Grito
Sendo eu quem eu sou nem sempre
Um dia um grito, um dia mudo
Exclamo e duvido, aos berros e sussurros
Debruçado sobre um travesseiro nu
Despindo meus sonhos sobre a velha fronha azul
Bordada em dias tristes pelas mãos zelosas
Da mãe que morreu abraçada ao tempo
Por tudo e teu calor, ora ausente
Transpiro loucas palavras que soam mal
Blasfêmias indigestas, indecorosas e tal
Outono insólito no inverno cinzento
E a bruma doce envolvendo meus pensamentos
Com o mesmo carinho e amor
Que eu sempre te dediquei
O que pensar de mim
Contido aqui, nem sei onde
Aparentemente, assim: imóvel
No lugar exato onde a tristeza se esconde
Aqui estou eu, roto e derrotado
Usando minhas mãos trêmulas
Para tecer as tranças de uma poesia pobre
Que se espalha despudoradamente
Nas páginas em branco da minha desilusão
Falta-me inspiração, eu sei
Mas não me tenhas como um ser dormente
Pois é versejando que eu me correspondo
Com os seres estranhos
Que habitam as minhas entranhas
É assim que o brado da minha alma ecoa
Pela silenciosa madrugada da solidão
O poeta é um solitário jardineiro
Que cultiva sonhos e palavras em seus canteiros
Ele detém o dom de conversar com as flores
Sobre as quais se debruça em cuidados
Sem gritos e sem espalhafatos
Sempre em silêncio, mas nem sempre sensato
Vale-se dos sinais e da linguagem do vento
E, aos poucos, tudo se vai esquecendo
Porque tudo se esquece com o tempo
Assim como tu te esqueceste de mim
Volta Logo!
Quero gritar bem alto.
Eu te amo.
Mas quem vai escutar o meu grito?
Coração....E agora o que faço?
Esta tão frio no momento,
Me falta o teu cheiro nesta sala.
Os teus lindos olhos negros, não consigo esquecer..
Lembro a cada momento deles.
Os meus olhos procuram-os..
E disiludidos se enchem de lágrimas.
Volta deixa eu apenas sonhar.
Desculpas se eu te magoei.
Penso em ti a todo momento.
Não sei te esquecer, nem quero aprender.
Volta logo!
Ao passo que silenciar-se é a estratégia dos fortes, o grito é para os desesperados. Há instantes em que grito. Só que ninguém ouve.
De que me valeria fazer sentido o eu,
Se o contigo ainda era um enigma.
Grito a todos que não tenho pressa
Que me venha ao tempo que achar preciso
Pois confesso, que de vez em quando meus joelhos vão ao chão.
E se amar é um processo lento,
Quero que demore tempo suficiente para que envelheça a solidão...
Eu me declaro, grito bem alto, faço de tudo, subo no palco, grito ao mundo que você é a razão do meu viver!!
Cuidado, o silêncio muitas vezes pode ser mais arrogante do que o próprio grito. Jamais ignore alguem.
O Grito
Que saudade amor. Que falta estás fazendo em minha vida. Não são tão fácies essas noites que te procuro nas horas tristes e não estas. Todos os segundos da minha vida, sem você, não existe. Eu tinha tudo, agora vivo por aí. Os sonhos nascem todos os dias em meu pensamento me revelando a certeza de um infinito adeus. A distância invade minha alma, percorrendo meu corpo, buscando por você no mais intenso vazio da minha solidão.
O grito em silêncio da minha voz, que te chama na medida da dor, implorando pelo o seu amor, ah, se apenas o teu coração ouvisse, e dissesse pra você o quanto eu te amo e quanto eu te quero aqui perto de mim. E assim, você chegasse pra mim e dissesse que também me ama. Ah, uma correnteza cristalina da mais pura lagrima escorreria pelo o meu rosto, trazendo novamente para minha vida a felicidade. E você, mais uma vez não me escutou. É nada é como a gente deseja.
Eu não sei mais no que acreditar. Não sei mais se o amor existe de verdade ou se é apenas uma ilusão que o coração cria em nosso pensamento, sentimentos vazios que busca amar ou sofrer. Mais, eu sei de uma única coisa, é que eu te amo e está muito difícil calar esse meu coração.
Se o amor existe de verdade, será que um grande amor um dia pode pra sempre acabar?
Tive que crescer realmente.Cresci na base do grito, do silêncio e do desprezo infiltrado nessas palavras. Morri e revivi milhares de vezes mas está tudo bem, finalmente está tudo bem. Não sei se tudo pode ficar pior, não sei se tudo pode voltar a ser o que era antes, não sei se voltarei a ser tão imatura como antes.