Grito
Antes o grito tardio dos acríticos que o silêncio eterno; este é o eco do silêncio perturbante da mente gritante dos críticos! Do silêncio das vozes críticas, fez surgir o túnel do vento assobiante de onde ecoa o grito lancinante dos engajados!
é a vida
é a morte
é o agir é o parar
é o grito da sorte
o sopro do sabia
é a matéria
e o sentimento
de acompanhar
todo esse movimento
dos atros a bailar
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...
CABRESTO
[GRITO I]
Pela liberdade que nos prende em falsos nós, façamos de primeiras vezes os nossos relapsos mais sinceros. E que pouco se entenda quando muito se houver de tudo - ou se chover tudo, de uma vez, nas calhas de nossas pálpebras. Pelo inseguro abraço do não dito, deixo que fique dito, e declarado, todos os caminhos por onde o medo vai e vem sem se sentir preso - apenas sentir-se, intimamente, dentro de todas ruas e esquinas de si - onde estão os espaços de minha ausência.
[GRITO II]
Pela liberdade que nos prende em outros tantos nós, façamos das últimas vezes nossos acasos mais sublimes de desleixo. E que nada se entenda quando - livre - se disser tudo, e fizer tudo, e deixar tudo e - novamente - recolher-se nos objetos esquecidos nos braços dos sofás e pedaços de estante, como abraços deslembrados e beijos nunca bebidos antes. Pela viva memória de que o que fica é o que vigora, permita-se embora! Permita o silêncio da prisão por vontade, da liberta ambiguidade. E quanto mais fico, mais em mim é tarde, e ao meu ocaso, anoitecem os lençóis da cidade que ferve becos e vielas, e, cá - adormece o nervo - teu conforto, moço, colore esta vida, embora, ir embora te seja bagatela.
Grito teu nome em pensamento quase todos os dias, e daqui do chão do meu quarto vejo o que me resta de sanidade cometer suicídio.
Dama de sublime beleza...
O seu silêncio é o meu grito.
A sua indagação a minha certeza, suas poucas palavras a minha poesia.
Atado ao reverso ao contrario.
Espero por ti em meu recanto esperando novamente ouvir seu doce canto.
E com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais.
Na angustia vêm as lágrimas. O silêncio se torna o grito da alma.
A tristeza é profunda e a esperança é apenas um vestígio.
Porém o sensato sabe que é após a noite escura, que desperta um novo amanhecer.
O passarinho na gaiola.
Ele observa o céu e canta com mais intensidade... seria um canto ou grito de socorro? Olho pro céu e sonho em ta lá, no alto, distante... Imagine quem tem asas. Nós realmente temos costumes estranhos ao engaiolar o que amamos. É o "tomar pra si" falando mais alto. O mundo interior ainda vai acabar muitas vezes, até que se entenda que não possuímos seres, e até mesmos os sentimentos vão embora. O sentir é livre. Depois disso, o mundo lá fora vai ser mais bonito... Mundo livre!
Em meio, a um dia de tristeza me escondo atraz do canto
E num grito silencio por atenção
Encontro, a voz de um anjo
que apenas o som do seu sorriso
Desperta e mim, uma paz uma alegria
Mas o medo, ainda se faz presente
pois ao me apegar, me afasto vagarosamente
Mesmo com o coração em protesto
Nao paro, pois o medo da dor de outro amor impossivel
e mas dolorosa, do q me afastar ao me apegar
"Voz fofa, voz de um anjo distante "