Grito
Depressão é o grito da alma implorando por iluminação. Ascender a Luz na esfera do intelecto é a cura.
Levo comigo o prazer que se tem em expressar-se escrevendo. É como um grito, que internamente vai tentando curar suas feridas através de escritas. Por entre os dedos saem libertações, que surgem como remédio sem química, que apenas dizem, que às vezes curam.
Grito mudo
Sufocante grito mudo
Dado no escuro do quarto
Grito sufocado
Morto no lábio
Ardente no peito
Foge o ar dos pulmões
Apaga o brilho dos olhos
Tudo se vai
Com exceção do grito mudo
Eu ouvi.
Não sei se um suave sussurro da sua voz, ou um grito do seu coração, mas eu ouvi.
Ouvi seus braços me dizendo: - Fica aqui mais perto.
Ouvi sua respiração replicando: - Que bom que você está aqui.
Ouvi suas pernas se enroscarem e quase que com medo falarem: - Não! Não vou deixar você ir.
Nesse lugar escuro e silenciso só nós dois podemos escutar.
E quase que como um boa noite enfim ouvi...
Ouvi seu coração dizer: - Eu te amo! Você sabe que é você.
Será que sonhei? Será que foram palavras?
Não sei, só sei que ouvi.
Ouvi seu coração dizer : - Te amo!
E em silêncio o meu imediatamente responder: - E eu a vc.
Ninguém se lembra que precisa respirar até que lhe doam os pulmões. É o grito por alívio o ativador da lembrança de Deus.
AUSENCIA...
Saudade,
Como folhas verdes
Ao vento,
Balança a estrutura
Do meu peito,
Grito,
Repito,
Com o suor cobrindo
O meu rosto,
33º à sombra,
Que amo com todo o amor,
Mesmo na saudade,
Você,
Meu amor!
O plano perfeito
Vivo por anos
Choro oceanos
Te afasto por nada
Grito com raiva
Fujo por medo
Sofro em segredo
Sinto saudade
Penso até tarde
Me drogo calado
E no fim, eu me mato.
Slá, só mais um café.
Não se prenda ao passado. Liberte-se e seja feliz!
dê o seu grito de independência e deixe o passado passar.
É preciso soltar as amarras e viver o presente, não é saudável viver aprisionado(a) a situações que ocorreram e que, muitas vezes, não foram positivas, em nada contribuindo para nossa felicidade.
Enfim, viver ligado (a) a acontecimentos que já se perderam na poeira do tempo é um verdadeiro desperdício de vida.
Há pessoas que paralisam, ficam engessadas, congeladas em determinados fatos de sua existência e esquecem de se situar no presente, que é onde a vida acontece.
É verdade que existem situações que realmente deixam marcas difíceis de apagar, cicatrizes profundas que, de vez em quando, insistem em doer, como um ferimento que volta a sangrar.
Porém é necessário ter perseverança, muita força de vontade e amor a si próprio(a) para superar tudo que não nos torna feliz, inserindo-nos no contexto de nossa vivência atual.
A vida é muito curta para cultivar dores, sofrimentos, tristezas.
Quando se toma consciência da transitoriedade de tudo, é bem mais fácil transpor barreiras e buscar uma existência harmoniosa e feliz.
A grande sacada é praticar a “Lei do Desapego!”
Vive melhor aquele que gosta mas não se apossa de coisas e pessoas, procura companhias leves, que trazem paz e harmonia, caminha pela vida com otimismo e fé buscando sempre realizar seus sonhos, acreditando que a felicidade não é uma utopia, existe sim e que podemos encontrá-la logo ali, numa curva do caminho.
OUVIDOS SURDOS
Há muito que grito meu silêncio,
grito com os olhos, com a tez,
grito com poros, com desfaçatez,
meu grito é o silêncio
e você não me escuta,
não me percebe, nem vê minha voz,
não ouve meus olhos,
espero em total desespero,
meu passo se faz inerte,
a lágrima solitária verte
e você olha e se diverte,
não me entende, nem pretende,
não me entende, nem pretende,
um dia levarei meu silêncio
e todo seu significado,
ainda assim, ainda assim,
deixarei o meu silêncio a gritar,
sei que vai chorar e perguntar
Por que? O que aconteceu?
De nada vai adiantar,
não me entende, nem pretende,
meu grito é o silêncio
e você não entende,
dei tantas dicas,
declamei minha prédica
na quietude que nunca ouviu,
bebi o meu choro e fiz coro,
mesmo com tantos sinais,
não me entende, nem pretende,
não me entende, nem pretende
e nesse momento que anuncio
em brados omissos
a sua falta de compromisso,
ainda que eu rufe o coração
latejante e latente,
que vocifere com minha mente,
não me entende, nem pretende,
não me entende, nem pretende,
levarei então as palavras gritadas,
tão caladas nas noites caladas,
ainda cálidas na boca pálida
e no silêncio estrondoso
de sua ignorância gritada,
finalmente escutará bem baixinho,
vindo de não se sabe onde
não me entende, nem pretende,
não me entende, nem pretende.
Sentimentos
Um grito sufocado
Um amor não entendido
Um coração machucado
Que não é correspondido,
Uma saudade
Um pensamento
Um amor de verdade
Que não cabe no peito,
Um fim sem começo
Um não sem pensar
No caminho o tropeço
Do coração que não soube amar.
Da minha janela compactuando com a lua...
Eu e ela, ela e eu.
Quando eu grito ela cala,
Porém quando ela uiva a magia exala
Provando que nada abala
A quem com ela fala.
Laís Penteado
Minha casa, minha casa...
Foi esse o grito daquela mulher enquanto uma outra a segurava pelos braços
Somente a vida como despojo é este o aviso que lembro sempre diante de uma calamidade pública, Esqueça o resto e salve a sua vida...
Quem conhece uma casa portuguesa sabe o significado da frase: é uma casa portuguesa com certeza, com certeza é uma casa portuguesa
Estive por várias vezes em uma casa portuguesa e nela pode-se encontrar, móveis do século passado e até mesmo do século XIX. Flores de todo tipo rodeando a casa, desde copos de leite a primaveras, rosas, ervas cheirosas como alfazemas, alecrim... árvores... maças, peras, laranja, limão... a horta com repolho, batata, feijão, cebolinha, alho, couve coração... um cachorro, um gato... um passarinho ...
A janela se abrindo e aquele vento refrescante entrando sem pedir licença batendo as portas... E no fogão o almoço e a mesa posta para a família e algum agregando como Egas... do Eça de Queirós
A casa portuguesa me leva a um tempo
uma vida que não existe mais... cheiro de aldeia, cheiro de infância... afasto esse vermelho e me encosto no azul de sua tarde