é um grito em silêncio,
Uma sombra que espreita a alma,
É o peso de um véu intrínseco,
Que rompe o chão da calma.
É um labirinto sem horizonte,
Onde os ecos da perda murmuram,
Cada lágrima forma uma fonte,
Enquanto os sonhos se dissolvem e turvam.
Mas da dor nasce o renascer,
Um farol que desponta na escuridão,
Mostrando ao ser o poder de viver,
Na fraqueza, a semente da redenção.
A dor nos quebra e nos esculpe,
Revelando o valor do resistir,
É a coragem que nunca se oculta,
E a esperança que insiste em surgir.
Assim, a dor é mais que ferida,
É o testemunho da luta humana,
Cada cicatriz narra a vida,
Uma história que o tempo emana.
No silêncio da noite, um grito ecoa,
A vida desponta em um frágil alvorecer,
Uma mãe, em seu amor, tudo doa,
Oferece seu último suspiro para o filho viver.
Na dor sagrada, sua alma transcende,
O corpo se curva, mas seu espírito se eleva,
Num ato supremo, ao mistério se rende,
Deixando ao mundo a dádiva que enleva.
A luz da manhã traz um choro vibrante,
Um milagre em pequenos braços que nascem,
Mas na ausência dela, ecoa distante,
O sacrifício que jamais se desfaz.
Seu amor não cessa, é chama que aquece,
Mesmo longe, vive em cada sorriso,
Sua essência eterna permanece,
Um laço que tece o mais puro paraíso.
E ao olhar para o filho, o mundo compreende,
Na fragilidade, o amor mais profundo,
Mãe, heroína cuja força transcende,
Na entrega total, constrói um novo mundo.