Grito
A injustiça insiste,
Aos residentes dessa Terra,
De grito estridente,
A desigualdade persiste,
Bruta,
Má,
Com toda violência resiste,
Mora no egoísmo,
Intrínseco,
Egocêntrico,
Genocida.
O sonho de liberdade permanece vivo, o grito de Pedro I ainda ecoa às margens do Ipiranga, a independência da nossa nação murmura por emancipação.
VERBO POETA
Poeta, conjugação, expressão do amor
Das entranhas, frações de alma e grito
Escrito em sensações, o diverso infinito
Aflito, calmo, és da palavra manejador
Poetar, o poeta, frasear, variante flexão
Em cada canto, o teu canto é irrestrito
Largo, plural, tão singular, bela oração
O verbo poeta, muito além do espírito
Antes de modo, tempo, pessoa: a ação
Segue a ordem do coração, e profundo
O dialeto da emoção, da ilusão secreta
E, o que seria da poesia neste mundo?
De qual verbo seria o poeta a poetar...
Do amar, sonhar ou puramente poeta...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 setembro/2021, 11’:10” – Araguari, MG
Diário de um lúcido louco
Raiva, por que sinto raiva?
Se solto algum som, grito!
Se ouso calar-me, grito!
Grito!
Para mim e para os outros:
Grito!
Apenas o que faço:
Grito!
[Acróstico]
Longe dos meus olhos
Amor, cadê você?
Grito seu nome em vão.
Rendo-me à solidão.
Imaginação foi o que restou.
Mágoas, tristeza, sofrimento...
Amanhã outro dia chega e
Só continuo minha procura...
Desperto em mim, um grito sem voz
Um barulho em silêncio ou um caminhar sem chão
Vivo a diferença do mesmo, sendo insensato para viver o vazio que transborda sem saber!
E é nessa minha confusão que descubro que não mais consigo viver sem você;
O romance é igual a um grito. Se eu grito alto do seu lado você se assusta, mas se vou gritando bem baixinho, sem pressa, o romance acontece.
O que escrevo é eco
do meu grito de espanto,
ao fazer da vida a travessia.
Em versos bem me revelo:
sou do reflexo um tanto
no espelho de toda poesia.
Um grito de liberdade
Eu seus olhos marejados,
Vejo a tua dor.
O quanto sofreste, e ainda sofre;
neste mundo de tanto pavor.
Faltam palavras à boca;
as dificuldades são imensas.
Ser você, falar de você;
ouvir seus relatos, suas histórias.
Percebo o quanto és discriminada;
explorada, forçada, humilhada,...
Nunca poderei sentir o que sentes;
por mais que eu queira;
imaginar-me no teu lugar, na tua vida;
e em tudo que tens passado.
Não nasci como você, mas nasci de você.
Respeito-te e admiro-te, sempre.
És a voz de muitas, num só coração.
A história já provou,
o quanto és forte e destemida.
Seus ideais de emancipação e igualde,
nunca morrerão!
vivo estarão, em cada uma de vocês.
Não estás só, mulher!
Na escuridão do preconceito,
existe a luz de um novo amanhecer.
Dançado e cantando por todas;
num só ritmo, num só corpo;
num só grito de liberdade!
Uma vez me pediram que dissesse algo sobre as pessoas que somente argumentam à base do grito, da ameaça e da grosseria. Não tenho como fazê-lo. Explico: grito, ameaça e grosseria não são argumentos. Ademais, lidar com o irracional causa-me um certo desconforto. É melhor falar com os bichos.
CADÊ MINHA PÁTRIA ?
Grito, ela não me escuta, procuro e não a encontro, ela já não é a mesma, camuflaram-na com cores de outro mundo, um mundo que não acolhe, que rejeita que expulsa, eu clamo pelo penhor da igualdade, quero teu colo ó mãe gentil, em teu seio sentir a liberdade, e poder gritar bem forte ó pátria amada salve salve Brasil!