Grito
Eu não compactuo com esse jogo sujo
Grito mais alto ainda
E denuncio esse mundo imundo
A minha voz transcende a minha envergadura
Com essa carne fraca
Eu sou do tipo carne dura
A PORTA
Não importa se a porta muitas vezes se fecha,
Se ninguém consegue ouvir o teu grito,
Se o não é um irmão que não te deixa,
Se às vezes você não decifra o que está escrito!
Não te detenha olhando pra porta fechada,
Nem queira saber o que foi que te excluiu,
Olhar com raiva e pesar por uma oportunidade não alcançada,
Não vai te permitir enxergar a outra porta que se abriu!
E quando a porta ligeiramente se abrir,
Não tenha receio de entrar por ela,
E se a chance não te agradar e a porta não te permitir sair,
Não tenha medo de pular a janela!
Não indagues à oportunidade que está na tua frente,
Porque a chave da porta também enferruja,
Tão somente abra a porta para que entre,
Feche-a e não deixe que ela fuja!
Roduvaldo Brito em 08.04.2019
Para o cristão, a oração não é um grito de desespero ocasional - é súplica com gratidão prioritária e constante. Veja Colossenses 4.2.
Majestosa harmonia,
acordes, grito d'alma
e inquietação,
emoção, bate coração,
nada é mais harmonioso
do que o som das catedrais,
a fé em oração ...
Eu sou
Eu sou um nada que ama um tudo,
Um grito silencioso de um mudo.
Eu sou um vazio em uma grande plenitude,
Um simples velho que ama a juventude.
Eu sou o sentimento que permeia uma flor,
Uma força suave na sintese desse amor.
Eu sou um insignificante motivo e na tristeza flutuante do mesmo, agonizo.
Sigo debatendo-me e esvaindo-me nessa chuva de granizo,até alegrar-me nas curvas do teus sorrisos.
Sem você sou vazio,um universo de fragmentos sem sentido, nesse quebra cabeça da vida.
Eu sou um pequeno barco a navegar,
nesse vasto mundo no qual chamamos de mar.
Sem você, sou apenas uma noite triste sem luar.
Eu sou uma pequena fogueira diante do esplendor de teu vulcão,
um riacho de lava fumegante em teu lindo coração.
Sem você sou um campo sem as flores,uma caverna vazia onde reina a solidão.
Eu sou um pequeno intervalo, às vezes me calo, outras eu falo,sigo e entalho o teu nome nos meus pensamentos.
Vivo em você e tudo em mim reflete a tua existência, sou uma criança feliz, cheia de amor nesse meu mundo fascinante da inocência.
Lourival Alves
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
Caos climático
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar...
só ganância, mais nada.
Soltem os ventos por um dia...
Como grito de aleluia...
Venham todos...muitos ...todos...
Não só quem os guia...
Saltem a vóz ,duma nação...
Arrependidos,certos ou não...
Sigam passos de firmeza...
Pobres, nobres ou d´outra alteza...
Sorriam,alegres,com humanidade...
Caminhem juntos sem vaidade...
Pintem o mundo com outras côres...
Esqueçam o mau,o bom e os odores...
Construam caminhos do poder...
Na simplicidade e forma de ser...
Não julguem só por se ser...
Rico, pobre, ou coisa assim...
Remediado ou Joaquim...
Tudo o que começou...
Mal ou bem terá... seu fim..
IV
Foge para Macau, com um grito e zombando
O indesejável ciúme, entre o amor em pranto,
O oceano a assusta e memórias vai lançando.
Na mente: marinheiro, o mar chorou tanto.
Levado pela raiva das ondas; pelo ódio
E em sua peixeira, o sangue na artéria, fato eterno.
O relógio bate frio, jogando as horas no mistério,
Gotejando o tempo, clima, verão, inverno.
E cada batida no universo, de cometas trémulos,
Abrem a ferida do sagrado cadáver materno.
De um lado, os berços e, do outro, túmulos.
No caminho tão árduo das mentes sem governo.
CORAÇÃO
Coração, por que te sangras
Ao ouvir um grito na madrugada?
Pode ser algo misterioso, ou também
pode não ser nada.
Os perigos da noite têm seus açoites.
E enfim, espera que chegue a madrugada
Para só então saber, não houve nada.
Foi apenas uma estrela que brilhou
Ou talvez tenha se espatifado,
São pedaços que juntou ou que tenha separado.
ilusões na alma e no espirito,
transgridem o grito do amor...
impera se o destino,
se fotografa na virtude da solidão...
flor do amor
Ah como eu queria que o universo entendesse a mensagem, interpretasse meu grito, meu choro, meu desespero da forma correta... E secasse minhas lágrimas devolvendo meu sorrisao largo novamente... Será q ele entende, ou sou eu quem não entende?
O grito da terra se expande por todo o Universo
No verso da mão calejada que afaga o rebento
O amor relampeja quebrando a semente da guerra
Sagrada é a força da Terra brilhando num só pensamento
E a incerteza de seguir
Me persegue como um cão faminto
Eu escrevo
Grito
Escancaro o peito
Por eu ser assim tão sentimental
Um grito de socorro pode desfazer um nó na garganta. Às vezes um pouco de coragem pode resolver muitas coisas.
Grito silencioso
Ama, mas ama em silêncio.
Não grites vossa felicidade
A céu aberto. Nem todo
Mundo nessa cidade
Comemora vossa felicidade.
Nem todo o mundo
Quer te ver bem no fundo.
Há por aí coração alheio que
Te quer ver bem, mas
Também há por aí coração
Maldoso e invejoso.
Leandro M. Cortes
“Ela têm olhos de infinito;
E é tão bonito ela olhando o nada.
Eu sou o nada, o grito, e minha dor estanco;
O nada é um livro em branco onde uma historia vai ser contada”.